sábado, dezembro 30, 2006

Um 2006 que passou...

E que não deixou lá muitas boas memórias.
Começando no plano televisivo, não só não acabaram os Morangos com Açúcar como, para piorar as coisas, ainda surgiu esse novo fenómeno, a Floribella! Eu sei que até parece que já existe há anos, mas a Superstar da SIC só surgiu em Abril deste ano, se não me engano. Ainda para piorar um pouco mais a coisa, a RTP criou um fantástico programa de entretenimento... Dança Comigo! Já para não falar de Canta por Mim. Eu sei lá! Eu pensei que o lixo televisivo era só até 2005, mas pelos vistos 2006 conseguiu ser pior! Claro que houve excepções à regra... Falo dos Gato Fedorento, que conseguiram superar-se e fazer programas mais abrangentes e menos fraquinhos para além da 2: que tem vindo a melhorar substancialmente a sua grelha de programas.
Em termos de política... Xi!! Para variar, muita tinta a correr... Desde uma Ministra da Educação que meteu a pata na poça, mesmo quando nem poça havia, um Ministro da Saúde que conseguiu adoecer um país inteiro, um ministro da Economia que acelerava a 212 Km/h pela A1 e que proclamou o fim da crise culminando num Primeiro-Ministro que nos bombardeou com Choques e Planos Tecnológicos e apareceu sempre sorridente falando aos portugueses... E claro! Claro que não me esqueço de mencionar o casamento do ano... Cavaco Silva e José Sócrates, a aliança maravilha para acabar com tudo o que os trabalhadores e mais pobres do país conquistaram nos últimos 30 anos. Enfim, aqui nem excepções houve... O ano foi mesmo mau.
De resto, este país só se safa mesmo é no Futebol! E viva o mundial... Iupi, ficámos em 4º! Por um lado foi bom, mas ainda assim, ficámos, como sempre, com alguém à nossa frente, mas quem ganhou mesmo foram as cervejeiras que ajudaram muito os portugueses a arrefecer os ânimos, e claro... Os chineses, que se fartaram de vender bandeiras falsificadas a 2,50€. De resto, e como fiz notar num post recente, os Chineses, quer em Portugal, quer no mundo, foram um povo que em 2006 teve um grande ascendente e é bem de esperar que subam mais ainda em 2007.
Só falta mesmo comentar o desenrolar dos acontecimentos no mundo. Pois... Acho mesmo que isto vai de mal a pior! Ao menos podiam enforcar o Saddam só em 2007 para que o ano não fosse tão negro. A escalada de violência no médio Oriente, um mundo cada vez mais inseguro, um clima cada vez mais incerto, um Papa cada vez mais polémico, enfim nada parece mesmo bem...
Resta-me esperar que o 2007 venha com uma carinha lavadinha e que seja melhor que 2006, acho que não será pedir muito (!?). Entretanto, acho que Sócrates vai começar a ser mais brando, as eleições já não estão assim tão longe e não vai haver mundial para camuflar as asneirolas... Enfim, faço votos de um bom 2007 e bebam muito nesta passagem de ano, talvez nem tanto para festejar ano novo... Mas para esquecer um 2006 que passou... e não volta a passar! (Felizmente!)

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Estou Indignado... Para não variar!

O Supremo Tribunal Iraquiano decretou a sentença de morte de Saddam Hussein.
Um tribunal da farsa, num julgamento inexistente, condenou à morte por enforcamento, a forma mais indigna, um tirano, que não foi mais tirano que os que estão por detrás disto.
O que há a dizer em relação a isto? Os factos dizem tudo. Só uma pequena questão... Porque não foi assim célere o julgamento de Pinochet? Porque não é condenado Bush pelos Iraquianos que já matou?

Tenho direito à minha indignação, não acham?

terça-feira, dezembro 26, 2006

E depois do Natal...

Hoje é dia 26 de Dezembro, o dia depois do Natal. Em Inglaterra o dia corresponde ao emblemático Boxing Day, que é como quem diz, o dia de a família ir toda à bola.
Contudo em Portugal o dia não é de grande relevância até porque o campeonato pára quase um mês! Mesmo assim, aquele manda-chuva com nome de filósofo achou que devia ser uma vez na vida Pai Natal e deu tolerância de ponto a todos os funcionários públicos. Todos não! Se alguma câmara municipal decidir que não se pode aplicar tal medida, pode fazê-lo. E quem mais, senão Rui Rio, o homem que ainda está mais vezes do contra do que eu, para pôr os seus funcionários na linha! Ai os mouros não vão trabalhar!? Trabalhemos nós para ficármos um dia à frente deles.
Sinceramente até concordo com o senhor Rui Rio. Qual é a lógica do dia 26? Se estivesse instituído que era feriado, sim senhor. Assim não vai passar de mais um dia de férias natalícias para muitos portugueses e esta não passa de uma medida populista de um governo que aumenta os salários 1,5%, congela promoções, fecha maternidades e escolas e depois vem disfarçado de Pai Natal a distribuir feriados inadequados.
Este é o dia depois do Natal, o dia em que já não há detritos de celulose a boiar por fora dos contentores do lixo e reciclagem... Parece que não foi só no Porto que houve tolerência de ponto...

sábado, dezembro 23, 2006

O Natal dos Tempos Modernos

Milhares de luzes acesas
Alumiam a noite fria
Ofuscando as tristezas
Por uma noite de alegria

Antes estrelas chegavam
Para iluminar o céu
As crianças cantavam
Assim não havia bréu

Desde então tudo mudou
Tudo é mais artificial
Até neve se inventou
Para fingir que é Natal

O dia continua lá
Um "N" no calendário
Desde esses anos para cá
Parece de necessário

É necessário comprar
Necessário oferecer
Necessário stressar
Dar para receber

P'ra tanta "necessidade"
Vamos ao centro comercial
Deixar a baixa da cidade
E o tempo Invernal

O ar condicionado
Faz-nos sentir que é Verão
O Homem fica desorientado
E é levado pela canção

Qual Jingle Bells, Jingle Bells?
Esse já não "jingla" mais
É "dá cá o teu papel"
Ficas liso, depois sais

Compra aqui, compra acolá
Há de tudo para comprar
Para o filho e para o papá
Até para o cão não ladrar!

Fora prendas e miminhos
Ainda há mais que para trazer
Bacalhau e repolhinhos
Perú e batatas pr'a cozer!

O acto sagrado é ir à caixa
E um balúrdio pagar
E ainda se paga taxa
P'ra se poder embrulhar!

Chega então a consoada
Essa tal que é tradição
Senta-se a família calada
A olhar p'rá televisão

Desgraças passam no ecrã
Comem-se batatinhas
Bacalhau que sabe a rã
Transgénico, nem tem espinhas

Venham então doçarias
Das que vêem embaladas
É que já nem as "Marias"
Sabem fazer rabanadas

A noite vai avançando
Aquecida por um radiador
As crianças vão ansiando
Pelo que o Pai Natal vai pôr

Antes era no sapatinho
Agora nem num número sessenta!
É que é tanto "presentinho"
Que nem criança aguenta!

Deitem-se então os meninos
Que amanhã sim é Natal
Mas só para os pequeninos
Portem-se ou não mal...

É que isto da Justiça
Há muito que acabou
Já ninguém vai à missa
E nem o Menino ficou

Agora é o Pai Natal
Figura da Coca Cola
De barba artificial
De vermelha camisola

Derrubem-se as figuras
Do presépio antigo!
Façam-se estruturas
Desse novo abrigo

O centro comercial
Onde tudo está na montra
Menos o espírito de Natal
Esgotou, já não se encontra!

Este é o novo Natal
Natal dos tempos modernos
Que viva o Pai Natal!
Jesus para os Infernos!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

O Natal em Portugal

O Natal em Portugal é assim...

Temos a maior árvore artificial da Europa em Lisboa!
Temos a maior árvore natural da Europa em Viana do Castelo!
Construímos um Pai Natal de 14 metros em Torres Vedras! (Escusado será dizer que também está no Guiness!)
Enviámos 350 mil cartas para o Pai Natal na Lapónia!
Somos felizes com isto, mas acima de tudo a melhor prenda de Natal que Portugal podia ter só mesmo as 1200 pessoas que hoje foram pela última vez trabalhar na Opel da Azambuja... e que ainda receberam um casaquito para o Inverno!
Vai ser sem dúvida um Natal feliz para essas 1200 pessoas e para os outros milhares que por agora se fartam de ouvir Micaela, Tony Carreira, Ruth Marelene, Emanuel e afins no Natal dos Hospitais (como se já não fosse mau passar o Natal numa cama de hospital...).
Enfim... O Natal em Portugal é assim. O que é que se há-de fazer?

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Sou a pessoa do Ano!

Pois é pessoal, estou extremamente feliz hoje porque ontem fiquei a saber que sou a pessoa do ano 2006! Eu só estava à espera de ganhar este prémio daqui a 20 anos mas pelos vistos a revista TIME não precisou de mais provas e vai-me entregar este prémio! Só há um pequenino senão... Vou ter de compartilhá-lo com muitos milhões de pessoas. Os que lêem neste momento este artigo também estão contemplados com a nomeação. Esses e todos os demais que já tiveram o privilégio de aceder à internet. É verdade, a revista TIME nomeou todos os utilizadores da Internet como a pessoa do ano.
E se virmos, com grande razão. Num mundo dominado por desigualdades, guerras que não o são mas causam mortes como se fossem, líderes eleitos democraticamente que nada fazem em favor do povo que os elegeu, apenas uma entidade conseguiu contrariar tamanha hipocrisia. Não foi a televisão ou os jornais completamente facciosos, ou a rádio que praticamente já só dá música... Foi a Internet, essa invenção do século XX que está a mudar por completo o mundo do século XXI e os seus utilizadores! São os blogues, locais de opinião livre e incensuráveis. É o You Tube que proporciona todo o tipo de momentos videográficos(e não só os escolhidos pelas televisões). É o Hi5, o MSN Spaces, o MSN Messenger... Tudo programas, tudo sequências de zeros e uns que estão a mudar por completo a face do mundo!
Obrigado TIME pelo prémio! De mim e de todos os bem-aventurados que têm acesso à Internet!

sábado, dezembro 16, 2006

Eu, Carolina

É a notícia dos últimos dias. Carolina Salgado lançou um livro! Se já o facto de uma pessoa de tão baixo estrato social lançar um livro é digno de se noticiar, mais notícia se torna quando estamos a falar da ex-companheira de Pinto da Costa, ou Jorge Nuno, como preferirem.
Não fazendo juizos de verdade em relação ao conteúdo do livro, porque felizmente não ando metido nesse mundo perigoso que é o do futebol e porque não considero que seja um livro digno de ser lido, vou fazer uma pequena análise a este fenómeno que já vai na quarta edição.
Antes de mais, notar o facto de que ninguém está interessado em quem é ou o que fez Carolina, mas sim a outra personagem do livro, daí que o título está mal posto. Devia ser "Ele, Jorge Nuno" e não "Eu, Carolina". Depois, se tudo aquilo que está transcrito no livro é verdade, porque é que Carolina não disse nada daquilo aos senhores que estão a investigar o caso apito dourado?
MONEY! Pois é, quando Carolina deixou o Jorginho ficou sem a sua árvore das patacas, e, visto que já tinha subido tão alto era no mínimo vergonhoso e embaraçoso voltar ao mundo obscuro da noite. Assim, escreveu um livro, e isto já é hiperbole, porque chamar livro àquilo é o mesmo que chamar o 24 Horas um jornal sério. E... Wow! 10 dias, 4 edições! E muitas mais estão para vir. O livro que os portugueses sedentos de Big Brothers e Quintas das Celebridades anseavam à muito! A "Bíblia" que faltava para completar a "Catedral" do "Glorioso". Um enorme conjunto de palavras que no fim de muitas articulações dão a uma enorme conclusão... Mentira para uns como sempre. Verdade, para outros, como sempre também! O Pinto da Costa é mafioso!
E agora, o livro vende. Carolina Salgado vai fazer mais umas coroas para se aguentar mais uns tempos, quiçá emigrar, que é como quem diz, fugir para o Brasil, mas uma coisa é certa, Ela, Carolina conseguiu algo que nunca mais ninguém conseguira fazer... Enganar Pinto da Costa. Jorge Nuno aprendeu a lição da vida dele: "Há sempre alguém mais esperto que nós!"

