sábado, janeiro 27, 2007

Sim ou não!? Eis a questão...

A questão não é nova e há muito que tem feito parte do dossier político em Portugal. O aborto já havia sido referendado em 1998, tendo-se verificado uma vitória do Não, numas eleições marcadas por uma abstenção muito elevada. Nove anos depois a questão é colocada novamente aos portugueses: "Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?".

A primeira pergunta que eu faço, e ainda antes de entrar no tema em si, é: se o PS é a favor e tem maioria no parlamento, para quê recorrer ao referendo quando podia muito bem aprovar a lei na assembleia da república? Será por o governo achar que o povo é digno de decidir uma questão tão importante? Não. Ao que todas as sondagens apontam, o SIM vai ganhar. Ora sendo o PS partidário do SIM, uma vitória do SIM seria muito bem explorada pelo mecanismo de propaganda de Sócrates para a transformar numa vitória do PS.

Mas avançando directamente ao tema em si eu diria, e como disseram os Gato Fedorento com muita razão: "Epá, talvez, vamos lá ver, a questão não é assim tão simples". Se perguntarmos: Concorda com o aborto? Eu respondo NÃO, porque estamos a concordar com o assassinato de embriões e fetos humanos, cujo único erro foi não terem sido desejados. Outro forte argumento do NÃO é que já estão previstas na lei as situações de violação, ou malformação do feto.

O problema é que apesar de ser ilegal, o aborto existe! E existem duas vertentes: Ou se é de uma família rica e se vai fazer um aborto a uma clínica espanhola com todas as condições, ou se é de uma família pobre e se vai a uma dessas clínicas clandestinas ou às tradicionais parteiras. Nomeadamente, estas últimas situações colocam em grave risco as mulheres e são fonte de rendimentos exorbitantes para quem faz os abortos (a maior parte destas pessoas vive unicamente à custa disso), ainda mais exorbitantes porque são clandestinas. Para além disso acho injusto que as mulheres que abortam paguem por isso na barra dos tribunais, e eu sei que só aconteceu uma ou duas vezes, mas a verdade é que é o que vem na lei.

Por isso voto SIM! Porque mesmo sendo ilegal, o aborto existe e porque sendo legal, as mulheres não sofreriam tanto como sofrem... Já basta o sofrimento de se sentirem obrigadas a abortar, seja por falta de condições ou por rejeição social! Querem maior pena que essa?

Mesmo assim ficam-me algumas, para não dizer muitas dúvidas em relação a este assunto. O aborto vai ser comparticipado inteiramente pelo estado? Se for, não concordo, porque o país está em défice de crescimento e é incoerente comparticiparmos o aborto e não comparticiparmos a vacina contra o cancro no colo do útero. Por outro lado, quantos abortos uma pessoa vai poder realizar? Quantos quiser? Está mal e penso que antes de tudo há que continuar a investir na educação sexual e no esclarecimento quanto aos métodos contraceptivos, pois o aborto deve existir só em último recurso.

Enfim, a lei devia ser discutida na assembleia com médicos e outros especialistas, porque a questão não se resume a um simples:"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?". Espero que haja mais esclarecimento durante a campanha, de qualquer forma peço-vos que não fiquem indiferentes. Vão votar! Lembrem-se pelo menos daqueles que como eu queriam votar e por uns míseros 6 meses não posso!

20 comentários:

Tiago disse...

Bem parece que vou ser o primeiro a comentar.

Realmente a questão não é assim tão simples, mas essa parte falaste tu e muito bem.

Mas uma coisa que acho que tem marcado bastante pela negativa esta campanha eleitoral é que se por um lado é uma campanha histórica dado o número de movimentos a favor do sim, do não e do talvez, por outro lado acho que nenhum desses movimentos faz sentido, quando vem a público falar de uma única coisa, e que por sinal é uma das que menos interessa neste momento, coisa essa que é o dinheiro que se vai gastar ou que se gasta actualmente.
Os do SIM dizem que o dinheiro que se gasta com abortos clandestinos é maior ao que se vai gastar com abortos legais.
Os do NÃO dizem o contrário...

Mas nenhuns se preocupam com a questão central da coisa, que é a despenalização da mulher, e os problemas que abortos ilegais podem trazer a essas mulheres.

