terça-feira, outubro 31, 2006

Halloween

Hoje é dia 31 de Outubro, quer dizer que esta é a noite de Halloween (do Inglês All Hallow's Eve, que em português dá algo como a véspera de todos os Santos).
Mas já muito antes da igreja ter decretado o dia 1 de Novembro como o dia de todos os santos, se comemorava a "noite das bruxas". A verdade é que o dia 1 de Novembro foi instituido como o dia de todos os santos para se arranjar um substituto cristão do pagão Halloween. E esta noite só passou a ser das "bruxas" para afastar os infiéis deste evento.
Mas afinal o que era o Halloween pagão? Para os druidas, esta era a noite em que se acendiam fogueiras para afastar os maus espíritos. Para os Celtas era a noite em que os espíritos dos antepassados visitavam as suas casas... E o que é que isto tem a ver com bruxas, vampiros e magia negra? Nada. Tem apenas a ver com rituais pagãos, e com a opressão cristã a tais rituais! Podemos dizer que é um belo golpe de marketing, transformar um evento pagão, em evento satânico e depois criar um evento cristão para que não se sinta a falta... Estes católicos...
E nos dias de hoje, no nosso Portugal? O que é o Halloween em Portugal? É evidente que esta não é uma tradição portuguesa, tanto que não existe uma tradução, mas comemora-se à mesma. E fora aquelas minorias satânicas que vão queimar bezerros acender velas nos cemitéiros, o Halloween é uma festa! Desde os putos que vêm pedir docinhos, aos pre-teens que passam a noite a mandar balões de água para os carros que passam até aos teens que se vestem de preto e vão para bares... curtir Kizomba!
Mas mais que tudo isso, o Halloween é, em Portugal, um marco comercial. É o ponto que marca o ínicio da cruzada para o Santo Graal comercial que é o Natal! É impressionante como as abóboras e morcegos esquizofrénicos saem e dão lugar a Pais Natal, árvores de natal, estrelinhas, brinquedos sem fim! 55 dias de intensíssimo marketing! Abençoadas bruxas... E abençoado menino Jesus!

P.S.: Se satanás andar aí mandem-me um toque, tinha um encontro marcado com ele num bar... LOL!!!

quinta-feira, outubro 26, 2006

O discurso anti-tanga!