terça-feira, dezembro 12, 2006

Made in China

É um facto consumado. Eles chegaram e vieram para ficar... Não, não falo dos DZR't. Falo de outra praga, não tão popular mas igualmente preocupante e abrangente... Os Chineses!
Há pouco mais do que 5 anos... ainda não havia Morangos com Açúcar, nem o Sócrates era primeiro-ministro, lembram-se? Bons tempos esses... Ora, foi exactamente nesse tempo que começaram, timidamente, a surgir por todo o país essas lojinhas do chinês. Não sei bem porquê só nessa altura, mas penso que deve ter a ver com normas da UE e também com a política económica chinesa.
Mas porque é que estes senhores, os chineses, não me agradam muito? Bem, antes de mais queria referir que não sou xenófobo e não tenho nada contra os olhos em bico, até sou a favor porque são mais aerodinâmicos. Aquilo que eu tenho contra os chineses é que são piores que os hamsters... Por exemplo, aqui em Oliveira do Hospital, uma terra com apenas 8 mil habitantes tudo começou com uma lojita. Agora já são 5 e a última tem já o tamanho de um supermercado! Isto em apenas 3 anos!
Mas porque é que isto acontece? A verdade é que não só o governo da China apoia financeiramente os comerciantes chineses que se espalham por esse mundo fora, como o próprio governo português dá benefícios fiscais aos chineses que nem os comerciantes portugueses têm (5 anos de isenção fiscal!). Depois queriam o quê? Que ficassem a olhar para a foto do Mao, lá na China? Eles é que não são parvos...
Por outro lado este fenómeno dos chineses é interessante também para se fazer uma análise social... Não sei se nos outros sítios também é assim, mas aqui as lojas do chinês têm má reputação. E é um facto que a roupa de lá não tem absolutamente qualidade nenhuma, mas a verdade é que à entrada do "Mundo da China" não há um lugar para estacionar, nunca! E eu passo lá quatro vezes por dia para ir e vir da escola... Impressionante!? Ninguém lá vai mas a verdade é que está sempre cheio.
Eu não sei aonde é que isto vá parar, mas a cada dia que passa mais uma família vem e monta um negócio da China. Tudo a preços imbatíveis... O grande problema disto tudo é que esses preços são imbatíveis porque lá no extremo Oriente não há sindicatos que valham aos trabalhadores que são explorados da ponta das unhas dos pés até à raíz dos cabelos, vivendo em condições subhumanas num país que de comunista só conserva o nome. Aliás, podemos até afirmar que os amigos chineses aprenderam a jogar bem no mundo capitalista em que vivemos e agora usam da forma mais oportunista esta teia montada pelos países desenvolvidos para exportar a sua vasta gama de produtos. E eles estão a crescer, já está para breve o seu primeiro automóvel, já se pensa na sua ida à lua...
Quem sabe o que mais virá? Uma nova potência emerge lá no lado onde o sol nasce e não sei até que ponto pode chegar... Talvez uma nova guerra-fria, quem sabe? Neste mundo incerto em que o que hoje é um dogma, amanhã pode ser mentira...

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Aquecimento Global

Para aqueles que pensam que vou falar na subida das temperaturas provocada por mulheres como Pamela Anderson, Shakira e Britney Spears podem já mudar de blog porque aqui não encontram o que querem. Vou falar sobre um assunto tão actual que até chateia de tão actual que é: o aquecimento global.
Há já uns bons anos que os cientistas andam a alertar os governantes e cidadãos do mundo para o perigo dos gases de estufa e as consequências que isso pode ter no futuro do planeta que habitamos. Foi também já há uns bons anos que se realizou a cimeira de Kyoto de onde saiu o protocolo com o mesmo nome e segundo o qual todos os países menos os Estados Unidos da América (porque será!?) se comprometiam a baixar os níveis de CO2 para níveis que não comprometessem o planeta. A verdade é que a emissão de CO2 baixou nos últimos anos mas não tanto quanto era necessário e, tal como os cientistas previram, já estamos a sofrer as consequências.
Por esta altura do ano, grande parte da Europa devia estar coberta por um manto branco de neve e as temperaturas deviam estar muito abaixo do que estão... Desde quando se anda de T-Shirt em Itália em Dezembro? Desde quando as estâncias de neve estão fechadas nesta altura do ano?
Nunca... Até termos começado a dar cabo do nosso planeta com as nossas emissões de gazes. E tudo porquê? Na era industrial não havia outra forma senão esta de produzir a baixo custo e grande produção. Agora é possível mas exige esforço económico. E como nenhuma empresa quer ficar atras da outra isto faz com que ainda se usem combustíveis fósseis em vez de se usar de uma vez por todas as energias renováveis. Ora, põe-se os interesses materiais acima daquilo que deviam ser os interesses da humanidade. E é isso que se tem feito e que o Homem erradamente faz sistematicamente. Detrói a Terra, o nosso lar, a troco de quê? De rectângulos inscritos com números... Fúteis notas, fútil ouro que vem destruindo a humanidade e que nos prenderá para sempre nesta triste condição de escravos do vil metal!

terça-feira, dezembro 05, 2006

Aquí no manda Mr. Danger!

"Aquí no manda Mr. Danger! Venezuela es Independiente!" Foram estas as palavras de Hugo Chavez, na sua 3ª vitória para as eleições presidenciais, dirigidas obviamente para o seu arqui-inimigo G.W. Bush. Ao mesmo tempo, mesmo ao lado, em Quito, Rafael Correa, outro socialista, amigo de Chavez e de Fidel (Claro!) vencia as eleições equatorianas contra o magnata das bananas, Alvaro Noboa.
Isto leva-nos a uma constatação. Sucessivamente, os candidatos socialistas da América Latina têm levado a melhor sobre os pró-americanos. Já não é só Castro e Chavez, é também Evo Morales e agora Correa, todos lutando um pouco contra esta corrente capitalista que se tem vindo a instalar em todo o mundo. Na América Latina, convença-se Bush, ele já pouco manda. Em tempos mandou muito. Tinha em seu controlo (através das suas abençoadas multinacionais) as reservas de petróleo, esse fluido viscoso que faz girar o mundo capitalista. Mas Chavez e Morales não dormem e tiraram o petróleo a Bush como quem tira o biberão a um bebé. Para além disso, aqueles magnatas que outrora eram donos e senhores de todos os negócios (limpos e sujos) vêem agora serem-lhes atadas as mãos e os pés. Refiram-se as políticas fortes de Chavez no combate ao tráfico de droga e de armas.
Agora Bush chora, ou como pessoa crescida que é, afoga as mágoas num Logan de 15 anos. A sua estrategiazinha de dominar o mundo, nomeadamente, o mundo do petróleo, começa a falhar. Logo a seguir ao 11 de Setembro, através do medo, muito bem amplificado pelas televisões, os Estados Unidos conseguiram fazer crer à maior parte das pessoas do mundo que, ou estavam com eles ou eram terroristas (a Venezuela e Cuba faziam parte do eixo do mal, lembram-se?). Agora as pessoas aperceberam-se que a frase de Chavez "Mr. Bush. You're a donkey" está literalmente correcta, que esta ordem mundial está errada e agora respiro ligeiramente melhor ao ver que o mundo já não pende só para um lado (é que qualquer dia a balança ainda tombava!) e já há um pouco de equilíbrio. Não é nada que se compare à guera-fria (e ainda bem) mas é bom saber que há oposição, que eu não estou só!
Pena é que em Portugal "Mr. Danger" ainda mande... E é um governo socialista!(!?)

domingo, dezembro 03, 2006

O que é que eles ainda andam para lá a fazer?

Ultimamente as notícias que nos chegam do Iraque são de uma autêntica guerra civil. Atentados, muitos mortos, e a paz que se esperava, ou não, com a queda de Saddam é uma miragem. Para além disso a injusta guerra de Bush está-se a tornar também inútil, mesmo para os interesses capitalistas da Casa Branca.
E disso tem-se falado pouco, mas ainda assim tem dado para estarmos minimamente informados. Aquilo de que nós raramente temos informação, para não dizer nunca, e deveríamos ter, é: Que é feito dos nossos militares no Iraque?
Muitos leitores devem estar agora a dizer "Eia, pois é! Já nem me lembrava disso!". E um facto, amigos, é que eles ainda lá estão. Vamos então rebobinar até 3 anos atrás. Não era Sócrates, deputado da Oposição que se opunha à presença portuguesa no Iraque? Não foi ele Sócrates que prometeu aos portugueses que as tropas iam sair do Iraque? Já viram alguma coisa? Eu não! Vi Zapatero tirá-los de lá assim que ganhou as eleições, vi o mesmo suceder com Romano Prodi... E nós? O que é que eles ainda andam para lá a fazer? Que sentido faz continuarmos numa guerra, com um contingente que ainda por cima é insignificante para ajudar as intenções americanas mas que só por lá estar é perigoso para o nosso país? Será que, também ele, Sócrates se esquecei dos nossos militares?
Eu não sei e se calhar é melhor nem saber porque ainda está Portugal metido nesta guerra sem razão para existir, mas que Sócrates está à espera dum presente da Casa Branca este Natal não duvidem!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Restauração da Independência!?

Hoje é o dia em que todos portugueses pomos a mão no peito e cantamos o hino de Portugal, aquele dia em que todos temos orgulho de sermos portugueses e não espanhóis, nem que mais não seja porque este fim-de-semana prolongado vinha mesmo a calhar...
Hoje faz 366 anos que os portugueses se encheram de 60 anos a "comer Filipinos" e, cheios de indignação e fúria, entraram pelo palácio adentro, onde foram encontrar um Miguel de Vasconcelos enfiado no primeiro armário que lhe apareceu à frente e claro, veio-lhes logo à cabeça mandá-lo da janela cá para baixo. O que aconteceu depois ao senhor não é muito claro, mas acho que não deve ter ficado em bom estado... Entretanto a "festa" prosseguiu e gritou-se "Viva o novo rei de Portugal, el-rei D. João IV!" "Viva a independência!"
Será que hoje, passado tanto tempo podemos continuar a gritar viva a independência? Analisemos a palavra independência. Esta deriva de independente, que é formada por in- (prefixo de negação) + dependente (que depende). A pergunta que se coloca é: Será que Portugal é, verdadeiramente, independente? Indo ao que todos realmente querem saber, será que não dependemos de Espanha?
Claro que sim! Se há coisa que nos devemos gabar é que somos mais Espanhóis que os Bascos! Basta entrar num supermercado e ver laranjas espanholas, uvas espanholas, morangos espanhóis, batatas espanholas, tomates espanhóis, pêras espanholas, maçãs espanholas, tudo quanto é fruta é espanhol! Vamos à secção das bolachas e... Artiach, Oreo, Cuétara são só alguns exemplos de marcas espanholas. Já alguma vez se perguntaram porque é que comemos Kinder Bueno e não Kinder Bom!? Tudo quanto é chocolate é espanhol! Mas ó meus amigos, se tudo se ficasse pelos supermercados... Ele é bancos como o Santander e o Biscaya, que apesar de espanhóis têm os mesmos benefícios, já de si injustos, que os portugueses. Ele é a EDP quase vendida à Iberdrola. Ele é centrais solares totalmente controladas por espanóis. E pior meus amigos... Queremos ir para França, por onde temos obrigatoriamente de passar? Espanha! Para nos ligármos a qualquer país da Europa, por onde vamos? Espanha!
Convençam-se de uma coisa... Há muito tempo que os espanhóis nos andam a dar "Olé"! E então com a União Europeia, podemos dizer que foi a melhor pega do "Touro" que já vi! É eles a vir sorrateiramente, a invadir o mercado, passo a passo, e nós feitos "bois a olhar para um palácio" a aplaudir, a ver entusiasticamente os Barcelonas e os Reais Madrid e a comprar as capas com o Felipe e a Leticia. É Espanha a conquistar Portugal e nós a rir... Nem eles pensavam que ia ser tão fácil!

