segunda-feira, maio 28, 2007

Os Grandes Homens

Ao olhar para esta pintura de José Pedro Abrunheiro, ninguém pode ficar indiferente. Pela sua beleza, pela qualidade do traço, pela escolha das cores, mas essencialmente pela sua mensagem. Qualquer pessoa menos desprevenida que veja o quadro pela primeira vez pergunta: "Mas que raio têm o Che Guevara, Gandhi e Cristo a ver uns com os outros?"
Defendem correntes aparentemente (saliento esta palavra) distintas, diria até opostas; o que faz um pacifista, um profeta e fundador de uma religião e um revolucionário marxista sobre a mesma tela, no mesmo céu?
E se juntarmos a estes, muitos outros como Martin Luther King, J.F. Kennedy, Abraham Lincoln ou no caso português, Humberto Delgado? Pensem bem... É um facto que foram todos grandes homens, mas há ainda algo mais forte que os une... Foram todos assassinados!E agora, voltemos a exercitar os nossos neurónios: Porque foram todos, sem excepção, assassinados, erradicados prematuramente da face do planeta?
Porque eliminamos os ratos, os insectos, os parasitas, os vírus e as substâncias tóxicas? Porque são incómodos... Aí está, todos estes homens eram incómodos. E porque eram incómodos? Seria porque deitavam lixo para o chão? Porque se flatulavam em público? Porque contavam anedotas secas e achavam que tinham graça? Não me parece...

A resposta é simples: Eram loucos! Senão vejamos... Se aparecesse agora aqui um tipo barbudo a dizer que era filho de Deus e que o reino de Deus é dos pobres e esse reino está acima de qualquer outro reino, o que lhe chamavam? "É chanfrado"..."Não bate bem" E se passeasse pelas ruas do nosso país um homem vestindo apenas um lençol e exigindo a independência por exemplo do norte do país? “Atestado psiquiátrico com ele” E quem? Quem era capaz de dar a cara por uma revolução mesmo sabendo que iria ser alvo de prisão, tortura e morte, caso falhasse? Só um louco… Não podia Che Guevara ter levado uma vida tranquila como médico na cidade de Buenos Aires? Claro, mas na sua viagem pela América do Sul descobriu que o mundo não era o mar de rosas que julgava e sentiu dentro de si essa vontade de mudar, essa loucura de não ser uma pessoa normal e lutar, mesmo fora do país, por um ideal de justiça, de mais igualdade, de solidariedade.
E são loucos estes homens, porque sonharam, porque acreditaram que um dia podiam mudar o mundo injusto em que nasceram, porque conseguiram ver quando os outros ainda nem olhos tinham! Mas mesmo quando os outros não lhes deram crédito, eles lutaram, pois sabiam que estavam certos e, através da verdade e da honestidade de pensamento chamaram a si multidões. Num tempo em que um negro não podia andar no mesmo autocarro que um branco, Luther King proclamou o seu sonho a centenas de milhares de pessoas.

E o que ganharam estes homens loucos, sonhadores por terem estado um passo à frente? Por terem lutado contra os mais fortes por ideais de justiça, honestidade, paz e igualdade? Uma viagem à Madeira!? Uma mansão na Florida!? Um sultanato na Arábia Saudita!? Um rancho no Texas!? Não!? Nem um carrito comercial!? Nem um plasma!? Nem um microondas!? Nem sequer um passe anual da Carris!? Não! O prémio por uma vida de sacrifícios, honestidade e luta pelo bem do próximo foi morte!

E neste momento todos dizem: “Porra! Que o mundo é mesmo injusto!” Será mesmo assim? Há quase 2 mil milhões de cristãos no mundo. Porque Cristo viveu como viveu? Também, mas também pela forma como morreu ou não fosse o símbolo do cristianismo a cruz em que Ele foi crucificado. E Che Guevara? Terá morrido em vão? Absolutamente não! Ou não fosse, hoje em dia, a América Latina o grande foco do marxismo a nível mundial. Luther King… Se não fosse ele, o Michael Jordan era trolha e o 50 cent nem podia sequer sonhar com aqueles carros de luxo. E Lincoln… Se não fosse este, andava o Jordan a trabalhar com o Morgan Freeman e o 50 cent nas plantações de algodão, de sol a sol e a troco de um pedaço de pão seco. Humberto Delgado também não morreu em vão. A sua morte foi, aliás, decisiva, para o povo abrir finalmente os olhos para a verdadeira dimensão da repressão efectuada pelo Estado Novo.