Sinceramente, já ando farto do discurso da tanga! "O país 'tá de crise..." "Isto está difícil" "Isto não está bom para ninguém" "Vou mas é para Espanha...". Pá, está bem, estamos de crise, é verdade! Mas acho que já passou a altura de nos deixarmos de lamuriazinhas e fatalismos e passarmos à acção, não é!?
Só o tempo que se perde em lamentações, só o tempo que se perde neste discurso da tanga, dava para investir, já nem digo dinheiro, mas imaginação, criatividade, para se fazer algo inovador, para sairmos da mó de baixo! Mas não! Peçam a Deus que o tempo melhore e fiquem de braços cruzados... ou então preencham o boletim do Euromilhões todas as semanas e esperem que um dia essa tal probabilidade de 1 em 76 275 360 aconteça a vosso favor!
Portugueses da tanga! Não sei de onde é que veio esta mania de ficar à espera que chova, como diz o povo, mas sempre pensei que os portugueses fossem conhecidos pela mania do desenrascanço... Vá e agora!? Esperamos que venha uma inundação ou um incêndio, para termos uma indeminização. Esperamos pelo subsidiosito da UE para plantar as batatas... Esperamos pelo rendimento social de insersão. Esperamos pelo dinheirito da tia de França! Esperamos. Esperamos por um milagre. Esperamos que numa noite de nevoeiro venha o D. Sebastião e nos tire do fosso. Esperamos, Não agimos! Acordem portugueses! E apelo agora, portugueses, que improvisem, porra! Desenrasquem-se! Que é o melhor que sabem fazer. De uma vez por todas, não fiquem à espera que os outros façam o trabalho por vocês. Deixem-se de lamúrias e trabalhem, mostrem de que raça são feitos, mostrem o orgulho em serem portugueses! Sempre! E não apenas nos jogos da selecção!
Ou então não... Isso! Ide para Espanha! Ide e deixai quem cá está fazer um trabalho em condições! Não empatem... Isso mesmo! Em Espanha é que estão bem! Mas não vão enganados! Lá por ser monarquia, nem todos lá são reis. E não pensem que os Espanhóis ganham o que ganham sentados numa cadeira a contar as moscas que passam! Se querem viver como espanhóis, ganhar como espanhóis, comprar como espanhóis... Trabalhai como espanhóis!
E nós por cá? Que amamos o nosso país, veneramos Viriato, D. Afonso Henriques, Vasco da Gama, Camões, D. João IV!? Nós, que ganhámos Aljubarrota e São Mamede!? Nós que mandámos o Miguel de Vasconcelos pela janela e gritámos: Liberdade!? Vamos continuar a ser iguais aos outros sem-vida que deambulam preocupados com as suas miseráveis viditas da tanga? Ou vamos lutar? Vamos deixar os Belmiros, os Jerónimos Martins, os Amorins, os Cintras, os Mexias meterem para o bolso, calma e descaradamente? Ou vamos Lutar?
Eu luto! Quem se quiser juntar a mim, lute também! Lutaremos por um Portugal mais moderno, mais justo! Lutaremos para que nós e os nossos filhos e netos nunca mais ouçam falar da tanga! Se for preciso fazer outra revolução, faremos! Lutaremos pelo que é nosso, com unhas e dentes! Lutaremos por nós! Lutaremos por Portugal!

Bem... Gostava de pedir desculpa por algum excesso de inspiração, mas, por vezes, valores mais altos se levantam e um homem é obrigado a fazer estes discursos contra o discurso da tanga, cuja patente pertence a um homem que, neste momento, estará sentado numa confortável poltrona, dizendo para si mesmo: "Portugal!? Livra! Ainda bem que saí a tempo!" Escusado será dizer que este senhor nunca mais vai precisar de trabalho, pois dentro de 3 anitos tem uma reforma choruda, com benesses pagas por todos nós, enquanto a maior parte de nós vai ter de continuar a lutar duro, para chegar aos 65 com o sentimento de dever cumprido... de forma honesta!

segunda-feira, outubro 23, 2006

O exemplo vem de cima!

Mas ainda duvidavam desta expressão? Aqui está a prova fiel de que, em Portugal, o exemplo vem de cima. É hoje notícia que todos os partidos políticos que participaram nas últimas eleições legislativas (sim, o Partido Humanista e o POUS também!) tinham irregularidades nas contas! Claro que a questão primordial que se coloca é: o PH e o POUS tinham contas?
É óbvio que não é este o cerne da questão. O centro da questão reside no facto de os políticos terem feito uma lei de regulamentação do financiamento das campanhas que é, pelos vistos, inviável. Estranho que tal lei tenha sido aprovada! Mas principalmente há que notar o facto de os políticos que estão sempre a exigir aos portugueses para declarar as suas contas (regulares, claro!) nos prazos devidos, são os primeiros a ter as contas "à taberneiro", que é como quem diz, ajuda do estado daqui, fundos ilegais do outro e dá a receita, outdoors, propaganda e jantares para os amigos, familiares, amigos dos familiares, familiares dos amigos... e dá a despesa. Faz-se a subtração (quiçá a soma!!!) e dá o lucro (quiçá prejuízo...). Resumindo e concluindo, fica tudo em águas de bacalhau e depois logo se vê.
Daqui se prova que o exemplo vem de cima, se os nossos políticos, ou manda-chuvas, que se aplica melhor no caso, fazem asneira a torto e a direito, cada buraco sua minhoca, como podem eles exigir aos excelentíssimos cidadãos que apresentem as contas todas certinhas!?
Bah! É por estas e por outras que sou cada vez mais anti-política!