terça-feira, novembro 28, 2006

Portugal e as Cheias

Este fim de mês de Novembro não se tem falado de outra coisa. Como se já não bastassem os Verões em que as televisões nos bombardeiam com o choque, o horror dos incêndios, agora é a família que ficou sem tecto (isto porque se considerava como tecto uma placa de contraplacado), as lojas que ficaram todas encharcadas e todos os seus prejuízos ou as linhas de comboio que literalmente "foram por água abaixo". (Diga-se que se esta expressão fosse levada à letra em Portugal, havia cheias todos os dias).
E agora pergunto, será que Portugal é um país dos trópicos ou que sofra aquelas chuvas de monções que levam tudo por onde passam? Não... Basta vir uma chuvadazita mais forte e ficamos literalmente "submersos". Porquê?
Tudo começa, há uns bons 150 anos na revolução industrial. Com o êxodo rural em massa, as cidades começaram a não ter capacidade para sustentar tantas pessoas. Assim, começou algo que é de tradição exclusivamente portuguesa (claro que não é o futebol!) - a construção desordenada! Ele é casas plantadas em cima de cursos de água, ele é casas em zonas íngremes, de solos pouco seguros, ele é construir, construir, construir e só depois, e também à boa maneira portuguesa remediar, remediar, remediar...
Claro que, de há uns anos para cá, e seguindo os bons exemplos nórdicos, começaram-se a fazer estudos! Ele é estudos de impacto ambiental, ele é PDM, ele é estudos disto e daquilo... Ele é contratar uns não sei quantos engenheiros para fazerem uns tantos estudos iguais e ele é a gente a pagar para isto tudo. E é depois as câmaras a contratarem os amigos engenheiros, que até podem ser umas bestas e terem feito um estudo só para dizer que fizeram, mas que como são amigos, lá merecem mais umas coroas. E ele é depois obras à pressa, a remendar buracos 15 dias antes das autárquicas... E a meter tanta água, como queriam que não houvesse cheias!?
Não há condições... Não há, nem haverá, enquanto não se fizerem verdadeiros estudos, e não se fizer um plano de alto a baixo de restruturação do país. Tão simples como isso, e no entanto, ainda nenhum cabeça dura do governo lá chegou... Assim, lançam-se alertas laranjas, para que as pessoas arrumem o que é necessário em locais seguros, e depois... Ficar a ver a água subindo lentamente, vendo, tranquilamente, este país a ir por água a baixo... E se isto é assim com umas chuvadazitas, como será no Dia Depois de Amanhã?

sábado, novembro 25, 2006

Mascote de Natal

Porque já falta um mês para o Natal, a Mascote do Blog, vestiu-se a rigor...

Já só falta um mês!

Pessoal! Iupi! Iupi! Para os nossos dois leitores de Andrómeda e para o Xamã chanfrado que acabou de acordar algures na Papua Nova Guiné, fica a informação: Já só falta um mês para o Natal! Obviamente só aviso estas pessoas porque devem ser as únicas que ainda não deram conta que o Natal está aí...
É só sair à rua para descobrir isso... Será por estar frio? Será pelos míudos andarem mais excitados? Será pelas folhas já terem caído? Também, mas principalmente em tudo quanto é loja vê-se que o Natal está aí. Ele é pais Natal electrónicos a cantarem desafinados "Jingle-bells" à entrada das lojas dos trezentos e dos chineses. Ele é bolinhas e luzinhas em todas as lojas. Ele é neves artificiais, fitas, estrelinhas. Com tanta decoração que há para aí até parece que o Natal é já amanhã (E quantos não queriam isso...). Mas isto é aqui por estas cidades pequenas do interior, porque nas grandes metrópoles (em Portugal uma cidade com 100 mil habitantes é uma metrópole) este furor das decorações natalícias transforma-se numa autêntica guerra, talvez pior que a guerra de audiências entre a TVI e a SIC!
Ok, devo estar a exagerar, mas o que é certo é que entramos num centro comercial e até ficamos incandeados de tanta luzinha a piscar, ficamos zonzos de tanto "Christmas is coming to Town" e coisas do género, ficamos, acho que esta palavra fica bem aqui, pedrados de Natal. Pedrados porquê? Ao entrarmos num centro comercial as alusões ao Natal são tantas e tão intensivas que é quase impossível resistir e então deixamo-nos amolecer e adormecer e só acordamos quando: "O QUÊ!? 525,28€!? NÃO PODE SER!!" E olhem que não é difícil gastar tanto dinheiro numa tarde no Shopping.
Por outro lado, mesmo que não saiamos de casa, continua a não ser difícil apercebermo-nos que é Natal. Basta carregar no botãozinho da Televisão e... "O Mundo Encantado dos Brinquedos". Já para não falar que esta música é um ataque pessoal e declarado a Alberto João Jardim (O mundo dos brinquedos é no Continente e não na Madeira...), esta como qualquer publicidade de hipermercados bem feita (e a Leopoldina que já é um clássico da publicidade é um exemplo disso mesmo) lança nas crianças um feitiço, uma hipnose e depois pronto, qual é o paizinho que não se derrete ao ver uns olhinhos tão brilhantes do fofinho?
Agora pergunto, o que é que um marketing tão agressivo e possessivo, violador de não sei quantas liberdades individuais e típico de um capitalismo selvagem e galopante tem a ver com o Natal? Não me digam que o Belmiro só mete as luzinhas nos seus Centros Comerciais para agradar ao Menino Jesus...
Mas pronto, rendo-me às evidências, há muito que o Natal deixou de ser a festa do Menino Jesus e passou a ser a festa dos comerciantes, do mais insignificante ao monopolizador. O que me custa mesmo a crer é que as Câmaras Municipais colaborem, e em nome do comércio tradicional, encham as nossas ruas com luzinhas, que para além de significarem um gasto extra desnecessário em electricidade, que é anti-ecológico, ainda vão pesar (e não é pouco!) nas finanças da autarquia, que saiem dos nossos bolsos!
Capitalistas do mundo, explorem a crença religiosa (se é que ainda se pode falar nisso) manipulem os seres inocentes deste mundo, esvaziem os ressequidos bolsos deste país em crise, paralizem-nos com as luzes intermitentes e coloridas, materializem o Menino Jesus. Por mim, na boa! "Because it is Christmas"...

quinta-feira, novembro 23, 2006

A Chuva

A pergunta de Novembro não é de todo inocente, aliás como nada neste blog é inocente: Qual o efeito que a chuva tem em nós? É curioso observar que dois terços dos inquiridos responderam que molha, ou não passa de H2O que se precipita por acção da gravidade. Por outras palavras, a chuva não afecta estes senhores e senhoras. Eles são os intocáveis! Mas será realmente assim?
Mesmo que não nos sintamos apaixonados pela chuva, ou felizes como o Sinatra (I'm singing in the rain), ou mesmo que não fiquemos com "azia" sempre que vemos uma gota de chuva, somos invariavelmente influenciados por este fenómeno. Hoje por exemplo, queria ir para o ringue treinar técnica individual ofensiva de basquete e não pude... porque esteve a chover! Claro que isto é um exemplo sem grandes efeitos na vida prática e comum a pouca gente, mas há mais...
Se de manhã está a chover, as pessoas têm de levar o guarda-chuva, ou então molham-se... Ou então vão de carro e aqui, em Oliveira é o degredo ir de carro para a escola, porque todo o papá e mamã leva o seu digníssimo filho e então, é mais rápido ir a pé do que de carro! Mas desde que não se molhe o "santo" filho, tudo nice!
É verdade, por mais que estejamos no século XXI, convencidos que podemos ter o controlo sobre tudo o que nos rodeia, continuamos sujeitos a coisas tão reles como aguaceiros. Construímos as nossas defesas, os guarda-chuvas, mas estes alteram de uma forma ou de outra a nossa vida. Mais uma vez se prova que por mais racional que seja, o Homem é tanto ou mais animal que os outros...

segunda-feira, novembro 20, 2006

Só 4%?

Para o leitor mais vidrado em política faço já notar que não me refiro ao valor dado nas sondagens ao CDS-PP, que ainda consegue ir abaixo deste valor!
A verdade é que o Antitudo encomendou um estudo (porque se um blog quer ser credível não faz, encomenda estudos!) à Comissão Independente para o Estudo do Uso das Televisões dos Possuidores de Televisões o qual revelou que 100% dos possuidores de televisores vêem televisão! Ok, é mentira, não encomendámos estudo nenhum e tal comissão, por mais estranho que pareça, não existe (espero não estar a dar nenhuma ideia ao governo...), mas é um facto que 100% das pessoas que têm televisão, vêem televisão! (sinto o meu QI a subir...). Mas mais fantástico e surpreendente que isto é que quase 100% das pessoas que têm televisão, têm pelo menos os 4 canais principais! Agora respondam-me à seguinte questão. Se todas as pessoas que têm televisão, vêem televisão, se das pessoas que vêem televisão, quase todas têm os 4 canais, porque é que só 4% das pessoas que vê televisão, vê a 2:?
Em relação a séries como 24, por exemplo, está bem, admite-se, 4% até é demais. Os Morangos com Açúcar têm sem dúvida melhor qualidade de actores e de argumento que esta série, que só é mesmo conceituada em países sem tradição televisiva como os EUA! Também sei e escusam de contra-argumentar que quer a Praça da Alegria, quer o Você na TV, quer o outro da Fátima Lopes, são Talk-shows de muito maior qualidade que a Câmara Clara ou a Revolta dos Pastéis de Nata. Já para não falar que o Fernando Rocha e a sua grosseirice é muito mais engraçada do que aquele gordo de bóina, o Luís Filipe Borges.
Para quem não percebeu, ou porque já viu Floribella a mais ou porque o botão 2 desapareceu simplesmente do comando, estava a ser irónico! E mesmo compreendendo que o Prof. José Hermano Saraiva está a ficar velho, qualquer programa da 2: (incluindo o Noddy e aquele programa sobre culinária) consegue ser menos intragável e mais educativo que as novelas da TVI ou da SIC.
Sinceramente não percebo porquê só 4% de share! Há muitos que defendem a 2: como um canal elitista, e tenho de concordar que em relação a certos programas é verdade (acreditem que não sou mesmo fã do "Por Outro Lado", bastam 5 minutos e já estou virado "para outro lado"), mas acho que quer as séries de qualidade, quer programas de entretenimento como A Revolta são programas de compreensão para todas as pessoas.
Não percebo... Mas até acredito numa justificação válida... A publicidade! Talvez seja por não haver publicidade na 2: que as pessoas não vêem... Queixam-se dos intervalos de 15 minutos da TVI, mas nesses intervalos não se dignam sequer a carregar no botãozinho com um 2. Podem até ver uns paspalhos quaisquer a dançar na RTP, ou aprender novas posições com Jura, mas botão 2, esquece...
Enfim, mas que me tenho eu que preocupar com as audiências da 2:... Eu vejo, aliás, agora deve ser o canal que mais vejo, mas os outros se não querem ver, que não vejam, quem perde são eles! E pensar que perdi o Alma e a Gente para ver o Gato Fedorento, que até nem teve graça nenhuma...

sábado, novembro 18, 2006

2 milhões de euros...

O que se podia fazer com 2 milhões de euros?

Daria para pagar mais de 5000 mil curas da lepra,
Daria para pagar mais de 10 mil vacinas para a malária,
Daria para alimentar mais de 15 mil pessoas durante um ano,
Daria para educar 20 mil crianças num país subdesenvolvido,
Daria para aumentar em mais 4 € os salários dos funcionários públicos,
Daria para indemenizar as vítimas das cheias e dos incêndios em Portugal,
Daria para fazer obras em muitos hospitais e escolas,
Daria para fazer feliz milhares de orfãos no natal...

Mas não!

