Ao olhar para esta pintura de José Pedro Abrunheiro, ninguém pode ficar indiferente. Pela sua beleza, pela qualidade do traço, pela escolha das cores, mas essencialmente pela sua mensagem. Qualquer pessoa menos desprevenida que veja o quadro pela primeira vez pergunta: "Mas que raio têm o Che Guevara, Gandhi e Cristo a ver uns com os outros?"
Defendem correntes aparentemente (saliento esta palavra) distintas, diria até opostas; o que faz um pacifista, um profeta e fundador de uma religião e um revolucionário marxista sobre a mesma tela, no mesmo céu?
E se juntarmos a estes, muitos outros como Martin Luther King, J.F. Kennedy, Abraham Lincoln ou no caso português, Humberto Delgado? Pensem bem... É um facto que foram todos grandes homens, mas há ainda algo mais forte que os une... Foram todos assassinados!E agora, voltemos a exercitar os nossos neurónios: Porque foram todos, sem excepção, assassinados, erradicados prematuramente da face do planeta?
Porque eliminamos os ratos, os insectos, os parasitas, os vírus e as substâncias tóxicas? Porque são incómodos... Aí está, todos estes homens eram incómodos. E porque eram incómodos? Seria porque deitavam lixo para o chão? Porque se flatulavam em público? Porque contavam anedotas secas e achavam que tinham graça? Não me parece...
A resposta é simples: Eram loucos! Senão vejamos... Se aparecesse agora aqui um tipo barbudo a dizer que era filho de Deus e que o reino de Deus é dos pobres e esse reino está acima de qualquer outro reino, o que lhe chamavam? "É chanfrado"..."Não bate bem" E se passeasse pelas ruas do nosso país um homem vestindo apenas um lençol e exigindo a independência por exemplo do norte do país? “Atestado psiquiátrico com ele” E quem? Quem era capaz de dar a cara por uma revolução mesmo sabendo que iria ser alvo de prisão, tortura e morte, caso falhasse? Só um louco… Não podia Che Guevara ter levado uma vida tranquila como médico na cidade de Buenos Aires? Claro, mas na sua viagem pela América do Sul descobriu que o mundo não era o mar de rosas que julgava e sentiu dentro de si essa vontade de mudar, essa loucura de não ser uma pessoa normal e lutar, mesmo fora do país, por um ideal de justiça, de mais igualdade, de solidariedade.
E são loucos estes homens, porque sonharam, porque acreditaram que um dia podiam mudar o mundo injusto em que nasceram, porque conseguiram ver quando os outros ainda nem olhos tinham! Mas mesmo quando os outros não lhes deram crédito, eles lutaram, pois sabiam que estavam certos e, através da verdade e da honestidade de pensamento chamaram a si multidões. Num tempo em que um negro não podia andar no mesmo autocarro que um branco, Luther King proclamou o seu sonho a centenas de milhares de pessoas.
E o que ganharam estes homens loucos, sonhadores por terem estado um passo à frente? Por terem lutado contra os mais fortes por ideais de justiça, honestidade, paz e igualdade? Uma viagem à Madeira!? Uma mansão na Florida!? Um sultanato na Arábia Saudita!? Um rancho no Texas!? Não!? Nem um carrito comercial!? Nem um plasma!? Nem um microondas!? Nem sequer um passe anual da Carris!? Não! O prémio por uma vida de sacrifícios, honestidade e luta pelo bem do próximo foi morte!
E neste momento todos dizem: “Porra! Que o mundo é mesmo injusto!” Será mesmo assim? Há quase 2 mil milhões de cristãos no mundo. Porque Cristo viveu como viveu? Também, mas também pela forma como morreu ou não fosse o símbolo do cristianismo a cruz em que Ele foi crucificado. E Che Guevara? Terá morrido em vão? Absolutamente não! Ou não fosse, hoje em dia, a América Latina o grande foco do marxismo a nível mundial. Luther King… Se não fosse ele, o Michael Jordan era trolha e o 50 cent nem podia sequer sonhar com aqueles carros de luxo. E Lincoln… Se não fosse este, andava o Jordan a trabalhar com o Morgan Freeman e o 50 cent nas plantações de algodão, de sol a sol e a troco de um pedaço de pão seco. Humberto Delgado também não morreu em vão. A sua morte foi, aliás, decisiva, para o povo abrir finalmente os olhos para a verdadeira dimensão da repressão efectuada pelo Estado Novo.
O mundo não é injusto, os homens são injustos... No momento eles morrem. Morrem os seus corpos, brutalmente trespassados por balas dos que vêem o seu poder ameaçado, por espinhos dos que os invejam, pelo fogo que eles espalharam ao aquecer o coração de tanta gente com uma mensagem de esperança de verdade... Morrem os corpos, mas o espírito prevalece e prevalecerá para sempre vivo no imaginário das pessoas. Dirão:"Que homem bom", "Um homem como já não se vê, honrado, honesto, justo"...
Já outros, aqueles que durante toda a sua vida, se preocuparam com a promoção, com a subida das acções, com o enriquecimento e a fama, mais tarde ou mais cedo, vão sendo esquecidos, e se forem lembrados será pelo mal e não pelo bem. E esses podem viver mais anos mas morrerão pobres de espírito e viverão mal da consciência, por aqueles que não quiseram salvar, por aqueles que mandaram matar, por aqueles que viram chorar e viraram a cara.