sábado, outubro 21, 2006

N'há crise

O ministro da economia decretou está decretado: Acabou a crise! Yupi!! Abra-se o Champanhe (francês, para ser do bom e do melhor!), deitem-se os foguetes, vamos feitos parvos buzinar para os nossos carros. Acabou-se o estado da Tanga! Agora até já podemos vestir 7 saias à moda da Nazaré!
Depois de toda a euforia, vamos à racionalidade: Sr. Ministro, como é que chegou à conclusão de que acabou a crise? É por isso que os salários vão subir ao nível da inflação? Não! O preço dos combustíveis vai descer? Não. O desemprego vai baixar? Não me parece...As taxas de juro vão descer? Não! A electricidade já não vai subir 15,7%? Não! Então, porra! Para que é que queremos o fim da crise!? Para o comum dos mortais portugueses este anúncio não passa de uma mentira, de bluff, ou ilusão! Se calhar para a maioria até nem quer dizer nada... Se é que a maioria sequer o ouviu!
Mas eu explico porque é que a crise acabou... Parece que os ministros vão ter um aumento de 6,1%! Assim sendo não pode mesmo haver crise... E tanto não há que apesar de se cortar em tudo o que é benefícios para os funcionários públicos, de se ter pedido para apertar o cinto, de se ter posto o país de tanga, [nós contribuintes] continuamos a pagar, sem piar, os transportes de ministros, acessores e família, chamadas privadas (quem sabe se para as linhas eróticas!) de ministros e acessores, continuamos a suportar todo o tipo de comissões de não sei quê e estudos de impacto no cu de Judas! (Jobs for the boys)...
Se repararmos para estes senhores nunca houve crise! Estes nem sequer ficaram a saber o que era a tanga, estes e o sr. Belmiro, o sr. Amorim, e os patroes dos bancos, esses até ganharam com a crise! Está a olhos vistos exposto nos seus lucros! Resumindo e concluindo... Tudo está e sempre esteve na mesma... Se os políticos acordam virados para a crise, há crise, se não acordam n'há crise... Mas como nós até já estamos habituados às mesquinhices e hipocrisia desta podre democracia neoliberal, n'há crise!

quarta-feira, outubro 18, 2006

Os profs. grevaram

Pá! Não sei porquê, mas para mim os efeitos tão anunciados da greve dos professores só se fizeram sentir na tarde do último dia de greve... Pois é, tive hora livre a português... e não houve aula de substituição. Nas outras aulas posso dizer que o sentimento era de frustração, parecia que só a minha turma estava a ter aulas. Não devia ser bem assim e se na minha escola a adesão chegou aos 35% é muito!
A verdade é que os professores meteram greve. E claro, as tv's foram logo mostrar os frustrados pais que, coitados, não tinham onde deixar os filhos (Porra! Que a Floribella só atende à noite!), ou então os tristezinhos dos alunos que a troco de umas caixas cheias de chupas foram fazer birra para a televisão "poque o pofechô não veio". Claro que as televisões se estiveram, literalmente, a borrifar para as reivindicações dos profs. O que interessa é que se mostre os efeitos devastadores do que acontece, quando os baldas dos profs. decidem, assim do nada, "Vamos fazer greve!" E ainda dizem que os media não são manipulados...
Mas vamos lá ver porque é que os professores reclamam. Acima de tudo reclamam pela alteração aos estatutos da carreira docente, parece que agora os profs. vão fazer uma equipa de futebol e então os velhadas, leia-se, com mais anos de serviço e mais experientes vão ser professores titulares, os novatos vão ser só professores e vão ter de treinar, leia-se, trabalhar mais anos e passar com bom no teste (Sim! Os profs. também vão fazer testes!). Claro que com este reordenamento, continua a haver muitos professores a ficar na bancada a ver, leia-se, no desempremprego a ver os anos passar...
Mas até podiam ter mais motivos para fazer greve, e têm-nos! Por exemplo, o patrão chamar todos os seus funcionários de incompetentes é por si só motivo de greve. Depois há a violência na escola, coisa que eu desdramatizo, mas que há! E depois a profissão de professor é muito mal amada. Ou se é um fixe e se passam todos, ou então há azia... porque "o filho do sr. Enginheiro" teve 9, que professor mais injusto! Enfim, são as contigências de uma profissão que, não pode ser encaixada com mais nenhuma outra, afinal estamos a falar da inteligência/competência das gerações vindouras. E termino assim com uma citação que me chegou por mail de um tal de N. Pires de Almeida:
"Se vida de professor é assim tão boa, ainda não consegui compreender porque é que muitos professores querem ser políticos mas nehum político quer ser professor!"