Deu apenas para fazer um casamento! Um casamento de conto de fadas em Itália entre Tom Cruise e Katie Holmes... Isso, posem para a fotografia com um bebé preto subnutrido nas mãos. Oh! Grandes beneméritos! Beneméritos de revistas... 2 milhões de euros! 4 dias! Milhares de convidados! Viagens de avião! Para quê!? Provavelmente para um divórcio daqui a uma mão cheia de anos (se tanto!)! E quando muitos pobres, da boda, já só pediam as migalhas!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Dia do Não-fumador

Hoje é o dia do não fumador. Ironicamente, neste dia só se fala de tabaco e de quem fuma. Mas é o dia do não fumador, ou da prevenção anti-tabágica? Decidam-se!
Análises socio-filosofo-linguístas à parte a verdade é que neste dia muito se fala contra o tabaco e nos riscos que este causa, mas descidas reais na taxa de fumadores não há! Mesmo que se fale em cancros dos pulmões, doenças cardiovasculares, mesmo que se mostrem as imagens arrepiantes dos pulmões dos fumadores em relação ao dos não-fumadores, mesmo que todos os anos apareçam nas escolas médicos e desportistas defendendo a prática de uma vida saudável não há modo de se acabar com este vício. Porquê?
Não sei. Já procurei saber, já tentei perceber o ponto de vista de quem fuma, mas é inexplicável de forma racional. Quanto a mim sou anti-tabaco desde nascença, aliás quando era criança achava que a solução para os fumadores era morrerem queimados vivos! Mas não ligando aos traumas da minha feliz infância, acho sinceramente estúpido o acto de fumar. Pá! Qual é a piada? Iupi! Vou alcatroar os pulmões! Uh! Deixa-me pulverizar mais isto com dióxido de carbono! (pode ser que faça fotossíntese...) Oh sim! Nicotina, viciante, quero mais!
É sarcástico, mas ao mesmo tempo, a verdade nua e crua! É possível que venham anti-comentários a dizer que isso é porque nunca experimentei... Porque é que eu havia de experimentar uma coisa que há partida sei que só faz mal!? Continuo a não perceber...
Mas pronto se querem fumar, fumem! Agora protejam os não-fumadores, aqueles que realmente deviam ser lembrados neste dia. Porque é que uma pessoa tem de sair de um bar a cheirar a tabaco? Até se perde logo a vontade de lá entrar. Enfim, no coments. Peço desculpa aos fumadores, mas também estavam a precisar de ler umas verdades... Não que não as soubessem!

segunda-feira, novembro 13, 2006

Portugal vs Cazaquistão

Hoje Portugal defronta o Cazaquistão numa partida a contar para o apuramento para o Euro 2008 de futebol. Nesta partida nada mais se espera que uma vitória de Portugal, até porque Portugal está no 9º do Ranking da FIFA e o Cazaquistão ocupa um bem modesto 135º lugar. E fora dos relvados, será a diferença assim tão grande? Portugal terá vantagem?
Podemos dizer que genericamente Portugal é mais desenvolvido, dado ocupar o 28º lugar no IDH e o Cazaquistão ocupar a 78º posição, mesmo assim a diferença é muito menor do que em termos futebolísticos. Mas se, por exemplo, analisarmos a comparação do ponto de vista económico damos conta que contra o nulo crescimento económico português, o Cazaquistão cresce todos os anos 7% do PIB, e tem, segundo o FMI, um futuro brilhante, dado possuir muitas reservas de petróleo praticamente inexploradas, e oferece outra segurança que o Médio Oriente não oferece.
Por outro lado o Cazaquistão tem menos 0,3% de taxa de desemprego que Portugal. Um dado praticamente insignificante se não tivermos em conta que lá esta tem vindo a diminuir bastante e cá tem estado a crescer de dia para dia.
Mas se nalgumas coisas o Cazaquistão nos iguala e praticamente nos supera, há outras em que levamos uma boa "goleada". A taxa de analfabetismo em Portugal está em 9%, no Cazaquistão... 0,5%! Já para não falar em índices de abandono escolar e da qualidade de ensino.
Enfim, são consequências de um país que dorme à sombra da UE e dos EUA, e que adormece os seus cidadãos à sombra da "bola". O resultado de logo pouco importa, porque a continuarmos assim, já só no futebol somos melhores que eles...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Os telelés

Por estranho que pareça, há 15 anos atrás imagens como esta seriam apenas vistas em filmes de ficção científica, ou se calhar nem isso! Não, porque há 15 anos fosse proibido atender 3 telefones ao mesmo tempo, mas porque, pura e simplesmente, ainda não existiam telemóveis!
Parece mesmo estranho, não? Realmente o fenómeno dos telemóveis é dos que mais rápida implantação e evolução teve no mercado. Parece que ainda foi ontem que aparecia aquele reclame da Telecel, lá no meio da aldeia na serra, o velhote com o telemóvel, perguntando: "Tôchim?É p'ra mim?" Era o anúncio da extensão das redes de telemóvel a todo o recanto do país... E hoje, nem dez anos passados dessa pérola da publicidade, cá estamos nós com os 3G. Podemos praticamente fazer tudo com um telemóvel: Tirar fotos, filmar, jogar, aceder à internet e mesmo fazer chamadas!
Pois é, por estranho que pareça, nos anúncios dos telemóveis nem é mencionado que fazem chamadas, qualquer dia lembram-se de fazer um telemóvel que não dê para telefonar e depois não nos podemos queixar. Enfim, é a evolução! Mas se repararmos bem, quantos de nós necessitaríamos de câmara fotográfica no telemóvel? Quantos de nós temos uma necessidade ardente de enviar MMS? Ninguém! A não ser mesmo os maníacos do consumismo, grandes troncos que fazem arder esta indústria!
A verdade é que todos nós alimentamos este consumismo, mesmo que não queiramos. E tudo funciona no seguinte esquema, mais visível nas classes etárias mais baixas. Há um menino que tem pais ricos ou é muito mimado e que decide comprar um telemóvel com aqueles apliques desnecessários todos. Um outro que já não tem pais tão ricos nem é tão mimado lá insiste com a mãe e esta gasta metade do seu salário a comprar a porcaria da máquina! E assim sucessivamente. Depois lá vem uma geringonça com novas funcionalidades e o tal filho mimado compra-a, dando origem a um novo ciclo consumista.
Agora pergunto? Precisavam daquelas tralhas todas? Claro que não! E há uma coisa que eu acho mesmo fantástica nesta coisa toda, 3G's topo de gama com toques polifónicos e reais que quando tocam fazem o dring...dring dos velhinhos telefones que se usavam antes de eu ser nascido!
Bem, mas a verdade é que isto dos telemóveis também tem vantagens. Para além da óbvia que é a de podermos tirar fotografias com baixa resolução a cada instante... Perdão! De fazer chamadas, os jovens por exemplo, podem ter mais privacidade nos contactos com os amigos, via SMS ou mesmo chamada... A verdade é que já não é usado o "velhinho" telefone lá de casa. Para os pais torna-se mais difícil de controlar. Mas também têm bom remédio! Não os dêem aos filhos. Eu comprei o meu com a minha própria massa e sou eu que o carrego! Obviamente tenho outro treino para a vida real que alguns putos mimadinhos, cujos pais lhes compram 3G's assim sem mais nada! Mas isso são contas de outro rosário... e como já estou a maçar o estimado leitor com problemas que nada têm a ver com o assunto dispeço-me assim à boa maneira SMS: jnhx e abraxus p/ tds. ptems

terça-feira, novembro 07, 2006

Anti-(des)informação

A maioria dos portugueses já se habituou a usar as horas de jantar para ver as notícias do dia, nos chamados noticiários. É esse o tema que trago para discussão. A qualidade ou falta dela na informação dos noticiários.
A primeira crítica vai para a duração. Não se percebe que os noticiários demorem sempre, no mínimo uma hora e um quarto, quando há dias em que meia hora chegava e sobrava para o espectador ficar mais que informado. O que acontece nos 45 minutos adicionais? Pergunta o ET, que é o único ser que nunca viu um telejornal.
Para o ET e para aquelas pessoas que pura e simplesmente já não está a prestar puto, passo a expressão, à televisão nesse momento vem a explicação. Aqui há diferenciação nos nossos três canais. A RTP adora usar e abusar do tempo para recolher mil opiniões iguais acerca de um assunto raramente polémico ou de pouco interesse, geralmente relacionado com política, ou então, quando a política se torna enfadonha mesmo para o rato de biblioteca, adoram mostrar os velhinhos a jogar às cartas ou as velhotas a fazer tricô. A SIC, neste aspecto, na minha opinião a menos má, dá reportagens sobre filmes, concertos ou desportos radicais, ou então, parte má, faz publicidade em horário nobre à sua menina prodígio, cujo nome já foi tanto badalado que até parece mal escrever. A TVI é o que se sabe... Para além de também promover a sua querida série infanto-juvenil dá prostituição, abortos ilegais, bruxos, sem-abrigo, marginais, violência e pornografia gratuita! Enfim, reportagens "choque" que já não chocam ninguém onde quem reina são as vozes distorcidas e as caras aos quadradinhos. Bem, isto já para não falar no puto que guardava vacas.
Segunda crítica: Qualidade de informação. Sinceramente não sei onde é que alguns jornalistas tiraram o curso, palavra de honra que às vezes em vez de informar ainda conseguem desinformar. Já para não falar de erros ortográficos e de conjugação, não é difícil apanhar um noticiário onde não se ouçam erros de cultura geral gravíssimos. Obviamente, não culpo os pivôs pois esses são meros neurocopiadores de telepontos, mas sim quem faz os telepontos... É para estas pessoas que devia existir o exame da 4ª classe! Mas sem cunhas...
Outra crítica que se faz, não só a este tipo de informação, mas a praticamente toda a imprensa, é que esta é perfeitamente manipulada pelas pessoas com poder, não só do governo que influencia e muito as notícias da RTP como não é difícil de reparar, mas também dos grandes grupos económicos, instituições desportivas, enfim, os suspeitos do costume, que têm a faca e o queijo na mão. E perguntam, e a liberdade de imprensa? Com tanta concorrência entre jornalistas e televisões, com tanto interesse por trás, a liberdade de imprensa é algo que passa para segundo plano.
Acho que foquei os aspectos principais da informação que se faz por este país e espero ter alertado algumas pessoas para o facto de que estão a ser enganadas a partir do momento em que ligam a televisão. Conclusão final: vejam o Contra-Informação!

sábado, novembro 04, 2006

Os Sonhos dos Ministros

Num país com tanto defeito como Portugal, às vezes mais vale a pena sonharmos um país melhor. Como portugueses que são, os nossos ministros também têm sonhos. O Antitudo foi saber alguns deles.

Ministro da Agricultura: Sonha que não haja secas, que os peixes se reproduzam e que as terras estejam sempre a produzir para cima de 100%.
Ministra da Cultura: Sonha todos os santos dias com a morte do presidente da câmara do Porto: Rui Rio... Fora alguns sonhos mais escaldantes com o presidente do FCP, Pinto da Costa. Vá se lá saber porquê!
Ministro da Presidência: Este senhor tem um grande sonho que é fazer um anúncio ao país que todos gostem, para além daquele eterno sonho que é saber o que faz um ministro da presidência...
Ministro da Cultura: O sonho deste ministro é ser conhecido...
Ministro da Economia: Todos os dias sonha bater o record do Michael Schumacher. Está lá perto!
Ministro das Obras Públicas: Sonha com um país em que haja obras para todos os seus amigos empreiteiros...
Ministro do Trabalho e Segurança Social: Com o devido respeito, mas o senhor Vieira da Silva, quer que todos morram antes dos 65, pelo menos até 2015...
Ministro da Saúde: Este sonha muitas coisas, aliás todos os dias sonha uma coisa nova, raramente é uma boa coisa... Um dia sonhou que tinha de fechar os SAP, outro sonhou que havia taxas moderadoras para tudo, outro dia sonhou que tinha sido atendido num hospital público... Foi um pesadelo!!!
Ministro das Finanças: Este sonha com funcionários públicos que trabalhem de graça, não reclamem e façam horas extraordinárias. Sonha ainda baixar o défice para menos de 2%... Vá sonhando, sr. Ministro!
Ministra da Educação: Bem esta sonha, mas sonha mesmo! Sonha com o modelo de escola ideal, alunos que passam a vida nas bibliotecas e salas de estudo, prof's que passam a vida a acompanhar os alunos... E sonha também dizer alguma coisa sem ser contestada. E como ela sonha visitar uma escola em que não seja recebida com manifestações! Bem, mas o maior sonho da Sr. Maria de Lurdes Rodrigues é mesmo passar nos exames do Secundário...

Estes foram os sonhos de alguns ministros, mas e o que sonha José Sócrates e Cavaco Silva?

José Sócrates, primeiro-ministro: Ao contrário dos seus companheiros do executivo, este só sonha passar umas férias na neve... Mas sem partir uma perna!
Cavaco Silva sonha com um país onde haja rigor, serenidade, tranquilidade, serenidade, rigor, etc. E aguarda com espectativa o momento em que tiver uma dúvida ou se enganar...