O mundo não é injusto, os homens são injustos... No momento eles morrem. Morrem os seus corpos, brutalmente trespassados por balas dos que vêem o seu poder ameaçado, por espinhos dos que os invejam, pelo fogo que eles espalharam ao aquecer o coração de tanta gente com uma mensagem de esperança de verdade... Morrem os corpos, mas o espírito prevalece e prevalecerá para sempre vivo no imaginário das pessoas. Dirão:"Que homem bom", "Um homem como já não se vê, honrado, honesto, justo"...
Já outros, aqueles que durante toda a sua vida, se preocuparam com a promoção, com a subida das acções, com o enriquecimento e a fama, mais tarde ou mais cedo, vão sendo esquecidos, e se forem lembrados será pelo mal e não pelo bem. E esses podem viver mais anos mas morrerão pobres de espírito e viverão mal da consciência, por aqueles que não quiseram salvar, por aqueles que mandaram matar, por aqueles que viram chorar e viraram a cara.
É por isso que eu quero ser um grande homem! Não um daqueles que aparece na capa da TIMES, não para ter camisolas com o meu busto estampado, não para aparecer crucificado em tudo quanto é sítio... Apenas, porque quero dormir com a minha consciência tranquila e sentir que fiz algo para mudar o mundo. Porque prefiro morrer como Che do que viver como Bush!

sábado, maio 26, 2007

Mudança de Visual

Há coisas que são tão normais, tão rotineiras que já nem reparamos nelas. É o quadro que já lá está desde há 10 anos e só reparamos nele quando vai alguém lá a casa, é a secretária que só reparamos o quanto útil e bela é quando a vamos substituir por uma nova, são os livros velhos, amarelos indiferentes e indiferenciados na estante, os quais sabemos que estão lá e nunca olhamos para eles. Era também o caso do título do blog, não a palavra mas sim aquele rectângulo que se encontra no topo desta página de Internet, vulgo blog.
Assim, hoje, decidi mudar, pôr algo diferente, uma imagem, um logotipo, uma marca... Depois foi só dar azo à imaginação e à criatividade, sacar uns cinquenta e tais tipos de letra (para só usar 2 ou 3), ir para o Paint e para o Word.
Como é óbvio eu não meti para lá os símbolos e desenhos à toa, e todos têm o seu significado. Vou começar pelo mais simples, os hieróglifos. Estes são a representação fonética, mais fidedigna possível do título do blog, claro está! A águia representa o império. Mas, não é este blog contra o Império? Claro! Mas o que está no centro da águia? O símbolo de radioactividade! Um mundo quase a explodir assolado por guerras, fome, doenças, cataclismos e que o Homem está a destruir a cada segundo que passa.
Por último, a estrela, símbolo da esperança e da resistência e da vontade de mudar o estado de coisas... Vermelha, claro! Pois muito sangue vai ter de ser derramado, muito sacrifício vai ser feito em prol de um mundo melhor!