segunda-feira, outubro 16, 2006

Anti-fome

Quem diria que hoje é o dia mundial da alimentação!? E não é que é mesmo! Mnham, nham E na minha escola não fizeram nada de especial... Podiam ao menos baixar o preço da refeição na cantina, ou então servirem comida que se consiga comer, sim porque eu também sou anti-comida intragável na cantina...
Bem, mas passando ao assunto em si... Eu até acho muito bonitinho que os senhores sempre-a-sorrir lá das nações unidas inventem estes dias da fome, da pobreza, da luta contra a SIDA, aplaudo isso tudo, mas tenho pena que os senhores sempre-a-sorrir que mandam nisto tudo não façam realmente nada para melhorar a situação, porque isto das acções de sensibilização, maratonas contra isto e aquilo, dias para tudo e mais alguma coisa é realmente giro, mas não chega!
E não chega porquê?
Porque se gastam 1000 vezes mais dinheiro em armas do que o necessário para erradicar de vez a fome do planeta! É realmente um valor absurdamente exorbitante! Como se este preocupante facto não chegasse, acresce outro que é o de a UE e os EUA, os supernutridos do planeta deitarem 1/3 dos alimentos que produzem directamente para o lixo... Por dificuldades de escoamento!
Algo tem de estar mal, há gente a passar fome e deita-se comida fora! No mínimo contraditório... Acontece que os senhores sempre-a-sorrir lá de cima acham que os países ricos devem ajudar os países pobres, se é verdade que em muitos casos isso não acontece, há muitos países do mundo desenvolvido que gastam muito a ajudar os subdesenvolvidos, o problema é que geralmente essas "ajudas" não são gastas para resolver problemas humanitários, como secas, fome, etc. A maior parte das vezes são gastas em armamento (comprado aos países ricos!) para guerras que só agravam mais estas situações...
E assim se explicam os 800 milhões de famintos em todo o mundo e os 200 milhões de subnutridos... Porque vai tão mal alimentado este mundo tão produtivo? Mais uma vez, e como sempre, a culpa é do Homem.