E pronto. Peço desculpa a alguns ministros por alguns comentários inapropriados, mas c'est la vie... E saliente-se que isto é apenas uma pequena peça de cariz cómico, que nem sei se tem lá muita piada, com o objectivo de satirizar os nossos políticos.

quinta-feira, novembro 02, 2006

Power for the masses

Para o mais comum dos leitores esta frase não significa nada para além da sua tradução denotativa para português: "Potência para as massas". Contudo, para uma minoria muito restrita de pessoas, que como por exemplo eu, jogaram Sim City 3, este era um código que fazia com que todas a cidade tivesse energia eléctrica sem que se gastasse um tusto! Infelizmente SimCity é um jogo, e infelizmente usar códigos, mesmo em jogos, é batota...
Contudo dava muito jeito ao nosso país, e o nosso primeiro-ministro, viciado em jogos de gestão por natureza (diga-se que o maior vício é quando ainda não se sabe jogar!) acha, e muito bem que Portugal está demasiado dependente dos outros em termos energéticos. Assim, e como bom defensor das energias renováveis, foi pôr a "primeira pedra" naquela que vai ser a maior central solar da Europa - a central da Amareleja no concelho de Moura! Assim Portugal vai conseguir suprir uma grande parte das carências energéticas e pode ser, isto digo eu, que lá para o ano de 2150 a electricidade fique mais barata...
Ora, como ambientalista que sou, e como grande defensor da auto-suficiência de um país, aplaudi logo o senhor primeiro-ministro. E acho a ideia excelente, pena que já se podia ter avançado com isto há dez anos, mas mais vale tarde que nunca!
Contudo, qual é o meu espanto, e mais espantoso é eu ainda me espantar com isto, quando ouço na televisão que vai ser uma empresa espanhola a concessionar o projecto. Ah! Bem me parecia que era chicha a mais... Por momentos chegara a pensar que iria ser uma central portuguesa, gerida por portugueses. De repente pensei que íamos ser um bocadinho independentes... Qual quê!? Mais uma vez, pela 45903ª vez, estamos a vender-nos aos espanhóis. Ou seja, a luz solar bate em Portugal, a luz é convertida em energia eléctrica num edifício português, com ajuda de trabalhadores portugueses, os consumidores são portugueses, mas... quem manda são os espanhóis. Assim, se eles acharem que a luz solar vale milhões, nós milhões pagaremos, até porque esse é o interesse nacional... de Espanha! Mesmo assim, a electricidade irá ficar barata mais cedo que 2150, em 2063 mais precisamente... no ano em que Portugal passará a ser região Espanhola... no papel!

terça-feira, outubro 31, 2006

Halloween

Hoje é dia 31 de Outubro, quer dizer que esta é a noite de Halloween (do Inglês All Hallow's Eve, que em português dá algo como a véspera de todos os Santos).
Mas já muito antes da igreja ter decretado o dia 1 de Novembro como o dia de todos os santos, se comemorava a "noite das bruxas". A verdade é que o dia 1 de Novembro foi instituido como o dia de todos os santos para se arranjar um substituto cristão do pagão Halloween. E esta noite só passou a ser das "bruxas" para afastar os infiéis deste evento.
Mas afinal o que era o Halloween pagão? Para os druidas, esta era a noite em que se acendiam fogueiras para afastar os maus espíritos. Para os Celtas era a noite em que os espíritos dos antepassados visitavam as suas casas... E o que é que isto tem a ver com bruxas, vampiros e magia negra? Nada. Tem apenas a ver com rituais pagãos, e com a opressão cristã a tais rituais! Podemos dizer que é um belo golpe de marketing, transformar um evento pagão, em evento satânico e depois criar um evento cristão para que não se sinta a falta... Estes católicos...
E nos dias de hoje, no nosso Portugal? O que é o Halloween em Portugal? É evidente que esta não é uma tradição portuguesa, tanto que não existe uma tradução, mas comemora-se à mesma. E fora aquelas minorias satânicas que vão queimar bezerros acender velas nos cemitéiros, o Halloween é uma festa! Desde os putos que vêm pedir docinhos, aos pre-teens que passam a noite a mandar balões de água para os carros que passam até aos teens que se vestem de preto e vão para bares... curtir Kizomba!
Mas mais que tudo isso, o Halloween é, em Portugal, um marco comercial. É o ponto que marca o ínicio da cruzada para o Santo Graal comercial que é o Natal! É impressionante como as abóboras e morcegos esquizofrénicos saem e dão lugar a Pais Natal, árvores de natal, estrelinhas, brinquedos sem fim! 55 dias de intensíssimo marketing! Abençoadas bruxas... E abençoado menino Jesus!

P.S.: Se satanás andar aí mandem-me um toque, tinha um encontro marcado com ele num bar... LOL!!!

quinta-feira, outubro 26, 2006

O discurso anti-tanga!

Sinceramente, já ando farto do discurso da tanga! "O país 'tá de crise..." "Isto está difícil" "Isto não está bom para ninguém" "Vou mas é para Espanha...". Pá, está bem, estamos de crise, é verdade! Mas acho que já passou a altura de nos deixarmos de lamuriazinhas e fatalismos e passarmos à acção, não é!?
Só o tempo que se perde em lamentações, só o tempo que se perde neste discurso da tanga, dava para investir, já nem digo dinheiro, mas imaginação, criatividade, para se fazer algo inovador, para sairmos da mó de baixo! Mas não! Peçam a Deus que o tempo melhore e fiquem de braços cruzados... ou então preencham o boletim do Euromilhões todas as semanas e esperem que um dia essa tal probabilidade de 1 em 76 275 360 aconteça a vosso favor!
Portugueses da tanga! Não sei de onde é que veio esta mania de ficar à espera que chova, como diz o povo, mas sempre pensei que os portugueses fossem conhecidos pela mania do desenrascanço... Vá e agora!? Esperamos que venha uma inundação ou um incêndio, para termos uma indeminização. Esperamos pelo subsidiosito da UE para plantar as batatas... Esperamos pelo rendimento social de insersão. Esperamos pelo dinheirito da tia de França! Esperamos. Esperamos por um milagre. Esperamos que numa noite de nevoeiro venha o D. Sebastião e nos tire do fosso. Esperamos, Não agimos! Acordem portugueses! E apelo agora, portugueses, que improvisem, porra! Desenrasquem-se! Que é o melhor que sabem fazer. De uma vez por todas, não fiquem à espera que os outros façam o trabalho por vocês. Deixem-se de lamúrias e trabalhem, mostrem de que raça são feitos, mostrem o orgulho em serem portugueses! Sempre! E não apenas nos jogos da selecção!
Ou então não... Isso! Ide para Espanha! Ide e deixai quem cá está fazer um trabalho em condições! Não empatem... Isso mesmo! Em Espanha é que estão bem! Mas não vão enganados! Lá por ser monarquia, nem todos lá são reis. E não pensem que os Espanhóis ganham o que ganham sentados numa cadeira a contar as moscas que passam! Se querem viver como espanhóis, ganhar como espanhóis, comprar como espanhóis... Trabalhai como espanhóis!
E nós por cá? Que amamos o nosso país, veneramos Viriato, D. Afonso Henriques, Vasco da Gama, Camões, D. João IV!? Nós, que ganhámos Aljubarrota e São Mamede!? Nós que mandámos o Miguel de Vasconcelos pela janela e gritámos: Liberdade!? Vamos continuar a ser iguais aos outros sem-vida que deambulam preocupados com as suas miseráveis viditas da tanga? Ou vamos lutar? Vamos deixar os Belmiros, os Jerónimos Martins, os Amorins, os Cintras, os Mexias meterem para o bolso, calma e descaradamente? Ou vamos Lutar?
Eu luto! Quem se quiser juntar a mim, lute também! Lutaremos por um Portugal mais moderno, mais justo! Lutaremos para que nós e os nossos filhos e netos nunca mais ouçam falar da tanga! Se for preciso fazer outra revolução, faremos! Lutaremos pelo que é nosso, com unhas e dentes! Lutaremos por nós! Lutaremos por Portugal!

Bem... Gostava de pedir desculpa por algum excesso de inspiração, mas, por vezes, valores mais altos se levantam e um homem é obrigado a fazer estes discursos contra o discurso da tanga, cuja patente pertence a um homem que, neste momento, estará sentado numa confortável poltrona, dizendo para si mesmo: "Portugal!? Livra! Ainda bem que saí a tempo!" Escusado será dizer que este senhor nunca mais vai precisar de trabalho, pois dentro de 3 anitos tem uma reforma choruda, com benesses pagas por todos nós, enquanto a maior parte de nós vai ter de continuar a lutar duro, para chegar aos 65 com o sentimento de dever cumprido... de forma honesta!

segunda-feira, outubro 23, 2006

O exemplo vem de cima!

Mas ainda duvidavam desta expressão? Aqui está a prova fiel de que, em Portugal, o exemplo vem de cima. É hoje notícia que todos os partidos políticos que participaram nas últimas eleições legislativas (sim, o Partido Humanista e o POUS também!) tinham irregularidades nas contas! Claro que a questão primordial que se coloca é: o PH e o POUS tinham contas?
É óbvio que não é este o cerne da questão. O centro da questão reside no facto de os políticos terem feito uma lei de regulamentação do financiamento das campanhas que é, pelos vistos, inviável. Estranho que tal lei tenha sido aprovada! Mas principalmente há que notar o facto de os políticos que estão sempre a exigir aos portugueses para declarar as suas contas (regulares, claro!) nos prazos devidos, são os primeiros a ter as contas "à taberneiro", que é como quem diz, ajuda do estado daqui, fundos ilegais do outro e dá a receita, outdoors, propaganda e jantares para os amigos, familiares, amigos dos familiares, familiares dos amigos... e dá a despesa. Faz-se a subtração (quiçá a soma!!!) e dá o lucro (quiçá prejuízo...). Resumindo e concluindo, fica tudo em águas de bacalhau e depois logo se vê.
Daqui se prova que o exemplo vem de cima, se os nossos políticos, ou manda-chuvas, que se aplica melhor no caso, fazem asneira a torto e a direito, cada buraco sua minhoca, como podem eles exigir aos excelentíssimos cidadãos que apresentem as contas todas certinhas!?
Bah! É por estas e por outras que sou cada vez mais anti-política!

sábado, outubro 21, 2006

N'há crise

O ministro da economia decretou está decretado: Acabou a crise! Yupi!! Abra-se o Champanhe (francês, para ser do bom e do melhor!), deitem-se os foguetes, vamos feitos parvos buzinar para os nossos carros. Acabou-se o estado da Tanga! Agora até já podemos vestir 7 saias à moda da Nazaré!
Depois de toda a euforia, vamos à racionalidade: Sr. Ministro, como é que chegou à conclusão de que acabou a crise? É por isso que os salários vão subir ao nível da inflação? Não! O preço dos combustíveis vai descer? Não. O desemprego vai baixar? Não me parece...As taxas de juro vão descer? Não! A electricidade já não vai subir 15,7%? Não! Então, porra! Para que é que queremos o fim da crise!? Para o comum dos mortais portugueses este anúncio não passa de uma mentira, de bluff, ou ilusão! Se calhar para a maioria até nem quer dizer nada... Se é que a maioria sequer o ouviu!
Mas eu explico porque é que a crise acabou... Parece que os ministros vão ter um aumento de 6,1%! Assim sendo não pode mesmo haver crise... E tanto não há que apesar de se cortar em tudo o que é benefícios para os funcionários públicos, de se ter pedido para apertar o cinto, de se ter posto o país de tanga, [nós contribuintes] continuamos a pagar, sem piar, os transportes de ministros, acessores e família, chamadas privadas (quem sabe se para as linhas eróticas!) de ministros e acessores, continuamos a suportar todo o tipo de comissões de não sei quê e estudos de impacto no cu de Judas! (Jobs for the boys)...
Se repararmos para estes senhores nunca houve crise! Estes nem sequer ficaram a saber o que era a tanga, estes e o sr. Belmiro, o sr. Amorim, e os patroes dos bancos, esses até ganharam com a crise! Está a olhos vistos exposto nos seus lucros! Resumindo e concluindo... Tudo está e sempre esteve na mesma... Se os políticos acordam virados para a crise, há crise, se não acordam n'há crise... Mas como nós até já estamos habituados às mesquinhices e hipocrisia desta podre democracia neoliberal, n'há crise!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Os profs. grevaram

