É oficial, o mundo está em crise. Ainda há sensivelmente um ano, ouvíamos o nosso ilustríssimo ministro da Economia a dizer que "a crise acabou" e, por estes tempos, ouvimos, tão só, todos os mais importantes líderes mundiais, atarantados com uma crise, da qual se diz que pior só em 1929, e ainda não se viu nada...
É um facto, que nunca o Homem teve tantas facilidades. Facilidades de comunicação, de partilha de informação, de transporte, um vasto leque de oportunidades de fazer bons negócios, enriquecer, mas acima de tudo, nunca tivémos tão boa qualidade de vida. Há 100 anos nunca imaginaríamos os aquecimentos centrais, o gás canalizado, a água saneada. Há 50, o presidente da IBM afirmava que no mundo havia mercado para 6 computadores, se tanto, há 20, ninguém tinha um telemóvel... Hoje temos tudo!
Mas, o preço é elevado. Apesar das tantas oportunidades de compra, tantas novas "necessidades" que se criaram, os salários e as oportunidades de emprego, não acompanharam esse crescimento. Quem fala em salários fala em tantos outros factores económicos. O que é facto, é que a economia foi-se adaptando, foi-se adaptando, tenta, mas não consegue acompanhar o boom tecnológico a que assistimos. Cumulativamente, gasta-se cada vez mais energia e as reservas de petróleo estão a diminuir a um ritmo impensável. Tudo isto faz com que gastemos cada vez mais, e tenhamos cada vez menos.
Para manter o nível de vida actual, muitas, e cada vez mais pessoas têm de recorrer aos créditos. Antes pediam-se empréstimos para comprar a casa e o carro. Hoje, muitas pessoas, pagam tudo às prestações: a casa, o carro, a televisão, o computador, os móveis, a roupa, o material escolar, etc. O número de pessoas a recorrer ao crédito e a viver acima das possibilidades bate recordes sucessivos! E, pensavam os bancos que isto era bom... Foi bom, até à altura em que as pessoas pediam emprestado e podiam pagar. Mas tudo tem um limite, e a corda foi esticando foi esticando, e está a começar a ceder, até que vai acabar por rebentar violentamente. Mas não é só o crédito de cada pessoa, de cada família, que estica. É também a dívida das empresas às outras empresas, a dívida dos países aos outros países, e, por último, a dívida que a humanidade tem para com a Terra, isto é, demos tão pouco de bom ao nosso planeta, e o que tirámos é já imensurável.
Agora, procuram-se soluções, a meu ver tarde de mais. Há mais de 20 anos que se fala nas alterações climáticas, na escassez de petróleo, no aumento galopante do endividamento a nível geral, e, quem estava bem, tudo fez para manter esse nível, e, deitou abaixo quem já não estava muito bem. Quem estava na mó de cima, tentou agarrar-se ao poleiro com unhas e dentes, mas, depois de um último fôlego, vai cair abruptamente. As políticas económicas monopolistas, egoístas, acumuladoras brutas de capital estão a fracassar e acabarão por ruir.
Está na altura de as pessoas deixarem de olhar para o umbigo, de as empresas pararem de olhar para o umbigo, de os países pararem de olhar para o umbigo, de a humanidade parar de olhar para o umbigo. Lanço este alerta, para que se salve o planeta, que se pense uma nova economia, uma economia equilibrada, uma economia "económica", uma economia pensada à escala global e preocupada com o ser individual e com a saúde do nosso planeta.
É um facto, que nunca o Homem teve tantas facilidades. Facilidades de comunicação, de partilha de informação, de transporte, um vasto leque de oportunidades de fazer bons negócios, enriquecer, mas acima de tudo, nunca tivémos tão boa qualidade de vida. Há 100 anos nunca imaginaríamos os aquecimentos centrais, o gás canalizado, a água saneada. Há 50, o presidente da IBM afirmava que no mundo havia mercado para 6 computadores, se tanto, há 20, ninguém tinha um telemóvel... Hoje temos tudo!
Mas, o preço é elevado. Apesar das tantas oportunidades de compra, tantas novas "necessidades" que se criaram, os salários e as oportunidades de emprego, não acompanharam esse crescimento. Quem fala em salários fala em tantos outros factores económicos. O que é facto, é que a economia foi-se adaptando, foi-se adaptando, tenta, mas não consegue acompanhar o boom tecnológico a que assistimos. Cumulativamente, gasta-se cada vez mais energia e as reservas de petróleo estão a diminuir a um ritmo impensável. Tudo isto faz com que gastemos cada vez mais, e tenhamos cada vez menos.
Para manter o nível de vida actual, muitas, e cada vez mais pessoas têm de recorrer aos créditos. Antes pediam-se empréstimos para comprar a casa e o carro. Hoje, muitas pessoas, pagam tudo às prestações: a casa, o carro, a televisão, o computador, os móveis, a roupa, o material escolar, etc. O número de pessoas a recorrer ao crédito e a viver acima das possibilidades bate recordes sucessivos! E, pensavam os bancos que isto era bom... Foi bom, até à altura em que as pessoas pediam emprestado e podiam pagar. Mas tudo tem um limite, e a corda foi esticando foi esticando, e está a começar a ceder, até que vai acabar por rebentar violentamente. Mas não é só o crédito de cada pessoa, de cada família, que estica. É também a dívida das empresas às outras empresas, a dívida dos países aos outros países, e, por último, a dívida que a humanidade tem para com a Terra, isto é, demos tão pouco de bom ao nosso planeta, e o que tirámos é já imensurável.