quinta-feira, maio 24, 2007

Os programas da tarde

Hoje à tarde assisti por alguns minutos aos programas da tarde, os chamados talk-shows, neste caso, sensivelmente 2 minutos de Portugal no Coração e 4 minutos d'As tardes da Júlia. E vocês perguntam: Como é que um gajo como eu vai ver essas porcarias? Apanhem uma tarde livre, sem nada da escola para fazer, chuvosa, e estejam com uma daquelas molezas extremas de quem do nada que faz já é imenso. Sim! Estado deprimente, completamente deprimente. Veja-se, era tal a preguiça que em vez do habitual zapping frenético, fiquei embasbacado a olhar para o ecrã.
Bem, mas vamos ao que interessa, ou seja, às observações e consequentes ilações desta experiência pelo mundo deprimente dos talk-shows portugueses.
Antes demais, devo revelar que os talk-shows são muito mais eficazes que os classificados para se ficar com números de pessoal, particularmente ex-militares. Em cada 5 mensagens, daquelas que aparecem em rodapé, pelo menos 2 (sem exagero!) são de convocatórias para jantares, encontros e convívios de ex-militares deste ou daquele regimento, daqueles que combateram aqui ou ali. E porque é que são melhores que os classificados? Porque para cada encontro é deixado um ou mais contactos, geralmente números de telemóvel... Eu já disse, quando tiver chamadas à pala nem faço é mais nada, chateio essa malta... (estou no gozo... hum, mas se calhar ia ser divertido! Quem gasta dinheiro em SMS's para a TV e não tem mais nada que fazer do que ver esses programas até se devia sentir feliz com um telefonema daqueles mesmo aborrecidos mas que dão para passar o tempo). O resto das mensagens são o típico "Beijinhos para a Cátia Sofia do Reinaldo", ou "Beijocas e abracinhos para a malta toda lá em casa, Ass. Daniel das Couves" ou ainda "És a melhor miúda que eu já conheci, Beatriz Marelene! Beijo fofo do Micael da Amadora" Pá! Que gostas da miúda não duvido, mas ela é capaz de preferir que lho digas ao ouvido e não o espetes num programa rasca de televisão!
Isto foi só o que captei nos dois minutos de Portugal no Coração, mas quando mudei para "As Tardes da Júlia" é que foi o êxtase, o Santo Graal dos Talk-Shows... A cena: 5 mulheres de meia-idade a falarem com um tom muito "cabeleiresco" acerca de uma situação insólita de uma delas... Teve siameses!? Foi raptada por um ET!? Sonhou com a Maddie na noite do desaparecimento!? Viu José Sócrates dizer a verdade!? Sonhou que o Benfica era o melhor clube do mundo!? Não! Ainda mais insólito... Deu à luz numa Área de Serviço! Na posição vertical, ainda por cima, que tinha sido a obstetra que lhe tinha recomendado... Mas melhor! Estava lá o marido para amparar o bebé! Deve ter sido uma cena muito fofa... E acreditem a conversa foi tão comovente que a Júlia Pinheiro conseguiu esboçar um suspiro falso muito bem disfarçado... e eu... só não chorei mesmo ali porque não estava a descascar cebola! Entretanto desliguei a televisão porque me lembrei que tinha a bela da Enciclopédia Geográfica em casa! Entretanto, estou a pensar adquirir um dicionário onomástico para passar o tempo de uma forma ainda mais (f)útil!