Pá! Não sei porquê, mas para mim os efeitos tão anunciados da greve dos professores só se fizeram sentir na tarde do último dia de greve... Pois é, tive hora livre a português... e não houve aula de substituição. Nas outras aulas posso dizer que o sentimento era de frustração, parecia que só a minha turma estava a ter aulas. Não devia ser bem assim e se na minha escola a adesão chegou aos 35% é muito!
A verdade é que os professores meteram greve. E claro, as tv's foram logo mostrar os frustrados pais que, coitados, não tinham onde deixar os filhos (Porra! Que a Floribella só atende à noite!), ou então os tristezinhos dos alunos que a troco de umas caixas cheias de chupas foram fazer birra para a televisão "poque o pofechô não veio". Claro que as televisões se estiveram, literalmente, a borrifar para as reivindicações dos profs. O que interessa é que se mostre os efeitos devastadores do que acontece, quando os baldas dos profs. decidem, assim do nada, "Vamos fazer greve!" E ainda dizem que os media não são manipulados...
Mas vamos lá ver porque é que os professores reclamam. Acima de tudo reclamam pela alteração aos estatutos da carreira docente, parece que agora os profs. vão fazer uma equipa de futebol e então os velhadas, leia-se, com mais anos de serviço e mais experientes vão ser professores titulares, os novatos vão ser só professores e vão ter de treinar, leia-se, trabalhar mais anos e passar com bom no teste (Sim! Os profs. também vão fazer testes!). Claro que com este reordenamento, continua a haver muitos professores a ficar na bancada a ver, leia-se, no desempremprego a ver os anos passar...
Mas até podiam ter mais motivos para fazer greve, e têm-nos! Por exemplo, o patrão chamar todos os seus funcionários de incompetentes é por si só motivo de greve. Depois há a violência na escola, coisa que eu desdramatizo, mas que há! E depois a profissão de professor é muito mal amada. Ou se é um fixe e se passam todos, ou então há azia... porque "o filho do sr. Enginheiro" teve 9, que professor mais injusto! Enfim, são as contigências de uma profissão que, não pode ser encaixada com mais nenhuma outra, afinal estamos a falar da inteligência/competência das gerações vindouras. E termino assim com uma citação que me chegou por mail de um tal de N. Pires de Almeida:
"Se vida de professor é assim tão boa, ainda não consegui compreender porque é que muitos professores querem ser políticos mas nehum político quer ser professor!"

segunda-feira, outubro 16, 2006

Anti-fome

Quem diria que hoje é o dia mundial da alimentação!? E não é que é mesmo! Mnham, nham E na minha escola não fizeram nada de especial... Podiam ao menos baixar o preço da refeição na cantina, ou então servirem comida que se consiga comer, sim porque eu também sou anti-comida intragável na cantina...
Bem, mas passando ao assunto em si... Eu até acho muito bonitinho que os senhores sempre-a-sorrir lá das nações unidas inventem estes dias da fome, da pobreza, da luta contra a SIDA, aplaudo isso tudo, mas tenho pena que os senhores sempre-a-sorrir que mandam nisto tudo não façam realmente nada para melhorar a situação, porque isto das acções de sensibilização, maratonas contra isto e aquilo, dias para tudo e mais alguma coisa é realmente giro, mas não chega!
E não chega porquê?
Porque se gastam 1000 vezes mais dinheiro em armas do que o necessário para erradicar de vez a fome do planeta! É realmente um valor absurdamente exorbitante! Como se este preocupante facto não chegasse, acresce outro que é o de a UE e os EUA, os supernutridos do planeta deitarem 1/3 dos alimentos que produzem directamente para o lixo... Por dificuldades de escoamento!
Algo tem de estar mal, há gente a passar fome e deita-se comida fora! No mínimo contraditório... Acontece que os senhores sempre-a-sorrir lá de cima acham que os países ricos devem ajudar os países pobres, se é verdade que em muitos casos isso não acontece, há muitos países do mundo desenvolvido que gastam muito a ajudar os subdesenvolvidos, o problema é que geralmente essas "ajudas" não são gastas para resolver problemas humanitários, como secas, fome, etc. A maior parte das vezes são gastas em armamento (comprado aos países ricos!) para guerras que só agravam mais estas situações...
E assim se explicam os 800 milhões de famintos em todo o mundo e os 200 milhões de subnutridos... Porque vai tão mal alimentado este mundo tão produtivo? Mais uma vez, e como sempre, a culpa é do Homem.

sábado, outubro 14, 2006

Caso Real

Antes de mais queria congratular-me porque mais uma vez saí ileso de uma Sexta-feira 13! Mas não é disso que hoje estou a escrever, hoje vou-vos apresentar um caso real que é realmente preocupante.
Eu tenho um colega, o Luís, que é cego, e com o qual, fica a nota, dou-me excelentemente bem. Desde o primeiro ano que ele tem acompanhamento especial, e desde o 5º que tem tido o apoio da mesma professora. Como devem saber ele precisa que os livros e os testes sejam escritos em Braille. Até há dois anos essa professora tinha transcrito os testes, e os livros têm sido editados por uma editora de Lisboa.
Acontece por imposição do governo essa professora foi destacada para desempenhar outras funções, isto porque na escola já havia mais professores do ensino especial. Acontece que nenhum desses professores percebe Braille, então passaram-se a enviar os testes e fichas para Coimbra onde uma equipa especializada trataria do trabalho... A verdade é que não deu lá muito conta do trabalho e este ano, julgo eu, também por imposição do governo essa equipa desapareceu...
Neste momento dá-se então o facto caricato, mas sem piada nenhuma, de o Luís não ter ninguém que lhe transcreva os testes. Claro que por boa vontade, a professora que o vinha a acompanhar vai ajudar, se for necessário, mas não é da sua competência nem lhe pagam mais por isso.
A agravar, só o facto de a editora de Lisboa enviar os livros tarde e a más horas! E, meus amigos gostava de salientar que não estamos a falar de um "pobre e coitado do ceguinho" estamos a falar de um aluno do 12º ano que apesar de todas as dificuldades, tem uma média de 15,5 e 18 a matemática!
Enfim, tenho pena de não ter um blog mais visitado e de também não ter contactos na TVI, porque isto não é uma mera crónica, estamos a falar de um caso real de carne e osso e era bem que estas realidades chegassem lá acima ao ministério da educação, desse governo que se diz socialista e que aqui dá mais uma prova daquilo a que se pode chamar justiça social.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Sexta-feira 13

Olhando para o nosso calendário não é difícil perceber que hoje é sexta-feira 13 e mesmo que não saibamos a quantas andamos, há sempre algum melga mais supersticioso a lembrar-nos disso.
Hoje convém ter mais cuidado a atravessar a rua, pois a probabilidade de ser atropelado é 4 vezes superior, não se deve passar perto de obras, pois qualquer parte solta tem mais tendência a cair, e se for uma obra realmente portuguesa tende a ser a casa toda. Hoje já deixámos as torradas queimar e quando chegamos a casa damos conta que deixámos a torneira do lavatório ligada e há uma inundação em casa. Hoje muitos de nós vão bater contra um poste e outros tantos vão sair desdentados do dentista. Enfim, hoje o azar anda aí e não vai escapar a ninguém!
Tretas! Tudo isto são tretas! Aliás, a maior parte senão todas as superstições são tretas, coisas sem fundamento nenhum. Eu por acaso até ando atento a isso e geralmente nunca acontece nada de azarado por estes dias, nem a mim nem aos outros, claro que vai havendo sempre esta ou aquela coisita, mas essas coisitas também acontecem nos outros dias. Agora o que faz as pessoas acreditar na maldição da sexta-feira 13 são as coincidências. Se numa Quarta-feira 15 queimei as torradas foi porque estava distraído, se foi numa sexta-feira 13... foi azar! Se num outro qualquer dia do ano errei uma pergunta estúpida num teste foi distração, numa sexta-feira 13... foi azar!
Esta do "foi azar" até dá jeito, e nomeadamente, a muitos portugueses que adoram desresponsabilizar-se, assim quando algo corre mal foi por que era Sexta-feira 13, não por esquecimento ou irresponsabilidade da pessoa, ora essa! "Eu irresponsável!? Foi azar..."
E ainda há aquelas pessoas que não são opurtunistas, mas são obececadas, aquele tipo de pessoas que fazem questão de entrar sempre com o pé direito (eu quando me lembro entro com o esquerdo... para ser do contra!), ou que ficam logo todas histéricas se se abre um guarda-chuva dentro de casa, ou que se assustam sempre que vêem um gato preto... a isto é que eu chamo racismo!
Mas pronto deixando esses covardes e infelizes de lado, há que lembrar o grande paradoxo do dia... A sexta-feira 13 com um jackpot de 80 milhões de euros no Euromilhões, se alguém ganhar não sei o que se vai dizer, mas "filho de satanás" assentava-lhe bem... Aos restantes 99,999999% que não ganharam resta-lhes o consolo... Foi azar de sexta feira 13! O que eu duvido mesmo é que os desesperados tugas deixem de jogar no seu concurso da sorte só por ser dia de mau agoiro...

Enfim, mas como diria uma grande amiga minha "a sorte somos nós que a procuramos"... Portanto procurem não atropelarem os gatos pretos, porque aí há azar... para o gato!

quarta-feira, outubro 11, 2006

Incoerências!

Cada vez mais me apercebo do quão hipócrita é este mundo e quão incoerentes são as pessoas que o habitam e acima de tudo as bestas que nos governam. Estou farto disto e ao mesmo tempo abominado com alguns factos que realmente me quadram...
Raptam-se 2 soldados é terrorismo, matam-se 800 civis, é retaliação!
11 de Setembro foi um atentado, morreram quase 3000 civis. Até agora já morreram mais de 600 mil pessoas (a maior parte civis) no Iraque em resposta a isso. Não! Desculpem esses civis morreram por causa de armas de destruição maciça que nunca se encontraram e nunca se irão encontrar. A verdade é que nem Hiroxima e Nagasaki juntas causaram tantas mortes!
O Irão ter 2 ou 3 bombas nucleares para se proteger é uma ameaça, os EUA, a Rússia, a França, a China, o Reino Unido terem milhares delas não é razão para preocupações!
Agora a Coreia do Norte fez testes nucleares. A notícia escandalosa do dia! A França e os outros rebentam com os atóis do pacífico todos, colocando o ecossistema global em perigo todos os dias e ninguém fala nisso!
E para não dizerem que sou faccioso, não podemos fazer uns cartoons a "brincar" com o Islão é logo razão para manifestações extremistas. Se pusessemos cornos ao Cristo só os caquéticos do Vaticano se importavam
Mas também há exemplos cá em Portugal...
O fundo de pensões está falido, mas podem-se pagar 3 mil contos por mês a Administradores Públicos e ex-Ministros, essa escumalha toda de cargos importantes.
Estávamos de crise mas sempre deu para fazermos 10 estádios, quando só 4 ou 5 são realmente usados...
O governo diz para lutar contra a desertificação, é logo o primeiro a fechar as urgências e escolas do interior do país.

Enfim, não percebo nada, ou se calhar não quero perceber... Bem, talvez seja melhor mesmo nem querer perceber.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A polícia e as armas

Em pouco mais de uma semana já assistimos a dois casos de perseguição policial que acabaram em tiroteio, se não me engano, os dois na zona do Porto. No primeiro fez-se uma vítima mortal, no segundo um ferido grave, e não estamos na Califórnia!
Pois agora parece que a ordem é "atirar a matar". Acho que não veio de cima, mas os polícias estão mais violentos. Principalmente no primeiro caso em que o jovem conduzia e fugia por não ter documentos, seria caso para multa forte, mas atirar a matar? Tal como diria, e muito bem, o Diácono Remédios "Não havia necessidade". Claro que o polícia está a ser investigado, mas a verdade é que isso não faz a bala voltar para onde veio. No segundo caso, penso que já é mais justificável o disparo, primeiro, porque não foi para matar, e depois porque o jovem estava em flagrante delito ao conduzir um carro roubado, contudo também foi exagerado dado que o jovem estava desarmado.
O que a mim mais me chocou foram as declarações do polícia do primeiro incidente "Queria acertar nos pneus da viatura". Isso era o que devia ter feito, mas eu não me acredito que o homem tivesse tanta falta de pontaria, e se tinha, acho que deviam dar mais instrução aos polícias.
Obviamente não sou contra o armamento da polícia, porque senão não havia segurança, agora se o facto da polícia estar armada implica que os cidadãos comuns tenham insegurança, acho que se têm de rever alguns para não dizer muitos pormenores, nomeadamente, em relação à instrução dos nossos militares. Dizer-lhes que só deviam disparar a matar quando vissem a sua vida em risco, e não, sempre que ficam mais nervosos, e que, a vida, mesmo a do criminoso, tem de ser preservada, até porque todos temos direito à justiça.
Mas pronto, os homens estavam frustrados, aliás, como todo o país, a gente lá arranja um bocado de condescendência e desculpa... Mas para a próxima cuidado! Que a mãe dá tau-tau!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Hoje é feriado!