Outra coisa que acho que está a marcar esta campanha pela negativa é a intervenção da igreja neste processo. Mas isso é outra história. Se não metem médicos nem políticos a dar a missa para quê que têm de vir os padres dar a opinião sobre assuntos políticos e médicos ainda por cima quando abrem a boca só sai asneira. Coisas deste género: "O aborto é pior que a execução do Saddam".

Bem vou terminar por aqui apelando às pessoas para irem votar, já que eu não posso que ainda não estou recensiado. Tinha até 12 de Dezembro, mas fiz anos pouco antes e não tive tempo..

Mentiroso disse...

Portugal não é uma democracia, por isso que um qualquer governo merdoso pode legislar contra uma vontade expressa por conduta popular. Numa democracia só o povo pode alterar a sua vontade previamente expressa.

Contrariamente ao que afirma o Dinar al-Khattab, o aborto não é um assunto político e é nojento ver como os políticos fazem campanhas e se imiscuem no que não devem. Os políticos demonstram que não estamos em nenhuma democracia e o Dinar al-Khattab que desconhece como funciona uma democracia. É masmo aí que reside o maior problema. Os políticos mentem, sempre e a torto e a direito, os jornaleiros, em conluio, encobrem-nos e desinformam. Como é que as pessoas hão-de conhecer alguma coisa?

Aquilo a que chamam “interrupção” é outro ludíbrio e quer se seja a favor ou contra tem que se tomar a expressão em que a palavra entra como um embuste aberrante e estúpido. Só o uso dessa expressão chega para justificar uma vontade de enganar.

A questão da necessidade do aborto ainda é muito mais discutível. É impossível desligá-la da realidade nacional em que ela se inscreve. Independentemente da opinião que se possa ter e da posição que se assuma, temos que reconhecer que o aborto, ainda que possa solucionar outros problemas, não é solução para acabar com o lugar ocupado por Portugal como o país com mais adolescentes prenhas e mães. Não substitui a educação sexual ensinada nas escolas europeias desde princípios da década de 1970. Não substitui os programas e aconselhamentos de planificação familiar tão velhos noutros países e praticamente inexistentes em Portugal. Como de costume e uma vez mais, começa-se pelo fim por única culpa de políticos que se recusam a cumprir os seus deveres. Rua com os parasitas!

sapiens disse...

sabes, tenho PENA, única e exclusivamente pena de uma mulher que foi/vai/irá abortar. não é por ela poder ter sido/ser/vir a ser discriminada por fazer seja em que condições for. Tenho pena pelas lágrimas que vai chorar todas as noites, pelas lágrimas de arrependimento por ter MATAdo o seu bebé, o deu filho. MATADO é a palavra que se esconde por detrás do eufemismo da "interrupção voluntária da gravidez".

é certo que o facto de uma mulher ser condenada por ter cometido um crime (ok, vou-lhe chamar 'falta') num momento de profundo desespero é horrível, deplorável. sofrem para e, como tu dizes, essa é a pena mais pesada que podem ter. mas vamos ver: com o marasmo cultural, social e de valores em que o nosso país se encontra (olha que muito boa gente nem o preservativo sabe colocar!), quantos/as võ ser os que vão ver no aborto mais um método anti-contraceptivo, como a pílula ou até o preservativo? 'ah e tal, vou para a cama com quem me apetece, não uso nada, nem uma meia sequer... se fico grávida, pimbas, aborta-se! agora até é legal e tudo!...'

não tenho dúvidas que será este o pensamento a impor-se pelas cabeças dos jovens mais 'acesos'. vão desrespeitar ainda mais o amor, todo o conjunto de sentimentos que são imprescindíveis para que possam dar um pouco mais de si 'àquela pessoa'. posso parecer conservadora, mas não acho que o sexo ou, vá lá, o 'fazer amor' deva ser banalizado. o SIM vai, em vez de 'respeitar' a dignidade da mulher, fazer do aborto algo corriqueiro. vai destruir valores morais básicos. afinal, que dignidade há em assassinar um ser humano mais pequeno que nós? um BEBÉ???

ah... e a forma da igreja se estar a pôr do lado do NÃO é péssima. acredito em Deus, sou cristã católica, faço catequese e afins. o facto de ser contra o aborto é mesmo por serem mortas crianças inocentes. não é para escapar ao inferno nem nada disso. o inferno não existe no Céu, ou seja, para quem morre. o inferno é na terra, e somos nós que o fazemos.
e sim, também acho que o SIM é bem pior que a execução do Saddam. a ele, roubaram uns poucos de anos de vida. ao abortar, impossibilita-se a alguém de viver.