sábado, outubro 14, 2006

Caso Real

Antes de mais queria congratular-me porque mais uma vez saí ileso de uma Sexta-feira 13! Mas não é disso que hoje estou a escrever, hoje vou-vos apresentar um caso real que é realmente preocupante.
Eu tenho um colega, o Luís, que é cego, e com o qual, fica a nota, dou-me excelentemente bem. Desde o primeiro ano que ele tem acompanhamento especial, e desde o 5º que tem tido o apoio da mesma professora. Como devem saber ele precisa que os livros e os testes sejam escritos em Braille. Até há dois anos essa professora tinha transcrito os testes, e os livros têm sido editados por uma editora de Lisboa.
Acontece por imposição do governo essa professora foi destacada para desempenhar outras funções, isto porque na escola já havia mais professores do ensino especial. Acontece que nenhum desses professores percebe Braille, então passaram-se a enviar os testes e fichas para Coimbra onde uma equipa especializada trataria do trabalho... A verdade é que não deu lá muito conta do trabalho e este ano, julgo eu, também por imposição do governo essa equipa desapareceu...
Neste momento dá-se então o facto caricato, mas sem piada nenhuma, de o Luís não ter ninguém que lhe transcreva os testes. Claro que por boa vontade, a professora que o vinha a acompanhar vai ajudar, se for necessário, mas não é da sua competência nem lhe pagam mais por isso.
A agravar, só o facto de a editora de Lisboa enviar os livros tarde e a más horas! E, meus amigos gostava de salientar que não estamos a falar de um "pobre e coitado do ceguinho" estamos a falar de um aluno do 12º ano que apesar de todas as dificuldades, tem uma média de 15,5 e 18 a matemática!
Enfim, tenho pena de não ter um blog mais visitado e de também não ter contactos na TVI, porque isto não é uma mera crónica, estamos a falar de um caso real de carne e osso e era bem que estas realidades chegassem lá acima ao ministério da educação, desse governo que se diz socialista e que aqui dá mais uma prova daquilo a que se pode chamar justiça social.

sexta-feira, outubro 13, 2006

Sexta-feira 13

Olhando para o nosso calendário não é difícil perceber que hoje é sexta-feira 13 e mesmo que não saibamos a quantas andamos, há sempre algum melga mais supersticioso a lembrar-nos disso.
Hoje convém ter mais cuidado a atravessar a rua, pois a probabilidade de ser atropelado é 4 vezes superior, não se deve passar perto de obras, pois qualquer parte solta tem mais tendência a cair, e se for uma obra realmente portuguesa tende a ser a casa toda. Hoje já deixámos as torradas queimar e quando chegamos a casa damos conta que deixámos a torneira do lavatório ligada e há uma inundação em casa. Hoje muitos de nós vão bater contra um poste e outros tantos vão sair desdentados do dentista. Enfim, hoje o azar anda aí e não vai escapar a ninguém!
Tretas! Tudo isto são tretas! Aliás, a maior parte senão todas as superstições são tretas, coisas sem fundamento nenhum. Eu por acaso até ando atento a isso e geralmente nunca acontece nada de azarado por estes dias, nem a mim nem aos outros, claro que vai havendo sempre esta ou aquela coisita, mas essas coisitas também acontecem nos outros dias. Agora o que faz as pessoas acreditar na maldição da sexta-feira 13 são as coincidências. Se numa Quarta-feira 15 queimei as torradas foi porque estava distraído, se foi numa sexta-feira 13... foi azar! Se num outro qualquer dia do ano errei uma pergunta estúpida num teste foi distração, numa sexta-feira 13... foi azar!
Esta do "foi azar" até dá jeito, e nomeadamente, a muitos portugueses que adoram desresponsabilizar-se, assim quando algo corre mal foi por que era Sexta-feira 13, não por esquecimento ou irresponsabilidade da pessoa, ora essa! "Eu irresponsável!? Foi azar..."
E ainda há aquelas pessoas que não são opurtunistas, mas são obececadas, aquele tipo de pessoas que fazem questão de entrar sempre com o pé direito (eu quando me lembro entro com o esquerdo... para ser do contra!), ou que ficam logo todas histéricas se se abre um guarda-chuva dentro de casa, ou que se assustam sempre que vêem um gato preto... a isto é que eu chamo racismo!
Mas pronto deixando esses covardes e infelizes de lado, há que lembrar o grande paradoxo do dia... A sexta-feira 13 com um jackpot de 80 milhões de euros no Euromilhões, se alguém ganhar não sei o que se vai dizer, mas "filho de satanás" assentava-lhe bem... Aos restantes 99,999999% que não ganharam resta-lhes o consolo... Foi azar de sexta feira 13! O que eu duvido mesmo é que os desesperados tugas deixem de jogar no seu concurso da sorte só por ser dia de mau agoiro...