Hoje é feriado! Iupi! Acho que nenhum português se esquece que o 5 de Outubro, o que eu acho mal é que já não sejam todos os portugueses a saber porque é feriado. É a chamada memória selectiva, só se lembram do que interessa... Claro que, e por isso, é o dia das resportagens de rua a mostrar a ignorância nacional. "O que é que se comemora a 5 de Outubro?" "Acho que é a liberdade...; é a independência...; a democracia! A restauração da república...; aa..aa.. não sei..." (eu adoro estes, nem palpitam!) Mas melhor só mesmo este que há uns anos respondeu para a televisão "Então a 5 de Outubro comemora-se o 25 de Abril" (e até aí é o quê? o advento ou a quaresma de preparação?).
Pois, como já se viu e todos os anos é visto os portugueses têm má memória para os acontecimentos nacionais, a esses que dão estas bárbaras respostas até deviam ser proibidos os feriados! Bem, mas em relação a este feriado acho que também não há grandes razões para comemorar... Se o povo passava fome, estava carente e doente na monarquia, com fome, carente, doente e em guerra ficou na república, houve só realmente uma razão parar celebrar, a descida da taxa de analfabetismo, que mesmo assim foi bem mais significativa no tempo do Sr. Salazar. Para além disso conseguiram-se mais presidentes da república e governos em 15 anos e 8 meses e meio do que nos 96 anos que decorreram até agora (é recorde!). O que até acaba por ter uma explicação simples, depois da queda da monarquia não era preciso ter sangue real para se mandar e pronto havia cães a mais ao mesmo osso, e por isso em 1926 este pequeno mas agitado período da história teve fim para dar origem ao mais austero regime que Portugal alguma vez teve. Culpa dos republicanos? Não... culpa dos portugueses.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Dia do Animal

Hoje, 4 de Outubro é o Dia do Animal. Claro que não me refiro àquele sujeito com um sinal do tamanho da cara e que costuma aparecer em tudo quanto é câmara de televisão. Refiro-me ao animal, ser apenas capaz de obter matéria orgânica a partir de outros seres. Pois é, os homens acharam engraçado criar-lhes um dia e eu acho bem... mas sou contra!
Sou contra aqueles turistazitos das excursões do Porto ou Lisboa que aquando das suas incursões pela Serra da Estrela, acham fofinhos e engraçados os pequenitos cães da serra, mas quando eles crescem e ficam corpulentos e difíceis de alimentar, despojam-nos para o maior lar de cães que existe... a rua!
Sou contra aquelas pessoas que acham que o lugar do papagaio, do piriquito e da arara é numa gaiola.
Sou contra aquelas pessoas que ficam escandalizadas com a morte de Touros na arena, mas que não se importam que se lhes espetem uns quantos ferros (o que interessa é que não o vêem morrer)
Sou contra os circos que escravizam os animais para entreter as pessoas, claro que também sou contra as pessoas que acham graça a isso.
Sou contra a humanidade em geral que se acha uma espécie superior, só por ser capaz de criar coisas e mudar a face do mundo, mas que se esquece que muito antes dela já cá estavam animais que convivem com ela, um ser humano que se esquece que antes de ser racional (se já o for!) teve ancestrais que caminharam errantes tal como os outros animais até evoluirem para aquilo em que nos tornarmos.
Sou enfim, contra os "animais" no pior sentido, que se tornam muitos homens, que por dinheiro e diversão matam milhões de animais em todo o mundo e vão assim degradando a biosfera, a parte da Terra que nos torna um planeta único.

Sou contra esses tipos que se dizem defensores dos animais, mas que à hora de almoço estão a comer um suculento bife... Finalmente arranjei uma boa desculpa para me atirar da ponte!

segunda-feira, outubro 02, 2006

O Homem e a Máquina

Desde sempre o Homem sonha a máquina, utensílio que realizasse o maior número de tarefas com a maior eficiência, contudo só a partir do século XVIII quando James Watt criou a máquina a vapor se começaram a ver frutos. Desde aí veio a revolução industrial que introduziu em massa esse conceito de máquina, depois surgiu a electricidade e a partir daí foi só evoluir até este ponto, a sociedade tecnológica.

Precisamos de máquinas para tudo, para conservar alimentos, para os cozinhar, para lavar a casa, para a nossa higiene, para nos divertirmos, para nos informarmos, para nos deslocarmos, para comunicarmos, máquinas que nos salvam a vida, outras que a prolongam, enfim, máquinas que nos tornam a vida mais fácil e nos deram, no geral, muito mais tempo para gozarmos a vida.

Ninguém duvida que as máquinas nos facilitam a vida, mas será que nos trouxeram vantagens?
Infelizmente nem tudo são rosas, a verdade é que se as máquinas nos dão uma vida mais cómoda, também estamos cada vez mais dependentes das máquinas. Para comer e beber precisamos de frigoríficos e fogões, por exemplo, e é já difícil imaginar-mo-nos sem eles. Milhares de milhões de pessoas dependem das máquinas para trabalhar, nas fábricas, nos escritórios, aliás, é difícil hoje encontrar um emprego em que o uso das máquinas não seja implicita ou explicitamente necessário. Há um problema que acresce à dependência do Homem em relação à máquina, a dependência da máquina em relação à energia e a consequente escassez dessa energia face ao alto consumo da enorme quantidade de máquinas, o qual já se reflectiu, ainda que indirectamente (ou não) em guerras.

Claro que não podemos culpar as máquinas por todos os males que vêem ao mundo, nem por todos, nem por nenhum. Se as máquinas existem é por culpa do Homem, e são benéficas para ele, basta ele querer. Por outras palavras, "a máquina" pode ser capaz de realizar processos que o Homem não consegue, pode ajudar o Homem a progredir mais rápido mas não tem o poder que o Homem tem de controlar as coisas, ou seja, será sempre o Homem a decidir se a máquina terá boa ou má utilidade.
Este é um tema recorrente na ficção científica: E se o Homem criar uma máquina tão boa, e tão inteligente que será capaz de o destruir? Tal só acontecerá, se e apenas se, o Homem quiser. Ainda é impossível incutir sentimentos numa máquina, ainda se estão a dar os primeiros passos na área da Inteligência Artificial, mas mesmo quando daqui a 200 ou 300 anos as máquinas sentirem e tiverem inteligência praticamente humana, nunca destruirão a civilização humana, apenas se o Homem assim o quiser, apenas se o Homem permitir que na máquina estejam sentimentos como o ódio, a vingança, a ganância, só se à máquina for permitido sequer "pensar" em violência, guerra e destruição... Se o Homem fizer isto será um mau Homem, sem valores, sem escrúpulos e um Homem assim conduzirá a sua espécie à extinção bem antes de criar a tal máquina. Será sempre o Homem, com ou sem máquina, a escolher o seu destino e a responsabilizar-se pelos seus bons e maus actos, nunca devemos culpar as máquinas por nada, porque somos nós seres humanos que as criamos e programamos e a "máquina" apenas seguirá o caminho que o Homem escolher.

Conclusão (e para descomprimir): Não agridam o vosso computador, não pontapeiem o aspirador, não estrangulem a máquina de barbear, não vilipendiem a máquina calculadora pois a culpa afinal... é vossa!

sexta-feira, setembro 29, 2006

Uma simples foto...

Esta foi a imagem vencedora do World Press Photo de 2005, os prémios anuais que poderão ver em Portugal, no Centro Cultural de Belém, a partir de hoje até 22 de Outubro. Uma fotografia simples de um rosto de uma mãe com a pequenina e enfezada mão da filha fechando-lhe a boca, mas é também, e mais do que isso um rosto do sofrimento, da fome, da miséria, da extrema pobreza...
Pois enquanto por cá nos preocupamos com a OPA da Sonae à PT, com as escutas telefónicas, com a nova contratação do Benfica, com o défice, com o desemprego, este é o rosto de quem luta pelo direito mais primo que o ser humano pode ter, o direito à vida, o rosto de quem luta pela sobrevivência e apenas isso a preocupa.
O que é realmente preocupante é que mesmo tendo descoberto a electricidade, inventado o rádio, a televisão, o computador, o telemóvel. Tendo nós criado os supermercados e depois os hipermercados para que suprissemos mais eficientemente as nossas necessidades, muita gente ainda vive, ou sobrevive, igual ou pior do que à 10 mil anos atrás, continuam a depender do bom tempo para as boas colheitas. Neste caso veio uma seca e a catástrofe foi inevitável. Mas alguém quer saber disto? Que interessa que morram mais uns milhões no Niger, no Chade, no Burkina Faso, no Mali? Já morreram tantos... Muitos países hipocritamente enviam dinheiro para ajudas humanitárias, quais esmolas! Não querem tirá-los do fosso subdesenvolvido em que estão metidos, querem apenas mantê-los sossegados, felizinhos com a esmolinha lá no seu cantinho do 3º mundo, impotentes perante as crises do seu país, quanto mais as mundiais... E os seus líderes têm também quota parte nisso, corruptos e gananciosos, subiram rápido demais e divertem-se às guerrilhas nos tempos livres, causando mais miséria, mais fome, ainda mais pobreza. Aonde vai isto parar!?

Uma imagem vale mais que mil palavras...

terça-feira, setembro 26, 2006

Uma tarde nas compras...

Dona Florinda, 49 anos, casada vive numa aldeia no interior do país. Dona Elisa, 47 anos, também casada vive na cidade de Lisboa. Ambas esta tarde vão comprar pão. Dona Florinda, como sempre vai à mercearia da Dona Arminda. Dona Elisa vai a um dos "Shoppings" do senhor Belmiro...
Dona Florinda chega ao estabelecimento da Dona Arminda, cumprimenta-a e vai logo direito ao assunto: - Vinte papos secos.
Dona Elisa ainda está no trânsito no carro conduzido pelo marido, ao fim de 20 minutos no trânsito finalmente fica à porta do Centro Comercial. Ela conhece o sítio, não é estranha à "casa" e vai logo directa à padaria que fica em frente ao fundo. Contudo... "Ah! Que belo casaco! Vou experimentá-lo!" Depois de o experimentar decide ficar com ele, assenta que nem uma luva, "Vou fazer inveja às minhas amigas todas!".
Entretanto na loja da dona Arminda, Dona Florinda já ficou a saber que o filho do primo Acácio é bom de estudos e vai para engenheiro: "Hmm, pode ser que chegue a primeiro ministro", congemina a Dona Florinda. Ambas se riem.
No Shopping, Dona Elisa fica encantada agora com um peluche engraçado que vê. Era giro dá-lo à sobrinha mais nova, pega nele e põe-o no carrinho. Mais à frente. "Oh! Que laranjas tão apetitosas, e estão em promoção". O gesto que se seguiu já é previsível. A padaria já estava próxima, mas "Que lindas flores! Ficavam perfeitas na minha mesa da sala". E pronto, para o carrinho! Finalmente lá tirou um saco de plástico com os 20 papos secos que queria, e porque não um pão-tigre tão fofinho e com tão bom aspecto? Também vai.
Dona Florinda conta agora as aventuras do marido do fim-de-semana anterior, Dona Arminda entoa agora alguma política... A do senso comum.
À saída Dona Elisa não resiste às caixas de bombons e aproveita para levar as revistas cor-de-rosa da semana para se actualizar...
- 172,55€ - robofala a caixa.
- O quê!? Não ouvi bem.
- 172,55€ - robofala a sínica caixa.
- Ok, já percebi. É muito dinheiro!
- A vida está cara - roboresponde a caixa com um sorriso hipócrita.
- Posso pagar com cartão?
- Pode pagar com cheque em dinheiro ou em cartão - roboconstata a caixa.
- Não tem saldo no cartão - robolamenta a caixa
Aquilo que a Dona Elisa viu de seguida foi algo transcendente. Suspensa no céu uma placa mágica dizia "Quer dinheiro já? Cofidis, o crédito por telefone!" E enquanto o Diabo se espreguiça (porque não foi tão pouco tempo como esfregar um olho) Dona Elisa já tinha 200 euros no seu cartão! Assim pode pagar a exorbitante conta do supermercado.
- Obrigado! Bom dia! - robosorriu a caixa.