acho que pensar sequer em aborto é horrível. é inconcebível matar alguém. estas mortes de bebés não fazem sentido.

já agora, matariam o vosso vizinho por, por qualquer razão, não vos deixar dormir?

não, falariam com ele, pediam-lhe que fizesse menos barulho. ou então, iam ter com as autoridades. em vez de se investir em clínicas de aborto, poque não ajudar as mães solteiras, a todos os níveis? poque não criar centros de dia para os bebés, para que as adolescentes possam ir estudar? adolescentes e não só! há tantas soluções... só quem não quer ver!

por tudo isto, se o referendo fosse daqui a um ano e meio, para eu ter 18, votava no NÃO. o direito à vida está acima de todos os outros. mesmo o da 'a barriga é minha'!!!

fico-me por aqui.
e desculpem qualquer coisita.

Daniel C. disse...

Não é com "pena" que se vai construir uma sociedade mais humanizada e consciente. Ter "pena" de quem recorre ao aborto é tão só uma posição anacrónica de superioridade moral de quem emite essa opinião sobre outra pessoa, sem conhecer todos os factos.
A vida, não é resultante apenas da definição genética de uma nova pessoa, um filho desejado, recebido com amor no tempo oportuno é muito mais do que a imposição social do mesmo.
A IVG não é uma questão política, muito menos uma questão religiosa, é sim (ou deveria ser) uma questão ética que deveria ser discutida com factos e argumentos, é uma questão que deveria importar a cada um de nós todos os dias, e não emanar dos sermões conscienciosos do alto do púlpito ao Domingo, ou da assembleia da república nos dias de semana.
Infelizmente, a oportunidade criada pelo referendo para um debate esclarecido que contribuisse para uma maior informação da população em geral não está a ser aproveitada, bem pelo contrário, basta ver pelos exemplos que coloquei no meu blog acerca do fundamentalismo e idiotismo a que se chega de ambos os lados da "trincheira".
Não poderia concordar mais com o autor deste blog, propagandeamos o sim e o não sem haver uma explicação coerente sobre as múltiplas implicações que esta questão levanta, e isso sim, é que verdadeiramente preocupante.
Já agora eu vou votar sim.

Anónimo disse...

Podemos realmente pensar que a despenalização do aborto não é um assunto político, mas isso seria fechar totalmente os olhos ao que actualmente e, há uns anos atrás, se verifica e se verificou, no nosso país.
Para isso, basta-nos simplesmente avaliar e constatar o que há anos aconteceu, aquando do primeiro referendo nesta matéria.
O PSD, que em 1998 chegou a ser presidido por Marcelo Rebelo de Sousa, opunha-se a «qualquer forma de lei que permitisse à mulher abortar em qualquer circunstância»!!!
O PSD votou contra que as mulheres pudessem, por sua decisão, abortar, mesmo nas condições de violação!!!
Isto determinou, automaticamente, a revolta do povo, sublinhando-se que esta é uma questão fulcral que determina os valores sócio-culturais de uma, suposta, democracia.
O artigo 140º do Código Penal, que pune as mulheres com até 3 anos de prisão, olha a integridade moral e física das mulheres com desdenho e sobretudo com uma extrema insensibilidade!!!
Concordarei eu com o facto de o aborto ser considerado crime, e de todos os que nele participarem deverem ser punidos se se provar a sua culpa? As penas previstas na lei vigente parecem-me adequadas ao actual contexto social? Vou eu compactuar com esses nazis do PNR, que se juntam em hotéis “de luxo”, para fazer avançar um movimento reaccionário pelo Não??? A resposta a tudo isto é, obviamente, NÃO!!!