É por isso que eu quero ser um grande homem! Não um daqueles que aparece na capa da TIMES, não para ter camisolas com o meu busto estampado, não para aparecer crucificado em tudo quanto é sítio... Apenas, porque quero dormir com a minha consciência tranquila e sentir que fiz algo para mudar o mundo. Porque prefiro morrer como Che do que viver como Bush!
E se juntarmos a estes, muitos outros como Martin Luther King, J.F. Kennedy, Abraham Lincoln ou no caso português, Humberto Delgado? Pensem bem... É um facto que foram todos grandes homens, mas há ainda algo mais forte que os une... Foram todos assassinados!E agora, voltemos a exercitar os nossos neurónios: Porque foram todos, sem excepção, assassinados, erradicados prematuramente da face do planeta?
Porque eliminamos os ratos, os insectos, os parasitas, os vírus e as substâncias tóxicas? Porque são incómodos... Aí está, todos estes homens eram incómodos. E porque eram incómodos? Seria porque deitavam lixo para o chão? Porque se flatulavam em público? Porque contavam anedotas secas e achavam que tinham graça? Não me parece...
A resposta é simples: Eram loucos! Senão vejamos... Se aparecesse agora aqui um tipo barbudo a dizer que era filho de Deus e que o reino de Deus é dos pobres e esse reino está acima de qualquer outro reino, o que lhe chamavam? "É chanfrado"..."Não bate bem" E se passeasse pelas ruas do nosso país um homem vestindo apenas um lençol e exigindo a independência por exemplo do norte do país? “Atestado psiquiátrico com ele” E quem? Quem era capaz de dar a cara por uma revolução mesmo sabendo que iria ser alvo de prisão, tortura e morte, caso falhasse? Só um louco… Não podia Che Guevara ter levado uma vida tranquila como médico na cidade de Buenos Aires? Claro, mas na sua viagem pela América do Sul descobriu que o mundo não era o mar de rosas que julgava e sentiu dentro de si essa vontade de mudar, essa loucura de não ser uma pessoa normal e lutar, mesmo fora do país, por um ideal de justiça, de mais igualdade, de solidariedade.
E são loucos estes homens, porque sonharam, porque acreditaram que um dia podiam mudar o mundo injusto em que nasceram, porque conseguiram ver quando os outros ainda nem olhos tinham! Mas mesmo quando os outros não lhes deram crédito, eles lutaram, pois sabiam que estavam certos e, através da verdade e da honestidade de pensamento chamaram a si multidões. Num tempo em que um negro não podia andar no mesmo autocarro que um branco, Luther King proclamou o seu sonho a centenas de milhares de pessoas.
E o que ganharam estes homens loucos, sonhadores por terem estado um passo à frente? Por terem lutado contra os mais fortes por ideais de justiça, honestidade, paz e igualdade? Uma viagem à Madeira!? Uma mansão na Florida!? Um sultanato na Arábia Saudita!? Um rancho no Texas!? Não!? Nem um carrito comercial!? Nem um plasma!? Nem um microondas!? Nem sequer um passe anual da Carris!? Não! O prémio por uma vida de sacrifícios, honestidade e luta pelo bem do próximo foi morte!
E neste momento todos dizem: “Porra! Que o mundo é mesmo injusto!” Será mesmo assim? Há quase 2 mil milhões de cristãos no mundo. Porque Cristo viveu como viveu? Também, mas também pela forma como morreu ou não fosse o símbolo do cristianismo a cruz em que Ele foi crucificado. E Che Guevara? Terá morrido em vão? Absolutamente não! Ou não fosse, hoje em dia, a América Latina o grande foco do marxismo a nível mundial. Luther King… Se não fosse ele, o Michael Jordan era trolha e o 50 cent nem podia sequer sonhar com aqueles carros de luxo. E Lincoln… Se não fosse este, andava o Jordan a trabalhar com o Morgan Freeman e o 50 cent nas plantações de algodão, de sol a sol e a troco de um pedaço de pão seco. Humberto Delgado também não morreu em vão. A sua morte foi, aliás, decisiva, para o povo abrir finalmente os olhos para a verdadeira dimensão da repressão efectuada pelo Estado Novo.
O mundo não é injusto, os homens são injustos... No momento eles morrem. Morrem os seus corpos, brutalmente trespassados por balas dos que vêem o seu poder ameaçado, por espinhos dos que os invejam, pelo fogo que eles espalharam ao aquecer o coração de tanta gente com uma mensagem de esperança de verdade... Morrem os corpos, mas o espírito prevalece e prevalecerá para sempre vivo no imaginário das pessoas. Dirão:"Que homem bom", "Um homem como já não se vê, honrado, honesto, justo"...
Já outros, aqueles que durante toda a sua vida, se preocuparam com a promoção, com a subida das acções, com o enriquecimento e a fama, mais tarde ou mais cedo, vão sendo esquecidos, e se forem lembrados será pelo mal e não pelo bem. E esses podem viver mais anos mas morrerão pobres de espírito e viverão mal da consciência, por aqueles que não quiseram salvar, por aqueles que mandaram matar, por aqueles que viram chorar e viraram a cara.
É por isso que eu quero ser um grande homem! Não um daqueles que aparece na capa da TIMES, não para ter camisolas com o meu busto estampado, não para aparecer crucificado em tudo quanto é sítio... Apenas, porque quero dormir com a minha consciência tranquila e sentir que fiz algo para mudar o mundo. Porque prefiro morrer como Che do que viver como Bush!