Para aqueles que não perceberam este texto não se trata de uma mera comparação entre o comércio tradicional e o comércio actual, trata-se também de uma crítica à sociedade de consumo. Uma sociedade que não olha a meios para atingir os seus fins e que se aproveita das fraquezas e até das qualidades do ser humano para levar avante as suas preversas intenções. Basta ver quando a Dona Elisa é levada, pelo amor à sobrinha, a comprar um peluche, ou quando para fazer inveja às vizinhas compra um bom casaco. Por outro lado, na terra da dona Florinda o comércio acaba por ser o pretexto para uma boa conversa para arejar enquanto que no centro comercial as pessoas entram para um sítio bem fechado para só sair com as mãos cheias (e os bolsos vazios!).
Como vemos, a sociedade de consumo é manipuladora e desrespeitadora da opinião ou escolha individual, a pergunta que se faz é qual? e não, preciso ou não preciso? Podemos até dizer, sem mentir que esta sociedade cria necessidades fazendo com que tudo seja preciso... Tudo contribui, o marketing, a cultura de massas, mas acima de tudo são os defeitos, qualidades e sentimentos do Homem que o fazem alinhar na sociedade consumista.
Agora a escolha é nossa, somos homens racionais, pensamos. Vamos alinhar nesta sociedade irracional e manipuladora? Vamos continuar a consumir e deixar que a sociedade nos consuma? Ou vamos lutar contra isto dar um pontapé e mudar o sistema? Talvez seja só preciso um primeiro passo...

sábado, setembro 23, 2006

O Futebolês

O futebol não é para o intelectual que se preze, não! O futebol é para a gentalha, o povo, a plebe, aquelas pessoas que não se dedicam muito ao pensamento e à cultura. O futebol é uma cultura de massas, como tal para ser tão abrangente tem de deixar certas minorias de fora como por exemplo, os intelectuais. Mas será mesmo assim?
Se é verdade que os intelectuais desprezam o futebol, é também verdade que o futebol não dispensa a intelectualidade. E é aí que entra uma nova corrente linguística, o Futebolês. Muitas pessoas sem cultura nenhuma começaram a cultivar-se quando ouviam relatos de rádio ou liam a Bola, o Record ou o Jogo. Não se acreditam? Vamos ver...
Os comentadores de rádio são autênticas pedras de saber. Em vez de dizerem "o Hélder Postiga é bom a marcar penáltis", dizem "o Hélder Postiga é exímio a converter pontapés da marca da grande penalidade", digam lá que não soa mais erudito? Em vez de dizerem "Figo passou a bola do meio campo para o ataque" preferem dizer "Figo endossou a bola da intermediária para a linha avançada". O árbitro não mostra o cartão amarelo, exibe a cartolina amarela. Ou então, em vez de dizerem "O Sporting está com a moral em baixo" soa melhor "Os jogadores do Sporting estão diminuídos em termos anímicos". Esta palavra anímico usa-se muito no futebolês e já não há treinador de bancada ou de sofá, que não a saiba. Estes são só alguns exemplos do quão culto é o vocabulário do Futebolês, mas há mais.
O Futebolês é também rico em termos matemáticos. Desde o ângulo apertado, ao passe transversal, passando pela diagonal, a matemática parece ser mais simples com exemplos do futebol.
Claro que há o reverso da medalha, muitos comentadores, para não dizer todos, ao exagerarem no uso de vocábulos ricos cometem também muitas gaffes e então surge por vezes o árbitro a derrubar o jogador, o passe anímico, o fora de jogo mal exibido, já para não falar na longuíssima lista de gaffes proferida por esse mestre do futebol... o Gabriel Alves, pois claro!
E pronto, se forem, ou se se considerarem intelectuais já sabem, passem a ver, ouvir e ler futebol, senão, continuem a ver à mesma, sempre é mais educativo que os Morangos ou outra qualquer novela!

sexta-feira, setembro 22, 2006

Dia Europeu sem Carros!

Provavelmente nem se aperceberão, mas hoje, 22 de Setembro é o dia Europeu sem carros. Mais uma boa iniciativa da União Europeia no âmbito de promover os centros históricos das cidades e um maior espírito ecológico aos cidadãos.
Uma boa iniciativa, mas também infrutífera. Pois, se neste dia aparecem os presidentes das câmaras nos seus actos populistas de deixar o Audi A4 na garagem e deslocarem-se de metro para o emprego, nos outros 364 as cidades voltam à sua rotina normal, engarrafamentos, buzinadelas, cheiro a gasolina por tudo quanto é sítio, enfim...
A verdade é que o dia sem carros não passa de um dia, porque ao mesmo tempo que se diz às pessoas "viaje nos transportes públicos", "ande de bicicleta", "vá a pé para os sítios mais próximos", aumentam-se os preços dos bilhetes do autocarro e do metro, não se constroem ciclovias e muitas vezes os passeios são eliminados para dar lugar a mais uma faixa de rodagem... para os carros.
Como vemos o dia sem carros é também um dia sem importância, porque, primeiro, as câmaras pouco fazem para que se torne num dia a sério, ao cortarem o trânsito a ruas de pouco movimento e sem importância, deixando as grandes avenidas para os carros e depois porque as pessoas pouco se preocupam com o CO2 que enviam diariamente para a atmosfera, não se preocupam com o futuro delas.
Bem, espero que daqui a uns anos já possamos deslocar-nos em carros ecológicos e deixar assim um mundo melhor para as gerações seguintes.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Fui Etiquetado!

Bem sei que ser etiquetado não é tão grave como ir para um campo de concentração, ou sequer ser atingido por bombas norte-americanas, mas posso dizer que fui atingido... Uma moça, da minha idade, curiosamente que tem de nick peace&love, mandou-me assim uma etiqueta, como quem manda uma seta... Bem, pensamento positivo... Lembrou-se de mim!! Iupi!
Bem, pela lógica das coisas tenho que dizer 6 coisas sobre mim e pronto eu digo. Contrariamente ao que seria esperado... Não sou contra e digo:
"6 coisas sobre mim" - Pronto está dito! (a assistência apupa)
Pelos vistos estavam mesmo à espera que eu dissesse 6 coisas sobre mim, melhor que enunciasse, porque para além de mais caro é também mais correcto nesta situação usar-se enunciar do que dizer. Como vêem este é também um blog com etiqueta. (O público exalta-se, alguns exclamam: Para conversa fiada já chega o Sócrates!)
Parece que querem mesmo que enuncie 6 coisas sobre mim. Assim farei:
"coisas sobre mim", "coisas sobre mim","coisas sobre mim", "coisas sobre mim","coisas sobre mim", "coisas sobre mim!" (A plateia congratula-me com tomates podres e afins)
Está difícil, hã? Ok, ok, eu digo 6 coisas sobre mim, deixo-me de filosofias e logo a seguir etiqueto 6 pessoas...
- Tenho por tendência ser do contra (quem não sabia?)
- Tenho a mania que tenho piada (alguém duvidava?)
- Tenho a mania que sei escrever (enfim, escravinhar...)
- Tenho um blog (ainda querem provas?)
- Adoro criticar e emendar (Sou muito piquinhas nesse aspecto)
E a última coisa...
- Não tenho nada, mas tenho tenho tudo... (os visitantes do blog acabam de mandar um vírus informático para o meu computador, parece que foi má ideia esta de querer ser como a Floribella...)
Ok, ok... Já percebi que o pessoal não está para suspenses hoje por isso vou dizer a última coisa sobre mim:
- Sou terrivelmente tolerante e ao mesmo tempo de ideias muito fixas (algo paradoxal, mas que consegue coexistir dentro do meu pensamento)

E agora os 6 etiquetados são...
- Dinar Al-Khatab e o seu blog Cenas Maradas
- O blog Scapegoat
- O Fábio e o Anti-morangos
- O Ecrã Azul
- Tudo no Nada
- Nuno Pereira e o seu Mundo

Bem, devo dizer que a escolha foi difícil pois muitos possíveis etiquetáveis já tinham sido etiquetados, assim, ainda consigo deixar para outros esta árdua tarefa de etiquetar alguém...

segunda-feira, setembro 18, 2006

Floribesta vs Morangos com Allien, o épico da televisão portuguesa

Há muito que José Eduardo Moniz e Pinto Balsemão se guerreiam na mais longa guerra de audiências que há memória. Praticamente um imitando a estratégia do outro, mas apostando sempre forte nos seus produtos... Tal guerra parece não ter fim e atingiu agora o auge com a mais épica batalha de sempre. Uma batalha que vai muito além das 4 linhas rectas que definem um televisor, que extravasa as ondas electromagnécticas emitidas pelas antenas e retransmitidas pelos satélites. Uma batalha que ficará na memória dos portugueses quase eternamente e que irá durar até que os limites da paciência se esgotem... Tal parece ainda estar longe, mas vamos ver como tudo começou...

Há sensivelmente 3 anos, a TVIndecente lançou um projecto novo, mais uma produção nacional, como já vinha sido hábito para as paragens do Cacém. Um projecto que por ser novo não era de todo inovador. Como todos sabemos, Morangos com Açúcar foi a aposta para fazer frente a New Wave e em termos gerais, o formato era o mesmo. Era, mas a pouco e pouco, série após série, a produção da TVI foi moldando o formato da novela para termos mais portugueses, e hoje, na era pós-DZR'T, Morangos com Açúcar não passa de um desfile de miúdas giras e tipos jeitosos, com falas rudimentares, etc, etc, etc.
Contudo apesar de estes defeitos todos, os malfadados morangos tornaram-se de longe no programa mais visto entre as 18h e as 20h e depois das notícias.

Balsemão não podia estar parado muito mais tempo, porque em televisão, parar é morrer e então contra-atacou, com um formato importado, mas adaptado à sua/nossa realidade. Precisava de igualar os Morangos e então usou as mesmas armas que Moniz, mas de uma forma ainda mais eficiente. Podemos dizer que foi direito ao assunto. Até aos morangos se intalarem de pedra e cal em Portugal foi preciso mais de um ano. À Floribella bastou 1 mês. Os DZR't lançaram-se na vida "artística" real passados quase dois anos de MCA. O CD da Floribella tem 9 platinas ao fim de menos de meio ano. Pinto de Balsemão acabou por ser mais esperto que José Eduardo Moniz e apercebeu-se melhor que nunca que a Floribella iria ser mais que uma produção nacional de televisão... Floribella agora é mais que isso, é uma máquina de fazer dinheiro à custa dos sonhos das crianças... A SIC apostou tudo em Floribella... e ganhou! Não são só as audiências que o dizem, as vendas de merchandising chegam para se chegar a esta conclusão... Já não via tanto fanatismo infantil desde o tempo do DragonBall.

Mas o que fez que a Floribella ganhasse aos MCA? O tempo de emissão, que é como quem diz, bombardeamento televisivo é praticamente o mesmo, os horários concorrentes... Não me venham dizer que é da qualidade dos actores ou dos diálogos, porque apesar de diferentes, são numa análise geral, iguais. Aquilo que se passa é que os Morangos com Açúcar começaram a esgotar, nos argumentos, nas personagens, nos actores, em tudo e no momento certo a estação de Carnaxide atacou, com um formato diferente, mas para o mesmo público e abrangendo acima de tudo um novo público ainda mais jovem do que o que assistia aos MCA e também, por ser uma novela mais convencional, público de classes etárias mais elevadas. Por outro lado há que ver a vertente musical... Ao mesmo tempo que se lança na ficção, Floribella ataca simultaneamente a nível musical, e não interessa a qualidade da música, que é pouca ou nenhuma, até porque Pinto Balsemão tira outro coelho da cartola, Showtógrafos. Pois se a música não vale, valham os autógrafos... Nem os DZR't ousaram descer tão baixo... Cobrar para dar autógrafos! Mas quem pensam que ganha com este negócio todo? A Flor? A produção? Também, mas acima de tudo o sr. Impresa, que vidrou os putos na Floribella durante as férias e agora colhe os frutos no regresso às aulas, numa táctica massiva do capitalismo mais selvagem... Criar o vício para o vender, apostando no ponto fraco dos adultos, a irresistibilidade às crianças, para esvaziar os já vazios bolsos dos portugueses...

A grande diferença entre Moniz e Balsemão é simples... Moniz agrada ao povo, mas Balsemão sabe como o controlar. Um arriscou, o outro esperou, viu no que deu e atacou qual raposa manhosa, qual abutre... E agora? Conseguirá Pinto Balsemão aguentar o gigantesco Universo das Maravilhas da Floribella? Conseguirá Eduardo Moniz encontrar o calcanhar de Aquiles deste gigantesco cavalo de Tróia? Que truques terá a TVI, para a 4ª Série dos Morangos? Vencerá o Alien apoiado pelos venenosos morangos ou Floribesta com o seu brutal ataque de garras capitalistas? Não percam o próximo episódio porque nós... Provavelmente, temos algo mais interessante para fazer!