Mas seria SIM à despenalização da interrupção voluntária, se já pudesse votar!!!
SIM, PARA ENTRAR DE VEZ NO SÉCULO XXI!
SIM, para poder afirmar convictamente que “o povo é quem mais ordena” e que, realmente, a origem etimológica da palavra democracia se confirma!!!
SIM, para provar que, na verdade, DEMOCRACIA é mais que uma palavra, é uma vontade exequível!!!.
Sendo que cerca de 68 mil mulheres em todo o mundo sucumbem ao serem submetidas a operações de aborto (clandestino), como cidadãos, e apelando à ética, e sobretudo ao bom senso, não deveríamos ter o dever de contribuir para que esta pandemia (porque assim, devidamente, é considerada) fosse prevenida???!!! Os abortos legais são deveras seguros. E quando esta prática é despenalizada a sua frequência não aumenta, temos disso exemplo o caso da África do Sul, que despenalizou o aborto!
E quanto à promoção de uma manifestação com a Nossa Senhora grávida "comandada" pelo padre de Patais? Acham isto correcto (já nem digo ética nem politicamente correcto...porque isso era como se me dirigisse "to a way without return"!)? Manipular assim a mente das pessoas, de uma forma tão...repugnante?!!!
Hey, a interrupção voluntária da gravidez está despenalizada em 23 dos 27 Estados, só sendo criminalizada em quatro países: Irlanda, Malta, Polónia e Portugal. Vamos continuar a ser uma excepção, uma vez mais, à pura democracia???

Agora, a reflexão, na minha opinião, que deve ser feita antes do DIA, é uma reflexão que exigirá, acima de tudo, responsabilidade e determinação, apoiada com argumentos plausíveis (e não artificiais!!!)

Pelo «respeito pleno da vontade democraticamente apurada»!!!


Kisses...pa malta...e pa ti...Tiago;)

Just another great post!Congratulations...

P.S - E, já agora, pertinentemente e para ajudar à reflexão... Será que despenalização do aborto significa o mesmo que liberalização do aborto?

peace_love disse...

Epá,comentários tão grandes! E eu que vou fazer um pequenino!
Concordo inteiramente com a despenalização e com o que tu disseste. Agora ainda é tudo muito bonito, ainda não se votou e tal. Mas e se o sim ganhar? Muita coisa ainda vai ter de ser alinhavada.
Eu é que ainda não posso votar (raio da lei que diz que ninguém se pode recensear durante 60dias antes de um acto eleitoral!), mas se votasse votava sim,sem dúvida!

mac disse...

Esse debate de que falas, já deveria estar a ser feito, mas opta-se por pegar nos chavões do costume...O PS não passou a IVG na Assembleia por falta de coragem; é que iria-lhe custar alguns votos.
Apesar de achar que uma mulher consciente, não aborte por abortar, claro que há excepções, por isso não basta ganhar o "Sim"- Há que investir na educação sexual e nos contraceptivos.

Anónimo disse...

entao mas como é que é???
- olhe estou gravida quero abortar!
entao e os valores humanos???
desculpem-me os apoiantes do sim neste referendo mas se nao querem ter filhos nao andem com o cú pra cima e pra baixo´de escape livre, ou entao usem preservativos...
nao pela liberalizaçao acontecer que os abortos clandestinos vao acabar, pois a partir das 10 semanas podem fazer-se em clinicas dessas e provavelmente a preços ate mais baratos do k em clinicas legalizadas...

Por outro lado o que deveria estar aqui em questao nao seria isto mas sim a pena prisao da mulher, que acho injusta. ela faz corre os seus riscos e certo, mas penalizala pelos riscos que correu nao. os abortos clandestinos podem trazer problemas a mulher mas ela sabe a partida o k a espera a sua conciencia falara por si nao e necessaria a intrevençao judicial neste ponto, se por ventura a mulher morrer durante o aborto ela saberia mais do k ninguem o perigo k corria.

é ainda preciso esclarecer que em caso de risco de vida para a mulher, em caso de ma formaçao do feto e em caso de violaçao o aborto e permitido em portugal, pelo k nao a qualquer outrs razao que leve uma pessoa a ter tal atitude

acho absurdo quem quer fazer disto uma questao politica ou economica... isto trata-se do cumprimento dos valores humanos.

Mentiroso disse...

Eh pá, à parte a Sapiens parece que os comentadores enlouqueceram com este post. A grande maioria está realmente anestesiada pelos políticos. Até faz lembrar a cação “Comfortably Numb” (Pink Floyd). Como pensam, só fazem o jogo deles. Acaso lhes passou pela cabeça que o sim ou o não não vão mudar grande coisa? Que se queira votar sim ou não, alguém pensou que às oito semanas o feto já é uma criança? Provavelmente nunca na vida viram um, senão sabiam do que falo. Pensam que o problema está no aborto. Então, sabem porque as mulheres são praticamente empurradas para abortar contra vontade? Os políticos não lhes dizem e os jornaleiros encobrem-nos. Começou-se pelo fim. O aborto é o ponto final. Primeiro faz-se tudo o que se fez nos países civilizados logo a partir de 1945 e que cá nunca se fez. Antes do aborto ser permitido prepararam-se as pessoas e ofereceu-se-lhes todo o auxílio, de todos os modos. Quem é que viu cá isso? Os sacanas dos políticos lavam-se as mãos no sangue dos inocentes. Inocentes, mas também ignorantes, atrasados e incapazes de reflectir. Para mais um pouco vejam o meu post sobre o assunto. Talvez aprendam como se defenderem da canalha.

