Antes de mais, vou fazer o balanço àqueles que foram os resultados de ontem, do referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
56,4 % de abstenção: A maior parte dos políticos congratulan-se de a abstenção ter descido em relação ao último referendo e de este ter sido o referendo com menos abstenção de sempre. Eu sinto-me, de facto, algo insatisfeito com tamanho alheamento da sociedade em relação a um assunto que é do interesse geral.
Quanto à margem com que o SIM venceu o NÃO devo-me considerar agradavelmente surpreendido pois ao ver tamanha abstenção, fiquei algo receoso que muitos Nins a tender para Sim não fossem votar. Felizmente, este factor foi insignificante para o desfecho final.
O SIM ganhou. Já fizémos a festa... E agora!? Agora que os portugueses deram o seu contributo, não vinculativo, mas nem por isso menos válido, que vão os nossos governantes fazer? Esta lei tem de ser muito bem pensada, e espero que os defensores do SIM façam dos argumentos com que convenceram o eleitorado, leis. Isto quer dizer que temos de ter uma lei justa, equilibrada e bem estruturada, que o aborto não pode ser visto como um método contraceptivo, e que o planeamento familiar continua a ser importante. Aborto num estabelecimento médico, com comparticipação do estado? Sim. Aborto livre e gratuito? Não. Maior eficácia no combate ao aborto clandestino? Sim. Aborto como mais um contraceptivo? Não. Reforço do apoio à maternidade? Sim, sempre.
Que se lembrem os políticos, porque é que os portugueses votaram SIM!
56,4 % de abstenção: A maior parte dos políticos congratulan-se de a abstenção ter descido em relação ao último referendo e de este ter sido o referendo com menos abstenção de sempre. Eu sinto-me, de facto, algo insatisfeito com tamanho alheamento da sociedade em relação a um assunto que é do interesse geral.
Quanto à margem com que o SIM venceu o NÃO devo-me considerar agradavelmente surpreendido pois ao ver tamanha abstenção, fiquei algo receoso que muitos Nins a tender para Sim não fossem votar. Felizmente, este factor foi insignificante para o desfecho final.
O SIM ganhou. Já fizémos a festa... E agora!? Agora que os portugueses deram o seu contributo, não vinculativo, mas nem por isso menos válido, que vão os nossos governantes fazer? Esta lei tem de ser muito bem pensada, e espero que os defensores do SIM façam dos argumentos com que convenceram o eleitorado, leis. Isto quer dizer que temos de ter uma lei justa, equilibrada e bem estruturada, que o aborto não pode ser visto como um método contraceptivo, e que o planeamento familiar continua a ser importante. Aborto num estabelecimento médico, com comparticipação do estado? Sim. Aborto livre e gratuito? Não. Maior eficácia no combate ao aborto clandestino? Sim. Aborto como mais um contraceptivo? Não. Reforço do apoio à maternidade? Sim, sempre.
Que se lembrem os políticos, porque é que os portugueses votaram SIM!
8 comentários:
Parabéns pelo blog! Parabéns também pela escolha da música Fim da Ditadura! Continua.
Tens toda a razão, mas o mais provável de acontecer é agora toda a gente andar entretida com o sismo e tal e mais ninguém se lembra desta questão..
Agora o que provavelmente vai acontecer é que vai-se alterar o artigo onde se penaliza o aborto e depois isto vai cair no esquecimento...Eu espero que assim não seja, mas infelizmente é o que muitas vezes acontece!
P.S. Obrigado por teres adicionado um link ao meu blog. Muchas gracias!
Até que saia a Lei a regulamentar o aborto, ainda nos vamos esquecer qual foi o nosso sentido de voto.
Que se lembrem os políticos, porque é que os portugueses votaram SIM!
Os portugueses, isto é, uma pequena parte deles.
E será que agora vai haver filas de espera? Já estou a ver irem buscar miudos ao infantário e dizerem-lhe "Chegou a tua vez"...
Aborto num estabelecimento médico, com comparticipação do estado? Sim. Aborto livre e gratuito? Não. Maior eficácia no combate ao aborto clandestino? Sim. Aborto como mais um contraceptivo? Não. Reforço do apoio à maternidade? Sim, sempre.
Que se lembrem os políticos, porque é que os portugueses votaram SIM!
achei importante sublinhar esta ultima parte...esperemos que nao se esqueçam entao!
Só posso sublinhar tudo o que diseste
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