sexta-feira, maio 18, 2007

8,4%

Ainda no início desta semana aparecia o Sr. Primeiro Ministro, e mais uns não-sei-quantos lambe botas, anunciavam, todos pimpões e sorridentes para as câmaras da televisão que a economia portuguesa estava a crescer e que o nosso PIB tinha aumentado. Portugal estava em franca recuperação económica! Graças, claro, ao esforço do nosso governo...
Pois, ontem, a notícia era outra: Taxa de desemprego de 8,4%, a maior dos últimos 10 anos! Mais de 470 mil pessoas na rua. Duro golpe na propaganda do governo. Com programas como o Netemprego, a empresa na hora, o mais recente "Novas Oportunidades", foi nos dada a ilusão que estava a ser criado emprego, que, de facto, havia novas oportunidades para os portugueses, mesmo os com menos qualificações.
Não podíamos estar mais enganados! E as estatísticas provam-no. Pois, se uma oportunidade de emprego é criada para um desempregado, são dadas 20 oportunidades de despedimento fácil aos patrões. Quando um jovem consegue o seu primeiro emprego, 20 são "dispensados" dos seus contratos a prazo. Quando é criada numa hora uma empresa com 6 empregados, fecha uma multinacional com 300!
O Portugal do crescimento económico e da prosperidade está onde sempre esteve, do lado dos Belmiros, dos Granadeiros e dos Amorins! Esses sim, analisam défices, PIB's, taxas de crescimento económico, taxas de juro, acções à centésima, mas multiplicam por milhões. De que serve o défice estar abaixo dos 3% (que ainda não está!) se para isso foi preciso cortar salários, despedir trabalhadores qualificados, cortar a torneira a tantas e tantas famílias?
O crescimento económico é isto!? Meia dúzia de papões que aniquilam toda a formiguinhha rastejante que trabalha de sol a sol para conseguir ter pão para os filhos ao fim do dia?
Mas grande parte da culpa, nem é de Sócrates, de Santana Lopes ou sequer, de Durão Barroso! A culpa é dos governos bem anteriores, que souberam criar condições atractivas para as multinacionais, mas depois não souberam continuar a dar-lhes esses atractivos. Agora, a nossa economia, os nossos empregados, que estavam dependentes do capital estrangeiro, vêem-se traídos pelas economias mais competitivas dos países de leste recém-entrados na União Europeia. Mas a culpa não é do Yuri, do Petrescu, do Dmitri. A culpa é nossa que não soubémos sair da condição de país carente, receptor, pedinte, pobre, periférico. Não soubémos, como o fez a Espanha, ou está a fazer a Grécia e a Irlanda, sair da nossa conchinha e enquanto não tivermos iniciativa, vontade de mudar, inteligência económica, nunca sairemos do fosso em que nos enterrámos.
Mas isto!? Bah! Discurso da tanga, pessimismo português! Que interessam estas análises ou teoriazecas socio-económicas para o pai que não tem comida para pôr na mesa? Para o jovem que andou durante anos a marrar para tirar um curso e agora anda a fazer recados para o pai? Para a mãe que tem 3 filhos para criar e pouco mais lhes pode dar que amor e carinho? Até posso ir mais longe... Que interessa se são 8,4% ou 5,0%!?
O que interessa é que há muita gente a viver mal, com grandes dificuldades económicas e ninguém lhes dá a oportunidade de ter uma vida melhor. Bem pelo contrário, o capitalismo cria um ciclo vicioso tal que estas pessoas contraem empréstimos para se conseguirem aguentar mais uns dias... umas semanas... uns meses... anos, e assim vão ficando mais pobres. Se moedas não tinham, sem bolsos ficaram. Até a própria alma têm de vender às vezes!
Podem-se criar mil programas "Novas Oportunidades", pode abrir mais um milhão de empresas, mas enquanto não for dada a oportunidade à justiça social, enquanto não houver igualdade de oportunidades, não poderemos viver num país justo... E que interessa ter um crescimento económico superior ao do Universo junto, que interessa ter o défice abaixo dos 2%, quando nem a justiça se respeita!?