Anónimo disse...

peace_love...eu recensiei-me 2 meses antes de fazer os 18! nao podes durante esses 2 meses...se te tivesses lembrado antes...

Anónimo disse...

ester
Hey, a interrupção voluntária da gravidez está despenalizada em 23 dos 27 Estados, só sendo criminalizada em quatro países: Irlanda, Malta, Polónia e Portugal. Vamos continuar a ser uma excepção, uma vez mais, à pura democracia???

desculpa la mas isto nao é argumento...pelo menos pra mim...entao vamos mudar a lei porque os paises diTos desenvolvidos a mudaram tambem???
por favor...

Anónimo disse...

bem depois de ler o teu post e alguns dos comentarios aqui postados...tenhoa dizer que estou de acordo com algumas coisas que aqui foram ditas ... quanto a outras...confesso fiquei indignada!
sou contra o abordo...acho que é um acto cruel que é desejado por pessoas em desepero...que necessitam de apoio psicologico subretudo!acho que deveriamos apostas na educação sexual, no planeamento familiar, no esclarecimentos dos muitas pessoas que tÊm duvidas, no acompanhamento das mulheres que querem abordar...ou que colocam essa hipotese pois muitas vezes elas precisam é de apoios sociais, economicos e mais importante afectivos!
por outro lado, o abordo é uma realidade e nao vale a pena fechas os olhos a esta realidade porque EXISTE e é perigoso e desumano! as mulheres sao perseguidas, condenadas socialmente vêm a sua vida exposta...tambem isto é desumano! esta lei impoe-nos o nao...o sim permite-nos optar ... entre o sim e o nao ... vivemos numa democracia, certo???
por essa razao votarei SIM!

e nao me venham com o argumento de que "outros paises ditos desenvolvidos e tudo mais ja legalizaram o abordo por isso devemos tambem legalizado!" por favor...nao vamos mudar uma lei porque outros paises ja o fizeram...nao vamos pensar pelas canbeças dos outros...vamos sim pensar em consciencia e votar no domingo!

Anónimo disse...

quando a questao da despenalização e liberalização serem diferentes...foi algo que alguem deixou pa reflexao!
bom...decididamente sao diferentes!
mas na minha opinião nao faz sentido existir um sem existir o outro! entao vamos despenalizar sem legalizar...ou seja vamos dizer: "nao podes fazer mas se fizeres nao es responsabilizado"???
por favor...nao faz sentido...

reflitam entao sobre esta questão também...

Anónimo disse...

quando a questao da despenalização e liberalização serem diferentes...foi algo que alguem deixou pa reflexao!
bom...decididamente sao diferentes!
mas na minha opinião nao faz sentido existir um sem existir o outro! entao vamos despenalizar sem legalizar...ou seja vamos dizer: "nao podes fazer mas se fizeres nao es responsabilizado"???
por favor...nao faz sentido...

reflitam entao sobre esta questão também...

Anónimo disse...