Agora, procuram-se soluções, a meu ver tarde de mais. Há mais de 20 anos que se fala nas alterações climáticas, na escassez de petróleo, no aumento galopante do endividamento a nível geral, e, quem estava bem, tudo fez para manter esse nível, e, deitou abaixo quem já não estava muito bem. Quem estava na mó de cima, tentou agarrar-se ao poleiro com unhas e dentes, mas, depois de um último fôlego, vai cair abruptamente. As políticas económicas monopolistas, egoístas, acumuladoras brutas de capital estão a fracassar e acabarão por ruir.
Está na altura de as pessoas deixarem de olhar para o umbigo, de as empresas pararem de olhar para o umbigo, de os países pararem de olhar para o umbigo, de a humanidade parar de olhar para o umbigo. Lanço este alerta, para que se salve o planeta, que se pense uma nova economia, uma economia equilibrada, uma economia "económica", uma economia pensada à escala global e preocupada com o ser individual e com a saúde do nosso planeta.
15 comentários:
E comentários para quê?
Está aqui tudo dito!!!
Parabéns Tiago!
O nosso Pinho já deu por encerrada a crise, mas parece que ninguém o ouviu...Coitado, é o Pinho que temos e, talvez mereceçamos...
De resto, está tudo no post.
Parabéns
Infelizmente é uma pena que o Pinho seja mesmo esse triste que se baseia apenas em números, em médias e estatísticas que não servem para nada!
Ao que parece ele telefonou para os líderes mundiais a dar a boa nova que a crise tinha acabado, no entanto, parece que ninguém se acreditou...
Ninguém acredita num mentiroso
Tal como a subida idiota do preço do petróleo no último ano, também esta crise é em grande parte criada pela especulação. Muitas empresas vão cair, mas quem vai acabar por pagar isto tudo vai ser a população activa de todo o mundo.
Abraço
Se ninguém intervisse no mercado, seria a catástrofe total: milhares de desempregados; os juros subiriam até ao céu; as prestações da casa, já alta, tornar-se-riam incomportáveis. Para comprar um pão, seria necessário uma carteira cheia de notas, dada a alta inflação. No entanto, nos anos 30, isto aconteceu, e o mundo continuou a girar...
Será que, por outro lado, não seria melhor deixar o mercado regular-se por si próprio? Podia ser que assim, assistissemos ao nascimento de uma nova ordem mundial.
Eu sempre disse que haveríamos de pagar bem caro o derrube do Muro de Berlim: com a morte do "papão" comunista a fera capitalista sentiu-se completamente à solta e deu no que se vê!
Lido o texto apenas me resta perguntar: "palavras para quê?" quando aqui está tudo dito.
Soluções procuram-se e precisam-se, urgentemente.
@ mac
"No entanto, nos anos 30, isto aconteceu, e o mundo continuou a girar..."
E o aumento da taxa de suicídio? Diminuição de condições de higiene? E pessoas a morrer à fome? E o surgimento de regimes totalitaristas de extrema direita? (Ex. Alemanha de Hitler, Itália Mussolini) Esta situação, levar-nos-á a uma 3ª guerra mundial? Não esqueçamos que as bombas de Hiroshima e Nagasaki são uma brincadeira comparadas com o arsenal nuclear de agora... Em última análise, se não se inverter já, este ciclo, podemos rapidamente cair no "Dead End" ou "End of The Line"
Infelizmente somos obrigados a concordar contigo.
Cada vez temos mais mas sentimos como se ainda tivessemos pouco, pouquinho...
O planeta e todos os outros seus habitantes é que estao a pagar muito caro por tudo o que os "seres humanos" estamos a fazer.
E chamamos animais aos "outros"...
Nós é que deviamos estar em jaulas...
Deviamos deitar abaixo todos os politicos do mundo! Eles estao a fazer um jogo perigoso connosco e com o planeta...
De resto, a culpa nao cabe apenas a eles... mas a todos nós...
Ninguém nos ponta uma arma para comprarmos mais, pois nao?
Parabéns pelo texto!
Excelente análise. Parabéns
o capitalismo arranja sempre maneira de sacudir a água do capote...kem se f... é o mexilhão.
parabéns pelo post.
fico à espera de outros anti-qualuer-coisa ;)
Vou colocar o blog na minha lista de passeios :)
Ola Tiago,
Acedi ao seu convite e aqui estou eu a visitar este novo Blog. Bom texto e muito realista. Eu ha muito que esperava por esta crise. E muito honestamente, espero que nao haja pozinhos magicos para a solucionar. Porque o que todos nos precisamos e' perceber que nao podemos continuar a viver assim. Que ha coisas mais importantes na vida que o tamanho da casa, do carro, do diamante, do telemovel xpto ....
Nos necessitamos de sentir na pele a queda para perceber que o consumismo agudo a que nos habituamos nos esta a consumir a "alma".
Voçês não seguem os conselhos do nosso presidente...
Há que saber ouvir o que ele diz.
Tenho um post intitulado 'subentende-se' de 24 de setembro onde se explica como realmente fazer face á falta de nota , e tudo dito pelo sr Cavaco Silva.
Dêem uma vista de olhos e a vida tornar-se-á mais fácil para todos vós... (haja coragem ;P)
Um abraço tiago
Penso que para fazermos todo este mal ao planeta mais valia não termos evoluído e continuarmos como macacos! Só é pena é o petróleo ainda não ter acabado...
Enviar um comentário