Enfim, mas como diria uma grande amiga minha "a sorte somos nós que a procuramos"... Portanto procurem não atropelarem os gatos pretos, porque aí há azar... para o gato!

quarta-feira, outubro 11, 2006

Incoerências!

Cada vez mais me apercebo do quão hipócrita é este mundo e quão incoerentes são as pessoas que o habitam e acima de tudo as bestas que nos governam. Estou farto disto e ao mesmo tempo abominado com alguns factos que realmente me quadram...
Raptam-se 2 soldados é terrorismo, matam-se 800 civis, é retaliação!
11 de Setembro foi um atentado, morreram quase 3000 civis. Até agora já morreram mais de 600 mil pessoas (a maior parte civis) no Iraque em resposta a isso. Não! Desculpem esses civis morreram por causa de armas de destruição maciça que nunca se encontraram e nunca se irão encontrar. A verdade é que nem Hiroxima e Nagasaki juntas causaram tantas mortes!
O Irão ter 2 ou 3 bombas nucleares para se proteger é uma ameaça, os EUA, a Rússia, a França, a China, o Reino Unido terem milhares delas não é razão para preocupações!
Agora a Coreia do Norte fez testes nucleares. A notícia escandalosa do dia! A França e os outros rebentam com os atóis do pacífico todos, colocando o ecossistema global em perigo todos os dias e ninguém fala nisso!
E para não dizerem que sou faccioso, não podemos fazer uns cartoons a "brincar" com o Islão é logo razão para manifestações extremistas. Se pusessemos cornos ao Cristo só os caquéticos do Vaticano se importavam
Mas também há exemplos cá em Portugal...
O fundo de pensões está falido, mas podem-se pagar 3 mil contos por mês a Administradores Públicos e ex-Ministros, essa escumalha toda de cargos importantes.
Estávamos de crise mas sempre deu para fazermos 10 estádios, quando só 4 ou 5 são realmente usados...
O governo diz para lutar contra a desertificação, é logo o primeiro a fechar as urgências e escolas do interior do país.

Enfim, não percebo nada, ou se calhar não quero perceber... Bem, talvez seja melhor mesmo nem querer perceber.

segunda-feira, outubro 09, 2006

A polícia e as armas

Em pouco mais de uma semana já assistimos a dois casos de perseguição policial que acabaram em tiroteio, se não me engano, os dois na zona do Porto. No primeiro fez-se uma vítima mortal, no segundo um ferido grave, e não estamos na Califórnia!
Pois agora parece que a ordem é "atirar a matar". Acho que não veio de cima, mas os polícias estão mais violentos. Principalmente no primeiro caso em que o jovem conduzia e fugia por não ter documentos, seria caso para multa forte, mas atirar a matar? Tal como diria, e muito bem, o Diácono Remédios "Não havia necessidade". Claro que o polícia está a ser investigado, mas a verdade é que isso não faz a bala voltar para onde veio. No segundo caso, penso que já é mais justificável o disparo, primeiro, porque não foi para matar, e depois porque o jovem estava em flagrante delito ao conduzir um carro roubado, contudo também foi exagerado dado que o jovem estava desarmado.
O que a mim mais me chocou foram as declarações do polícia do primeiro incidente "Queria acertar nos pneus da viatura". Isso era o que devia ter feito, mas eu não me acredito que o homem tivesse tanta falta de pontaria, e se tinha, acho que deviam dar mais instrução aos polícias.
Obviamente não sou contra o armamento da polícia, porque senão não havia segurança, agora se o facto da polícia estar armada implica que os cidadãos comuns tenham insegurança, acho que se têm de rever alguns para não dizer muitos pormenores, nomeadamente, em relação à instrução dos nossos militares. Dizer-lhes que só deviam disparar a matar quando vissem a sua vida em risco, e não, sempre que ficam mais nervosos, e que, a vida, mesmo a do criminoso, tem de ser preservada, até porque todos temos direito à justiça.
Mas pronto, os homens estavam frustrados, aliás, como todo o país, a gente lá arranja um bocado de condescendência e desculpa... Mas para a próxima cuidado! Que a mãe dá tau-tau!

quinta-feira, outubro 05, 2006

Hoje é feriado!