Quanto à questão dos países, "ditos desenvolvidos", já terem na lei que uma mulher que abortou não deve ser punida, bem a Irlanda é um país desenvolvido e ainda não aprovou uma lei que despenalizasse a mulher por ter feito uma IVG!!!
Não se trata de um argumento mas de um facto.
Nem tão pouco acho que devamos "mudar a lei" porque outros o tenham feito! Trata-se sobretudo de uma questão adjacente a cada país em concreto! Não vamos é entrar naquela lógica auto-destrutiva de que os países desenvolvidos é que despenalizaram a IVG! Não é simplesmente verdade! A não ser que considerem países como a Eslovénia, a Eslováquia e a Lituânia países desenvolvidos...trata-se de distinguir o tipo de desenvolvimento que está "at stake"! Não é económico, não é religioso, mas passa pela implantação de um desenvolvimento político e acima de tudo ético, INIGUALÁVEIS! E é muitas vezes nestes aspectos que o nosso país marca negativamente! Mas também existem aspectos razoáveis! Como disse, não entremos por aí.
É inconcebível pensar-se que uma mulher que abortou fica realmente contente por isso, ah, podia-me ter saído o Euromilhões, mas não, ABORTEI!!! Fantástico!
Este referendo é absolutamente desnecessário! Se é necessária uma lei que despenalize as mulheres por algo que, em situações extremas não deve ser considerado crime, já a poderiam ter aprovado facilmente na Assembleia, mas o problema (sim, é mesmo um problema) é que existem valores ignóbeis aqui em jogo que contrariam a democracia! Este referendo não se vai realizar pelo facto de o governo precisar de dar "a palavra" ao povo, mas precisamente para aproveitar a onda e dar mais uma vitoriazinha ao PS...e é aqui que se encontra o cerne da questão! Embora não queiramos ver isto como um assunto político (nem eu!), pois tal como as pessoas que aqui postaram concordo que deveria passar precisamente pela instituição dos valores éticos e morais subjacentes à IVG, agora não há nada a fazer!
E realmente, nem se discute que mais vale prevenir do que remediar, mas depois de realizado, não remediamos?! OK. Então, No mesmo tribunal em que foram julgados serial-killers e em que foram condenadas pessoas a penas injustas, condenamos uma MULHER, que o que fez foi abortar, por razões que só ELA sabe, até 3 ANOS DE PRISÃO?!!!

Isto não se trata de por favor ou sem favor! (I wish it was that simple!) Mas isto é só a minha opinião, e como tal respeito a de todos que aqui postaram.

(AH! E a imparcialidade é realmente uma coisa rara de se ver...)

;)

Anónimo disse...

entao quanto aquele ponto ester...concordas comigo...bastava dizeres isso!!!

Anónimo disse...

quanto ao outro nao concordas mas tambem nao tens que concordar...opiniões ha muitas e cada um tem a sua...eu respeito a tua!

Anónimo disse...

"Então, No mesmo tribunal em que foram julgados serial-killers e em que foram condenadas pessoas a penas injustas, condenamos uma MULHER, que o que fez foi abortar, por razões que só ELA sabe, até 3 ANOS DE PRISÃO?!!!"

o que é que uma mulher faz quando decide abortar...nao sera matar????
quem mata nao deve ser punido??é isso que tas a querer dizer...???

Anónimo disse...

Sim, e verdade, concordo contigo daniela.;) Mas so quis mesmo explicar alguns aspectos da opinião que expressei pois poderia estar a ser mal interpretada.;)
joana, quanto à questão que levantaste, bem, basta-me dizer que fui bastante explícita, mas ok, explico de novo. Para mim, uma mulher Nao deve ser submetida a um processo judicial que se prova ser algo muito doloroso em todos os aspectos, trazendo apenas consequências negativas para a mulher e para a sua família!
Se a mulher abortou, terá tido razões que só ELA pode entender, e se esses argumentos forem válidos, na minha opinião a mulher nao deve ser criminalizada! Ora, eu também sou contra o aborto, apenas deve ser usado como ultimo recurso e em situações extremas!;)

;)

Pedro Pisco disse...

Ò caro amigo.... se fosse só por 6 meses....O pior é que nesta trampa deste país de atrasados, não basta ter 18 anos para votar.
É preciso ter 18 anos, o cartão de eleitor e, sobretudo, os cadernos eleitorais actualizados.
Com sorte, votará nas próximas legislativas.... Se as coisas não correrem pelo melhor, vá pensando qual será o seu melhor candidato presidencial, porque a coisa deve andar por aí...
Quanto à questão aqui exposta, não vejo qual é a duvida.
Eu sou contra o aborto, mas vou votar "sim".
Vou votar "sim", porque o "não", só vai fazer com que fique tudo na mesma, ou seja, não se aborta em Portugal, aborta-se em Espanha e se não houver guito para ir a Espanha, aborta-se em qualquer talho, em quaisqueres condições.
Assim, voto "sim", porque pelo menos, quem o decidir fazer, se não puder ir a Espanha, pelo menos terá a oportunidade de o fazer com segurança.
Perde-se sempre uma vida cada vez que alguém aborta. Por vezes, perdem-se duas vidas por cada aborto feito. Com o Sim, perder-se-ão menos vezes, "duas" vidas de uma só vez.

Abraço.