"Aquí no manda Mr. Danger! Venezuela es Independiente!" Foram estas as palavras de Hugo Chavez, na sua 3ª vitória para as eleições presidenciais, dirigidas obviamente para o seu arqui-inimigo G.W. Bush. Ao mesmo tempo, mesmo ao lado, em Quito, Rafael Correa, outro socialista, amigo de Chavez e de Fidel (Claro!) vencia as eleições equatorianas contra o magnata das bananas, Alvaro Noboa.
Isto leva-nos a uma constatação. Sucessivamente, os candidatos socialistas da América Latina têm levado a melhor sobre os pró-americanos. Já não é só Castro e Chavez, é também Evo Morales e agora Correa, todos lutando um pouco contra esta corrente capitalista que se tem vindo a instalar em todo o mundo. Na América Latina, convença-se Bush, ele já pouco manda. Em tempos mandou muito. Tinha em seu controlo (através das suas abençoadas multinacionais) as reservas de petróleo, esse fluido viscoso que faz girar o mundo capitalista. Mas Chavez e Morales não dormem e tiraram o petróleo a Bush como quem tira o biberão a um bebé. Para além disso, aqueles magnatas que outrora eram donos e senhores de todos os negócios (limpos e sujos) vêem agora serem-lhes atadas as mãos e os pés. Refiram-se as políticas fortes de Chavez no combate ao tráfico de droga e de armas.
Agora Bush chora, ou como pessoa crescida que é, afoga as mágoas num Logan de 15 anos. A sua estrategiazinha de dominar o mundo, nomeadamente, o mundo do petróleo, começa a falhar. Logo a seguir ao 11 de Setembro, através do medo, muito bem amplificado pelas televisões, os Estados Unidos conseguiram fazer crer à maior parte das pessoas do mundo que, ou estavam com eles ou eram terroristas (a Venezuela e Cuba faziam parte do eixo do mal, lembram-se?). Agora as pessoas aperceberam-se que a frase de Chavez "Mr. Bush. You're a donkey" está literalmente correcta, que esta ordem mundial está errada e agora respiro ligeiramente melhor ao ver que o mundo já não pende só para um lado (é que qualquer dia a balança ainda tombava!) e já há um pouco de equilíbrio. Não é nada que se compare à guera-fria (e ainda bem) mas é bom saber que há oposição, que eu não estou só!
Pena é que em Portugal "Mr. Danger" ainda mande... E é um governo socialista!(!?)
Isto leva-nos a uma constatação. Sucessivamente, os candidatos socialistas da América Latina têm levado a melhor sobre os pró-americanos. Já não é só Castro e Chavez, é também Evo Morales e agora Correa, todos lutando um pouco contra esta corrente capitalista que se tem vindo a instalar em todo o mundo. Na América Latina, convença-se Bush, ele já pouco manda. Em tempos mandou muito. Tinha em seu controlo (através das suas abençoadas multinacionais) as reservas de petróleo, esse fluido viscoso que faz girar o mundo capitalista. Mas Chavez e Morales não dormem e tiraram o petróleo a Bush como quem tira o biberão a um bebé. Para além disso, aqueles magnatas que outrora eram donos e senhores de todos os negócios (limpos e sujos) vêem agora serem-lhes atadas as mãos e os pés. Refiram-se as políticas fortes de Chavez no combate ao tráfico de droga e de armas.
Agora Bush chora, ou como pessoa crescida que é, afoga as mágoas num Logan de 15 anos. A sua estrategiazinha de dominar o mundo, nomeadamente, o mundo do petróleo, começa a falhar. Logo a seguir ao 11 de Setembro, através do medo, muito bem amplificado pelas televisões, os Estados Unidos conseguiram fazer crer à maior parte das pessoas do mundo que, ou estavam com eles ou eram terroristas (a Venezuela e Cuba faziam parte do eixo do mal, lembram-se?). Agora as pessoas aperceberam-se que a frase de Chavez "Mr. Bush. You're a donkey" está literalmente correcta, que esta ordem mundial está errada e agora respiro ligeiramente melhor ao ver que o mundo já não pende só para um lado (é que qualquer dia a balança ainda tombava!) e já há um pouco de equilíbrio. Não é nada que se compare à guera-fria (e ainda bem) mas é bom saber que há oposição, que eu não estou só!
Pena é que em Portugal "Mr. Danger" ainda mande... E é um governo socialista!(!?)
2 comentários:
A propósito:
Estão na ordem do dia as noticias que nos chegam do Chile, onde um dos mais perversos e sanguinários ditadores da história, Augusto Pinochet de seu nome, está às portas da morte.
Em 1973, este boneco fascizóide, foi o lider de um golpe militar que derrubou Salvador Allende. Salvador Allende era um reputado esquerdista que tinha sido eleito em eleições livres e democráticas. Desde a sua eleição, rios de dólares norte americanos inundaram o Chile através de empresas fachada da CIA, contribuindo para uma corrupção generalizada, tumultos sociais, e em última análise financiaram o golpe militar de 73. Salvador Allende, suicida-se aquando do golpe no interior do Palácio de la Moneda, enquanto este era bombardeado.
Durante 27 anos, o medo, a ditadura, os esquadrões da morte, e uma completa subserviência aos EUA imperava. Nunca foi julgado, ou condenado por nenhum dos seus crimes.
A história tem uma tendência natural para se repetir. Até quando os EUA permitirão que no seu "quintal" existam governos esquerdistas desafiantes à sua hegemonia global? No contexto bipolarizado da guerra fria, existem inúmeros exemplos de como os governos da américa do sul, eram contextualizados de acordo com o interesse estratégico dos EUA. Não era só Pinochet, eram Galtieri, Strossner, Banzér, o governo militar do brazil, a infame operação Condor (curioso ter o mesmo nome da unidade de elite Nazi, que bombardeou Guernica), tudo em nome da politica de "boa vizinhança" imposta por Washington.
P.S.- A este propósito leiam Luis Sepulveda, ou Santiago Gamboa. A ficção de quem viveu estes dias.
Não é possível ser-se `anti-tudo':
Se realmente fossem `anti-tudo' então seriam também anti-`ser anti-tudo'.
Logo ou não são corentes, ou estão a mentir. Em qualquer um dos casos, não são `anti-tudo'
q.e.d. ; )
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