Este fim de mês de Novembro não se tem falado de outra coisa. Como se já não bastassem os Verões em que as televisões nos bombardeiam com o choque, o horror dos incêndios, agora é a família que ficou sem tecto (isto porque se considerava como tecto uma placa de contraplacado), as lojas que ficaram todas encharcadas e todos os seus prejuízos ou as linhas de comboio que literalmente "foram por água abaixo". (Diga-se que se esta expressão fosse levada à letra em Portugal, havia cheias todos os dias).
E agora pergunto, será que Portugal é um país dos trópicos ou que sofra aquelas chuvas de monções que levam tudo por onde passam? Não... Basta vir uma chuvadazita mais forte e ficamos literalmente "submersos". Porquê?
Tudo começa, há uns bons 150 anos na revolução industrial. Com o êxodo rural em massa, as cidades começaram a não ter capacidade para sustentar tantas pessoas. Assim, começou algo que é de tradição exclusivamente portuguesa (claro que não é o futebol!) - a construção desordenada! Ele é casas plantadas em cima de cursos de água, ele é casas em zonas íngremes, de solos pouco seguros, ele é construir, construir, construir e só depois, e também à boa maneira portuguesa remediar, remediar, remediar...
Claro que, de há uns anos para cá, e seguindo os bons exemplos nórdicos, começaram-se a fazer estudos! Ele é estudos de impacto ambiental, ele é PDM, ele é estudos disto e daquilo... Ele é contratar uns não sei quantos engenheiros para fazerem uns tantos estudos iguais e ele é a gente a pagar para isto tudo. E é depois as câmaras a contratarem os amigos engenheiros, que até podem ser umas bestas e terem feito um estudo só para dizer que fizeram, mas que como são amigos, lá merecem mais umas coroas. E ele é depois obras à pressa, a remendar buracos 15 dias antes das autárquicas... E a meter tanta água, como queriam que não houvesse cheias!?
Não há condições... Não há, nem haverá, enquanto não se fizerem verdadeiros estudos, e não se fizer um plano de alto a baixo de restruturação do país. Tão simples como isso, e no entanto, ainda nenhum cabeça dura do governo lá chegou... Assim, lançam-se alertas laranjas, para que as pessoas arrumem o que é necessário em locais seguros, e depois... Ficar a ver a água subindo lentamente, vendo, tranquilamente, este país a ir por água a baixo... E se isto é assim com umas chuvadazitas, como será no Dia Depois de Amanhã?
E agora pergunto, será que Portugal é um país dos trópicos ou que sofra aquelas chuvas de monções que levam tudo por onde passam? Não... Basta vir uma chuvadazita mais forte e ficamos literalmente "submersos". Porquê?
Tudo começa, há uns bons 150 anos na revolução industrial. Com o êxodo rural em massa, as cidades começaram a não ter capacidade para sustentar tantas pessoas. Assim, começou algo que é de tradição exclusivamente portuguesa (claro que não é o futebol!) - a construção desordenada! Ele é casas plantadas em cima de cursos de água, ele é casas em zonas íngremes, de solos pouco seguros, ele é construir, construir, construir e só depois, e também à boa maneira portuguesa remediar, remediar, remediar...
Claro que, de há uns anos para cá, e seguindo os bons exemplos nórdicos, começaram-se a fazer estudos! Ele é estudos de impacto ambiental, ele é PDM, ele é estudos disto e daquilo... Ele é contratar uns não sei quantos engenheiros para fazerem uns tantos estudos iguais e ele é a gente a pagar para isto tudo. E é depois as câmaras a contratarem os amigos engenheiros, que até podem ser umas bestas e terem feito um estudo só para dizer que fizeram, mas que como são amigos, lá merecem mais umas coroas. E ele é depois obras à pressa, a remendar buracos 15 dias antes das autárquicas... E a meter tanta água, como queriam que não houvesse cheias!?
Não há condições... Não há, nem haverá, enquanto não se fizerem verdadeiros estudos, e não se fizer um plano de alto a baixo de restruturação do país. Tão simples como isso, e no entanto, ainda nenhum cabeça dura do governo lá chegou... Assim, lançam-se alertas laranjas, para que as pessoas arrumem o que é necessário em locais seguros, e depois... Ficar a ver a água subindo lentamente, vendo, tranquilamente, este país a ir por água a baixo... E se isto é assim com umas chuvadazitas, como será no Dia Depois de Amanhã?
6 comentários:
bem,se há seca,queixamos-nos da seca,se chove,queixamos-nos das cheias..
pois...é um país de extremos...ou ta tudo alagado ou ta tudo ardido...
Caro amigo!!!!
em primas de tudo... brindemos!
Já há uma temporada que não vinha á tua mansão....
Venha de lá essa bejeca....
Bom....
Vim agora mesmo do espaço da mac...e já lá comentei exatamente algo parecido ao que te vou dizer...
O problema ( ao contrario do que diz a peace&love) é o Cityplan!!!!O planear as cidades em conformidade!
Conforme tu afloras no post!
Houve um boom demografico imenso e a velha trupe do betão a meter-se ao barulho....
e planeamento de infraestruturas?? népias! Na maior parte dos casos é tudo feito para inspector ver!!!
e mais grave, não se processam as águas da chuvas! (se nem sequer se recolhem...)
Enfim....
Um imenso abraço para ti!
Teu amigo
Paulo
Só para dar 1 pequeno grande exemplo, uma das estações do Metro do Porto esteve fechada por causa das chuvas. Uma obra que tem pouquinhos anos. Já estou a ver que com arquitectos deste tipo, antes de andar na linha do Terreiro do Paço em Lisboa, vou ter de fazer 1 seguro de vida, não vá o tecto desabar em cima da minha cabeça.
boa pergunta...como sera no dia depois de amanha!!???
seria bom que refletissemos sobre esta questão, porque se tudo continuar assim sera uma realidade futura e olhem que nao esta assim tao distante...digo eu e os ambientalistas!enfim...
e atenção que o meu "enfim" nao foi um enfim conformista para de reflexão!
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