Hoje é feriado! Iupi! Acho que nenhum português se esquece que o 5 de Outubro, o que eu acho mal é que já não sejam todos os portugueses a saber porque é feriado. É a chamada memória selectiva, só se lembram do que interessa... Claro que, e por isso, é o dia das resportagens de rua a mostrar a ignorância nacional. "O que é que se comemora a 5 de Outubro?" "Acho que é a liberdade...; é a independência...; a democracia! A restauração da república...; aa..aa.. não sei..." (eu adoro estes, nem palpitam!) Mas melhor só mesmo este que há uns anos respondeu para a televisão "Então a 5 de Outubro comemora-se o 25 de Abril" (e até aí é o quê? o advento ou a quaresma de preparação?).
Pois, como já se viu e todos os anos é visto os portugueses têm má memória para os acontecimentos nacionais, a esses que dão estas bárbaras respostas até deviam ser proibidos os feriados! Bem, mas em relação a este feriado acho que também não há grandes razões para comemorar... Se o povo passava fome, estava carente e doente na monarquia, com fome, carente, doente e em guerra ficou na república, houve só realmente uma razão parar celebrar, a descida da taxa de analfabetismo, que mesmo assim foi bem mais significativa no tempo do Sr. Salazar. Para além disso conseguiram-se mais presidentes da república e governos em 15 anos e 8 meses e meio do que nos 96 anos que decorreram até agora (é recorde!). O que até acaba por ter uma explicação simples, depois da queda da monarquia não era preciso ter sangue real para se mandar e pronto havia cães a mais ao mesmo osso, e por isso em 1926 este pequeno mas agitado período da história teve fim para dar origem ao mais austero regime que Portugal alguma vez teve. Culpa dos republicanos? Não... culpa dos portugueses.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Dia do Animal

Hoje, 4 de Outubro é o Dia do Animal. Claro que não me refiro àquele sujeito com um sinal do tamanho da cara e que costuma aparecer em tudo quanto é câmara de televisão. Refiro-me ao animal, ser apenas capaz de obter matéria orgânica a partir de outros seres. Pois é, os homens acharam engraçado criar-lhes um dia e eu acho bem... mas sou contra!
Sou contra aqueles turistazitos das excursões do Porto ou Lisboa que aquando das suas incursões pela Serra da Estrela, acham fofinhos e engraçados os pequenitos cães da serra, mas quando eles crescem e ficam corpulentos e difíceis de alimentar, despojam-nos para o maior lar de cães que existe... a rua!
Sou contra aquelas pessoas que acham que o lugar do papagaio, do piriquito e da arara é numa gaiola.
Sou contra aquelas pessoas que ficam escandalizadas com a morte de Touros na arena, mas que não se importam que se lhes espetem uns quantos ferros (o que interessa é que não o vêem morrer)
Sou contra os circos que escravizam os animais para entreter as pessoas, claro que também sou contra as pessoas que acham graça a isso.
Sou contra a humanidade em geral que se acha uma espécie superior, só por ser capaz de criar coisas e mudar a face do mundo, mas que se esquece que muito antes dela já cá estavam animais que convivem com ela, um ser humano que se esquece que antes de ser racional (se já o for!) teve ancestrais que caminharam errantes tal como os outros animais até evoluirem para aquilo em que nos tornarmos.
Sou enfim, contra os "animais" no pior sentido, que se tornam muitos homens, que por dinheiro e diversão matam milhões de animais em todo o mundo e vão assim degradando a biosfera, a parte da Terra que nos torna um planeta único.