quinta-feira, maio 17, 2007

Um país de tipos do contra

Antes de mais, queria pedir desculpa aos assíduos visitantes deste blog, pela demora na publicação de um post. A verdade é que tenho estado bastante ocupado, na generalidade, por bons motivos (ao menos isso) e que a inspiração, a disponibilidade e o tempo têm sido escassos. Também, nestes quase 9 dias sem postar reparei numa coisa... Pelos vistos, nem só eu neste país tenho a mania de ser do contra.
Posso até deparar-me surpreso com tanta gente que neste país é contra algo. São os miuditos que se acotovelam para se meterem na fila da cantina ou do bar (contra as normas e leis instituidas), são os putos que começam a fumar só porque acham "cool" contrariar os pais e os profs, são os gajos que metem para a veia para se mostrarem contra uma sociedade que... é contra eles! E os que são contra os árbitros!? Quase todos! E para dizer mal do governo!? Português que se preze gosta sempre de mandar uns palpites para o ar a dizer que o governo é uma vergonha e que era melhor no tempo do Salazar ou que era preciso um 25 de Abril outra vez...
Mas isso... É da garganta para fora! Porque quando é para reclamar a sério, para fazer uma manifestação, uma greve... O conforto do lar, o dinheirinho ao fim do mês falam mais alto! Vejamos o caso dos miúdos. Para se meterem na fila arranjam uma zaragata de todo o tamanho, mas para reclamarem por melhor comida não se sabem organizar e reclamar ao Conselho Executivo.
Por estas e por muitas outras, o governo faz o que quer connosco: sobe impostos, fecha SAP's, maternidades, hospitais, escolas, continua a gastar mundos e fundos com adjuntos, assessores, adjuntos dos adjuntos e adjuntos dos assessores e essa canalhada toda que anda para aí. E nós? Falamos... Dizemos que está mal, que o governo é uma vergonha, mas chega a hora de apresentar soluções e as vozes ficam mudas! E as eleições!? Não sabe o povo mostrar o seu descontentamento nas eleições!? Ah! Ah! Ah! Deixem-me rir! O povo abstém-se! Fica indiferente! Por isso a nossa democracia não funciona, porque o povo não quer que funcione! Eles fazem o que querem e nós falamos mas ficamos a olhar como um boi a olhar para um palácio...

"Os cães ladram e a caravana passa..."

terça-feira, maio 08, 2007

Ele há dias...

Fogo! Ele há dias em que um gajo se levanta de manhã, chega à tarde e só apetece ir para a cama à noite!
Ele há dias em que um tipo se levanta de manhã com os pés gelados e não há maneira de os aquecer...
Em que um gajo dá voltas e voltas à cabeça e não sai do sítio!
Em que um tipo faz tudo para passar o tempo... e o ponteiro do relógio faz tudo para não andar!
Em que se pensa muito no que não se queria pensar e se pensa pouco no que se devia pensar...
Em que um tipo anda com a cabeça na lua e não há maneira de a mandar de volta à Terra...
Em que se liga a TV e só se vê uma única cena...
Grrr! E ligo... Sim... Calmamente, ligo o computador... Bah! Bloqueio! Grrr! Bloqueio total! M**** para isto tudo... Mas... calmamente (muito calmamente!)... Reinicio... Uff! Levanto-me e estico as pernas... Volto... e BLOQUEIA-ME OUTRA VEZ! AH!!! GRRR!!! BURN! BURN! KILL! KILL!
Finalmente consigo... E acabo este post... Enfim, mais uma aventura atribulada com um final feliz...

quinta-feira, maio 03, 2007

Portugal - Exemplo de Democracia

Portugal é um grande exemplo de democracia... Então este mês de Maio, que nem há 3 dias decorre, tem sido profícuo em exemplos enaltecíveis de democracia.
Ainda no 1º de Maio Paulo Portas proferiu nem mais nem menos que estas palavras "O trabalho liberta", frase que por coincidência (ou talvez não) está à porta... De uma fábrica? De uma repartição pública? De uma obra? Não! Do campo de concentração de Auchwitz!
Depois queixem-se que no dia a seguir venha outro monstro político, o Alberto João da Madeira, dizer que no cont'nente existe uma conspiração Nacional-socialista (!?) contra o governo regional da Madeira... Alguém lhe dá crédito, ainda? Bem, se dão ao Paulo Portas...
O último exemplo é um caso inédito em Portugal... Um autarca criminoso! O quê? Em Portugal!? Nããã! Não podem estar a falar do mesmo Portugal que eu! Enfim, o nosso Carmona já se estava a sentir mal... A Fátima de Felgueiras, o Valentim, o Ferreira Torres, tanto e tanto autarca por esse Portugal fora, corrupto; todos os vereadores dele, arguidos... Estava-se a sentir discriminado, enfim, há sempre espaço para mais um no caso Bragaparques!

Enfim, mais provas (como se já houvesse poucas!) de que a realidade democrática em Portugal vai bem e se recomenda... Depois queixem-se que o PNR ganha votos... No continente até já somos todos Nazis!