Todos os Verões, a maior parte das pessoas deslocam-se para fora das suas cidades, vilas e aldeias para ir passar férias, para a praia, ou para qualquer outro sítio. Quando vêm está tudo na mesma, como deixaram. Não estranham. Aliás, que haveria a estranhar?
Tudo! A verdade é que enquanto os veraniantes passam férias, gozando, nos seus destinos, se esquecem que os outros, os outros que ficam zelam, trabalhando, para que estes encontrem tudo no sítio onde antes estavam.
Falo dos homens do lixo, que ficam para manter limpas as ruas.
Falo dos funcionários dos supermercados que servem todos aqueles que ficaram, ou vieram de férias.
Falo dos turistas e pessoal ligado à hotelaria que ficam para receber os turistas que visitam as nossas terras.
Falo também daqueles que ficam para tratar os nossos doentes, idosos ou animais de estimação.
Falo de todos estes, como exemplos, e falo de muitos outros que ficam, os outros, que não merecem ser esquecidos, porque, mesmo tendo menos condições laborais e financeiras que nós, são tanto ou mais importantes para o funcionamento das coisas. E falo, porque são gente, falo porque também são pessoas!
7 comentários:
Pessoas que infelizmente continuam a não ser valorizadas...
Pois mas sabes que neste país, infelizmente, o que interessa é ter 1 Sr doutor ou Sr engenheiro atrás do nome. O mundo lá acha que tem cursos upa upa que dão muito prestigío é que é gente! Devem achar que o leite se tira de uma torneira para os pacotes e que as batatas e as cenouras nascem directamente nas prateleiras...o lixo nas ruas? Então esse não desaparece com o vento?! bahhh...este país...
Sim, outra questões que merece certamente a nossa atenção! Lá por uma família ir de férias, não significa que toda a gente dessa localidade o faça, porque se isso acontecesse, eu pergunto: O que seria de nós?
Lembro-me uma vez, de ter ido passar 15 dias ao Algarve e da estrada de acesso à minha casa e à casa dos meus vizinhos estar toda esburacada...quando chegámos, surpreendentemente deparámo-nos com uma estrada alcatroada de fresco e interrogámo-nos por que é que, só agora, após tanto tempo, decidiram (a junta de freguesia) arranjar os acessos! Bem, é que muitas dessas pessoas não param de trabalhar e, por vezes, abdicam da companhia das suas próprias famílias para ir "ganhar o seu pão". naquele caso era bastante óbvio que nem só de pão vive o homem, mas tb da confiança que lhe confiamos...
A velha questão do sôtor (continuando o que o né começou...) ainda dá e dará mto q falar...será que as pessoas não se apercebem, a sociedade em geral, que, nos tempos de hoje, empregos + manuais ligados à electricidade e à canalização, deveriam ser mais valorizadas!
Deveríamos apostar numa maior formação das pessoas nessas áreas, dar-lhes apoio...sem energia, o que faria um país como o nosso? ah...sempre podíamos importá-la do estrangeiro mas, não é isso que actualmente fazemos!!!
E A DEPENDÊNCIA CONTINUA!!!!
:(
Mas olhem que o pior lixo não é esse que se acumula nas ruas. É o lixo mental.
Ester: É a né.
lol exacto eu sou uma ela. E o meu coment tem um erro, eu queria escrever: "O mundo lá acha que quem tem cursos..."
ester, mesmo que importássemos energia de fora, exclusivamente, precisávemos de distribuí-la e, para isso, são precisos os técnicos na mesma.
Quanto a o país ir de férias, enfim. Se é verdade que há muita gente que vai para fora (ouvi falar que 1 milhão de portugueses ia para o estrangeiro nas férias), não tiram todos férias ao mesmo tempo, há rotatividade.
ah, desculpa né... de qq forma obrigado por dizerem a tempo, lol!
Sim, nuno, concordo, obviamente, que terá que haver algum esquema rotativo...mas tb não deixo de concordar q esses esquemas rotativos são muitas das vezes injustos...e duvidosos!
Ester
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