Sou contra esses tipos que se dizem defensores dos animais, mas que à hora de almoço estão a comer um suculento bife... Finalmente arranjei uma boa desculpa para me atirar da ponte!

segunda-feira, outubro 02, 2006

O Homem e a Máquina

Desde sempre o Homem sonha a máquina, utensílio que realizasse o maior número de tarefas com a maior eficiência, contudo só a partir do século XVIII quando James Watt criou a máquina a vapor se começaram a ver frutos. Desde aí veio a revolução industrial que introduziu em massa esse conceito de máquina, depois surgiu a electricidade e a partir daí foi só evoluir até este ponto, a sociedade tecnológica.

Precisamos de máquinas para tudo, para conservar alimentos, para os cozinhar, para lavar a casa, para a nossa higiene, para nos divertirmos, para nos informarmos, para nos deslocarmos, para comunicarmos, máquinas que nos salvam a vida, outras que a prolongam, enfim, máquinas que nos tornam a vida mais fácil e nos deram, no geral, muito mais tempo para gozarmos a vida.

Ninguém duvida que as máquinas nos facilitam a vida, mas será que nos trouxeram vantagens?
Infelizmente nem tudo são rosas, a verdade é que se as máquinas nos dão uma vida mais cómoda, também estamos cada vez mais dependentes das máquinas. Para comer e beber precisamos de frigoríficos e fogões, por exemplo, e é já difícil imaginar-mo-nos sem eles. Milhares de milhões de pessoas dependem das máquinas para trabalhar, nas fábricas, nos escritórios, aliás, é difícil hoje encontrar um emprego em que o uso das máquinas não seja implicita ou explicitamente necessário. Há um problema que acresce à dependência do Homem em relação à máquina, a dependência da máquina em relação à energia e a consequente escassez dessa energia face ao alto consumo da enorme quantidade de máquinas, o qual já se reflectiu, ainda que indirectamente (ou não) em guerras.

Claro que não podemos culpar as máquinas por todos os males que vêem ao mundo, nem por todos, nem por nenhum. Se as máquinas existem é por culpa do Homem, e são benéficas para ele, basta ele querer. Por outras palavras, "a máquina" pode ser capaz de realizar processos que o Homem não consegue, pode ajudar o Homem a progredir mais rápido mas não tem o poder que o Homem tem de controlar as coisas, ou seja, será sempre o Homem a decidir se a máquina terá boa ou má utilidade.
Este é um tema recorrente na ficção científica: E se o Homem criar uma máquina tão boa, e tão inteligente que será capaz de o destruir? Tal só acontecerá, se e apenas se, o Homem quiser. Ainda é impossível incutir sentimentos numa máquina, ainda se estão a dar os primeiros passos na área da Inteligência Artificial, mas mesmo quando daqui a 200 ou 300 anos as máquinas sentirem e tiverem inteligência praticamente humana, nunca destruirão a civilização humana, apenas se o Homem assim o quiser, apenas se o Homem permitir que na máquina estejam sentimentos como o ódio, a vingança, a ganância, só se à máquina for permitido sequer "pensar" em violência, guerra e destruição... Se o Homem fizer isto será um mau Homem, sem valores, sem escrúpulos e um Homem assim conduzirá a sua espécie à extinção bem antes de criar a tal máquina. Será sempre o Homem, com ou sem máquina, a escolher o seu destino e a responsabilizar-se pelos seus bons e maus actos, nunca devemos culpar as máquinas por nada, porque somos nós seres humanos que as criamos e programamos e a "máquina" apenas seguirá o caminho que o Homem escolher.

Conclusão (e para descomprimir): Não agridam o vosso computador, não pontapeiem o aspirador, não estrangulem a máquina de barbear, não vilipendiem a máquina calculadora pois a culpa afinal... é vossa!